O objetivo é garantir a qualidade dos produtos para associações e pacientes autorizados a cultivar cannabis em casa
Recentemente o CIATox, (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) da Unicamp, desenvolveu um método capaz de controlar a qualidade da produção doméstica de remédios à base de cannabis.
O objetivo é dar mais segurança aos produtos feitos por associações ou por famílias que possuem o chamado salvo-conduto, ou seja, uma licença judicial para plantar em casa sem correr risco de ser preso.
O método de controle de qualidade é um desdobramento de um projeto de doutorado feito pela pesquisadora Marília Santoro Cardoso, que desenvolveu uma solução capaz de determinar até 12 tipos de canabinoides. Trata-se de substâncias presentes na cannabis como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol).
O projeto foi contemplado por um edital da Frente Parlamentar de Cannabis Medicinal e Cânhamo, da Alesp (Assembleia Legislativa do estado de São Paulo) e receberá uma verba de R$180 mil para a aplicação e possível ampliação.
Os pacientes e associações que cultivam e extraem os canabinoides da cannabis para fazer o óleo, enviarão os seus lotes para o laboratório do CIATox, que fica em Campinas, cidade de São Paulo.
Os pesquisadores farão uma análise dos produtos enviados, avaliação que será capaz de determinar quais são os canabinoides presentes nas amostras e a quantidade.
A medida possibilita que o paciente saiba exatamente qual a composição do óleo extraído de forma doméstica. Caso o óleo não esteja com o teor de canabinoides adequado para a sua patologia, por exemplo, o paciente poderá fazer adaptações.
Com o método, também será possível avaliar a pureza dos produtos, identificando a eventual presença de solventes praguicidas e outros componentes que podem comprometer a sua qualidade.
Embora seja inovador, o projeto não é inédito. Outras federais e estaduais espalhadas pelo país também fazem a análise dos produtos de cannabis feitos por produtores locais e associações.
A princípio, a Unicamp vai contribuir com a associação Santa Cannabis, que fica em Santa Catarina. A entidade já recebe um suporte da universidade e atende cerca de 4,5 mil pacientes.
“[O controle de qualidade] dá a segurança para que os médicos possam receitar produtos de associações. Através dessa análise, a gente sabe a quantidade de canabinoides. Graças a esse processo, nossos produtos têm um QR Code que permite a médicos e pacientes consultarem os componentes”, afirma Pedro Sabaciauskis, idealizador da Santa Cannabis ao G1.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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