Vereador de Limeira propõe proibir a Marcha da Maconha na cidade

Vereador de Limeira propõe proibir a Marcha da Maconha na cidade

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Mesmo sem ter uma data para a realização do evento, o vereador quer se certificar que a Marcha da Maconha não aconteça no interior de São Paulo

Vereador de Limeira propõe proibir a Marcha da Maconha na cidade
(Foto:Aurelio Alves/Reprodução)

Na última sexta-feira (24) o vereador Nilton Santos (Republicanos) protocolou um projeto de lei na Câmara Municipal de Limeira que pretende proibir a realização da Marcha da Maconha na cidade.

Caso aprovado, o município de São Paulo também ficaria impedido de promover eventos ou reuniões que “façam apologia ao consumo de drogas ilícitas que causam dependência química e física”. 

Na proposta, o parlamentar considerou como droga, substâncias ou produtos que podem causar dependência especificados em lei ou em listas do governo. A única exceção são eventos que tratem especificamente do CBD (canabidiol), substância da cannabis que não possui efeitos da “alta” da maconha.

Ainda não há uma previsão de quando será a Marcha da Maconha na cidade, mas o vereador quer “prevenir” que o evento venha ser realizado. Segundo o político na sua justificativa, o objetivo da Marcha não é discutir a legalização das drogas, mas fazer apologia ao uso. 

Proibição em Sorocaba  

Essa não é a primeira vez que um projeto de lei como esse é proposto. Em fevereiro, a Câmara Municipal de Sorocaba aprovou duas propostas bastante polêmicas.

A primeira proibiu a realização da Marcha da Maconha no município, além de eventos, feiras, reuniões e práticas “que façam apologia à posse para consumo e uso pessoal de substâncias ilícitas”.

Durante a mesma sessão, a Câmara dos Vereadores também aprovou um PL que proibiu a venda de livros, artigos e jornais que “façam apologia à posse para consumo e uso pessoal de substâncias ilícitas entorpecentes ou psicotrópicas, que possam causar dependência”.

Constitucional ou não?

De acordo com alguns vereadores e deputados, projetos como estes são inconstitucionais.

Principalmente quando o próprio STF (Superior Tribunal Federal) liberou a realização dos eventos em 2011. Em uma decisão unânime na época, os ministros consideraram constitucionais a ” livre expressão do pensamento”, garantindo a realização dessas marchas.

Legislação brasileira

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita médica. 

Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes. 

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um médico prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.

Tags:

Artigos relacionados

Relacionadas