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Entenda o que pode conter no produto de cannabis que pode ser um problema para pacientes com restrições alimentares
Os produtos à base de cannabis têm sido utilizados para mais de 30 tipos de condições médicas. E para atender a crescente demanda dos pacientes, centenas de empresas do mundo todo têm lançado produtos diversos para todos os públicos.
Estes, por sua vez, possuem concentrações diferentes de CBD (canabidiol) e THC (tetrahidrocanabinol), além de cheiros, gostos e texturas diversas para atender a todos os tipos de pessoas.
Mas e quando falamos de pessoas com restrições alimentares? Elas podem ingerir cannabis? O que tem no rótulo de produtos com cannabis?
Óleo de MCT
Para responder a estas perguntas, conversamos com a nutróloga Amarantha Motter Machado Ribas, que nos ajudou a entender melhor o que tem dentro dos produtos de cannabis.
Segundo a médica, em geral, os óleos de cannabis são bem aceito por todos os pacientes. Feitos principalmente com óleo de MCT, um tipo de óleo de coco concentrado, o composto não contém glúten, é vegano, não tem sabor e não possui aromatizantes e adoçantes artificiais.
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“Só é contraindicado para pacientes com alergia a coco. É raro, mas pode acontecer”, acrescenta.
É possível que o óleo também seja feito com outro tipo de gordura, como óleo de milho ou óleos de cadeia média. Dessa forma, se houver alguma restrição, é necessário entender a composição antes de usar.
Por outro lado, por causa do gosto forte da cannabis, há marcas que podem acrescentar algum tipo de gosto artificial, que pode ser um problema para pacientes com alguma alergia ou restrição a aromatizantes. E isso também vale para as tinturas que falaremos a seguir.
Tinturas
Há produtos bem parecidos com o óleo de cannabis. Eles também vêm em frascos de vidro, possuem pipetas, e têm o mesmo rótulo do óleo. Mas na verdade, a cannabis aqui é diluída em álcool ao invés do óleo.
Isso porque a cannabis é hidrofóbica, ou seja, é facilmente diluída em substâncias como gorduras, por exemplo, mas não é solúvel na água. Por isso, não há muita diferença entre as tinturas e os óleos, é no processo de fabricação que eles se diferenciam.
A nutróloga ressalta que, assim como os óleos de cannabis, as tinturas também são bem aceitas pela maioria dos pacientes. São produtos veganos, sem glúten e na maioria das vezes, sem aromatizantes artificiais.
Por outro lado, é necessário evitar o uso por pessoas que tenham algum problema com álcool. Embora não deixe ninguém bêbado, os produtos podem ser um gatilho para pessoas que estejam em abstinência.
Gummies
Muitos pacientes também optam pelas gummies, balas de gelatina com infusão de cannabis que na maioria das vezes, têm gosto de frutas e podem ser facilmente confundidas com suplemento ou simplesmente doces.
Elas são conhecidas por conter uma quantidade exata de CBD, de THC ou qualquer outro componente. Por isso, ao invés de perder as contas ao pingar o óleo, muitos pacientes preferem usar as gummies, que são mais fáceis de serem administradas.
Por outro lado, a nutróloga Amarantha Ribas, a lista de ingredientes é maior, por isso é preciso ver a composição da gummie para saber se ela contém glúten, aromatizantes ou algum ingrediente que possa causar alergia.
Muitas delas também podem conter gelatina ou algum tipo de substância derivada do leite, o que pode ser um problema para os veganos.
Na dúvida, leia o rótulo ou a bula
Os produtos de cannabis, tanto importados quanto vendidos nas farmácias, costumam vir com uma bula ou com todas as informações no rótulo, que geralmente encontra-se na caixa.
Algumas associações mais preparadas também disponibilizam a bula com todas as informações e até contra indicações dos produtos.
Alí você irá encontrar não só a lista de ingredientes como também o total de calorias, carboidratos e açúcares, que serão importantes para pacientes com diabetes, por exemplo. “O autista também pode ter sensibilidade há vários ingredientes”, ressalta a nutróloga.
Há pacientes que também podem ser sensíveis ao THC, mesmo em baixas quantidades. Então, é necessário falar com o médico na primeira reação adversa. A médica ainda adverte que o ideal é comunicar todas as suas restrições já durante o primeiro contato com o médico.
“Mas no geral, os produtos de cannabis são bem aceitos pelo público. Eu atendo bastante pacientes sensíveis e é muito difícil ter algum problema”, conclui.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
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