O estado norte-americano irá permitir que as pessoas se auto avaliem sobre a necessidade de um tratamento, desde que tenha um cartão específico. Saiba os motivos dessa mudança e no que ela impacta.
Na última terça-feira (28), os legisladores de Washington, capital dos Estados Unidos, decidiram por tirar a obrigatoriedade de recomendações médicas para o uso da cannabis medicinal em adultos.
Segundo a nova medida, pessoas com mais de 21 anos poderão se auto avaliar sobre a necessidade de realizar um tratamento canábico, sem precisar de uma autorização de um especialista.
Porém, para isso acontecer, os pacientes deverão realizar um registro para obter um cartão canábico de identificação. A partir dele, será possível adquirir a erva sem uma consulta.
A proposta foi aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal da cidade. Agora, ela será encaminhada para a consideração da prefeita Muriel Bowser, que em uma carta enviada ao conselho, já afirmou ser favorável à decisão.
Tornar o caminho mais fácil para os pacientes é uma das principais razões de implantar essa nova legislação.
De acordo com os responsáveis pela elaboração do projeto, a necessidade de recomendação médica prejudica as pessoas que têm dificuldade em realizar uma consulta.
Além disso, diminuir uma etapa facilitaria o acesso para muitos deles, devido a um processo mais ágil.
“Expandir nossa base de pacientes é um primeiro passo necessário para colocá-los em igualdade de condições”, afirma o vereador Janeese Lewis George, como mostrou o portal DCist.
Uma preocupação dos governantes de Washington é a falta de especialistas na prescrição canábica.
Dos milhares de médicos que atuam na cidade, apenas 620 deles são especializados para emitir recomendações para os pacientes sobre os tratamentos com a planta.
A nova medida pode ajudar também no combate ao tráfico de drogas. Nos últimos anos, com normas mais liberais sobre a cannabis, o mercado alternativo começou a explorar algumas brechas para aumentar a sua atuação.
Essa movimentação gerou uma grande concorrência para os dispensários canábicos de Washington. Os seus proprietários esperam que a legislação ajude a diminuir as ações do narcotráfico.
“Devido às barreiras mais baixas de acesso no mercado cinza, um número significativo de pacientes de maconha medicinal deixou de comprar em dispensários médicos legais, criando um risco significativo para a viabilidade a longo prazo do Distrito”, ressalta McDuffie e Mary Cheh, membros do Conselho local.
Gustavo Lentini
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por futebol e pela comunicação.
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