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Ativista da cannabis, o deputado já utilizava o óleo de CBD para o tratamento de Parkinson desde o ano passado
Nesta segunda-feira (28), a colunista Mônica Bérgamo revelou que o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) está com câncer. Diagnosticado em julho do ano passado, o político divulgou que está com linfoma não Hodgkin.
Trata-se de um tipo de câncer que afeta as células do sistema linfático, parte essencial do sistema imunológico. A doença é agressiva, mas não quando detectada precocemente, como no caso do deputado.
Desde a descoberta, Suplicy passou a iniciar o tratamento com imunoterapia, que combina medicamentos para eliminar as células cancerígenas com remédios que fortalecem o sistema imunológico.
Tratamento com a cannabis
Depois que recebeu o diagnóstico de Parkinson, no ano passado, Suplicy começou um tratamento com a cannabis medicinal. Outra doença progressiva e degenerativa, mas que afeta o sistema nervoso central.
À colunista Mônica Bérgamo na época, o deputado relatou resultados positivos com o tratamento. “Tudo melhorou bastante. A dor na perna sumiu. O tremor, na hora de comer, melhorou. Tenho caminhado com firmeza”, respondeu.
Já no caso do linfoma, a cannabis também se mostra uma aliada para tratar os sintomas da doença, como redução das náuseas, da dor e da falta de apetite. Junto à imunoterapia, a cannabis também ajuda a reforçar o sistema imunológico.
Leia também: “O médico não entendeu nada, ficou impressionado”, diz paciente que tratou um câncer com óleo de cannabis
Alguns estudos preliminares também apontam que a cannabis pode ajudar a eliminar células cancerígenas ao mesmo tempo em que preserva células saudáveis.
Emenda parlamentar
Ativista da pauta canábica, Suplicy é vice-coordenador da Frente Parlamentar de Cannabis da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) e já direcionou R$800 mil em emendas parlamentares para projetos relacionados à cannabis medicinal.
Em 2023 foram destinados R$300 mil, dinheiro que foi contemplado principalmente por universidades públicas que fazem estudos com os extratos da planta.
Neste ano, junto com o deputado Caio França (PSB), que é o coordenador da Frente Parlamentar, o dinheiro anunciado foi de R$1 milhão.
Consulte um médico
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/suplicy-a-cannabis-medicinal-pode-ajudar-a-tratar-o-cancer/ CBD pode tratar tremor essencial?Entenda como a cannabis pode ser uma opção para amenizar os sintomas do tremor essencial
Estima-se que 5% da população brasileira sofra com o TE (tremor essencial), o tipo mais comum de distúrbio de movimento involuntário. Ainda não se sabe exatamente o porquê isso acontece. Então, como tratar?
Muitos pesquisadores trabalham com a hipótese de que alterações degenerativas do cérebro, resultando na falta de comunicação em áreas que podem causar os movimentos involuntários.
Ainda assim, as opções terapêuticas são escassas e associadas a efeitos colaterais que podem ser bastante limitadoras.
Dessa forma, se a cannabis é conhecida como tratamento para doenças como Parkinson e Esclerose Múltipla, ela poderia ser uma opção viável para o tratamento de tremor essencial? Entenda.
Mas o que é TE?
Bastante confundida com Parkinson, a condição é considerada uma das desordens neurológicas mais comuns. Estima-se que 20% das pessoas acima de 65 anos possam adquirir tremor essencial em algum momento da vida.
Mesmo que seja mais comum em pessoas com 50 anos ou mais, o distúrbio pode afetar pessoas em qualquer idade, ainda mais por ser hereditária.
Os tremores incontroláveis são uma alteração do sistema nervoso do paciente, que causam uma agitação rítmica que pode afetar mãos, pernas, cabeça e até a voz. Embora não seja fatal, a doença pode limitar e muito a vida do paciente, principalmente por ser gradual e não ter cura.
Apesar de não reduzir a expectativa de vida, a doença pode limitar as atividades diárias, como escrever, comer, beber e manusear objetos, comprometendo a autonomia e o autocuidado do paciente.
Diferenças com o Parkinson
Se você está lendo esse artigo, já deve ter percebido a semelhança com a Doença de Parkinson. Mas na verdade, são condições diferentes.
A agitação do tremor essencial, por exemplo, acontece quando o paciente está em movimento e diminui quando ela está em repouso. Já os tremores do Parkinson se manifestam quando a pessoa está parada.
Como dito anteriormente, embora o tremor essencial possa piorar com o tempo, ele não diminui a expectativa de vida do paciente. Já o Parkinson tende a comprometer o tempo de vida conforme o cérebro produz cada vez menos dopamina.
A doença de Parkinson também pode gerar outros problemas de saúde associados, diferente do tremor essencial.
Sintomas
A condição pode se manifestar de duas maneiras, através da ação e da postura. Ambos são caracterizados por uma “tremedeira rítmica”, que pode acontecer quando a pessoa está realizando alguma tarefa ou simplesmente fazendo algum esforço com levantar os braços, por exemplo.
O tremor essencial pode afetar diferentes partes do corpo, como as mãos, os braços, as pernas, a língua, o queixo, a cabeça e até a voz. Mas para quando o paciente está imóvel e relaxado.
De início, a condição afeta apenas um lado do corpo, mas conforme avança, pode atingir o outro lado também.
Tratamento de tremor essencial
Quando falamos em tratamento, é importante lembrar que a doença não tem cura. Portanto, todas as opções apenas controlam os sintomas. Inclusive o CBD (canabidiol).
Ele pode ser feito através de medicamentos tradicionais, como benzodiazepínicos, injeção de botox, fisioterapia e até cirurgias.
Contudo, a principal barreira está nos efeitos colaterais, como fadiga, impotência sexual, dores de cabeça, sedação, náuseas e até diminuir o ritmo dos batimentos.
Cannabis como tratamento para TE
Não é de hoje que vários estudos, inclusive pesquisas nacionais, têm demonstrado os benefícios da cannabis para tratar condições como Parkinson e Esclerose Múltipla, diminuindo principalmente os espasmos musculares.
Mas a cannabis funciona de forma diferente dos tratamentos convencionais. Isso porque ela trabalha através do Sistema Endocanabinoide, um sistema presente em boa parte do organismo que ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio do corpo.
Se uma pessoa está com dor, por exemplo, ele envia os chamados canabinoides para sinalizar aos receptores que há algo de errado e precisa ser corrigido.
A cannabis também possui canabinoides, que podem interagir com o organismo da mesma forma que os nossos. E é assim que a planta pode ajudar a tratar tantas condições médicas diferentes.
Com relação aos tremores, o que a literatura diz até agora é que há uma alta expressão de receptores do Sistema Endocanabinoide no cerebelo, capaz de influenciar a neuromodulação.
O que na prática, significa a diminuição da frequência e intensidade dos tremores.
Estudos
Alguns estudos têm demonstrado que canabinoides como o canabidiol, o THC (tetrahidrocanabinol) e CBG (canabigerol) podem aliviar os sintomas e trazer qualidade de vida para os pacientes.
De acordo com um estudo da Universidade Copenhage, na Dinamarca, a cannabis “ativou” células comumente negligenciadas do Sistema Nervoso Central de camundongos, o que diminuiu os tremores sem efeitos colaterais consideráveis.
Descoberta que também podem ser de grande ajuda em outras condições, como a esclerose e lesões na medula espinhal, por exemplo.
Outra pesquisa publicada na revista científica Nature Neuroscience, também demonstrou uma ação “anti-tremor” provocada pela cannabis através de um receptor chamado CB1, que trabalha através do Sistema endocanabinoide.
Um relato de caso publicado em 2023 também evidenciou o papel da cannabis na redução do tremor essencial. Feito no Brasil, a pesquisa acompanhou um homem de 25 anos com tremores em apenas uma parte do corpo.
Depois dos remédios terem falhado, ele foi receitado a utilizar o óleo de CBD com uma alta concentração de THC. Após um mês, o paciente relatou melhoras dos sintomas sem efeitos colaterais.
O exame neurológico também mostrou a diminuição da intensidade do tremor. Isso sem contar com os benefícios secundários ao paciente, como redução da ansiedade e a melhora do sono.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Por ser um medicamento natural e bem aceito pelo corpo, possui efeitos colaterais mínimos, há pacientes que relatam não sentir nada.
Contudo, o tratamento precisa ser acompanhado por um médico que vai indicar o produto ideal e quantas gotas tomar para tremor essencial.
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https://cannalize.com.br/cbd-pode-tratar-tremor-essencial/ A cannabis realmente ajuda no tratamento do Parkinson?Estudo em 2014 no Journal of Pharmacology mostrou que a cannabis reduz significativamente os tremores, rigidez, bradicinesia e aliviou a dor, melhorou o sono, com mínimos efeitos colaterais.
As conclusões foram que a cannabis pode ser usada em alguns sintomas de Parkinson, como:
- Ansiedade 45,5%
- Insônia 44%
- Rigidez 44%
- Depressão 43%
- Distonia 42%
- Bradicinesia 12%
- Congelamento 12%
- Náusea 7,5%
- Apetite 3,5%
- Constipação 2%
- Alucinações 2%
No entanto, a AAN (Academia Americana de Neurologia), publicou recentemente uma revisão sistemática sobre a eficácia e segurança do uso terapêutico da cannabis e seus derivados no tratamento de doenças neurológicas.
Desse extenso trabalho da AAN podemos verificar que há poucos estudos de qualidade disponíveis na literatura para termos uma conclusão definitiva sobre o uso terapêutico dos derivados da cannabis em pacientes com distúrbios de movimento.
Há ainda que se considerar que o risco de efeitos psicopatológicos graves pode chegar a 1%.
Mas isso vai depender, sem dúvidas, da proporção de THC (tetrahidrocanabinol) presente no tratamento. Embora que, de certa forma, não há relato de efeitos colaterais.
Bom para outros sintomas
Segundo a revisão, os extratos de cannabis não melhoram os tremores induzidos por remédios como Levodopa em pacientes com doença de Parkinson.
Na verdade, estudos preliminares utilizando o CBD (canabidiol) puro no tratamento de pacientes portadores de Doença de Parkinson, revelaram um efeito positivo sobre os sintomas psicóticos, o sono e a qualidade de vida dos pacientes.
O CBD possui um efeito terapêutico sobre os sintomas do transtorno comportamental do sono REM.
Em conclusão, apesar da ausência de evidências suficientes para indicar o uso dos derivados de cannabis em pacientes com distúrbios de movimento, há sinais de que o uso de extratos da planta, especialmente o CBD, possa ajudar a minimizar sintomas não motores da doença de Parkinson como: Psicose, distúrbios do sono, dor, urgência miccional e promover uma melhora geral na qualidade de vida dos pacientes.
Então, o uso terapêutico sem indicação precisa, só seria indicado em casos de distúrbios do movimento em que os tratamentos convencionais disponíveis falharam e a qualidade de vida do paciente esteja comprometida
No fim, é provável que o uso de CBD puro e extratos de cannabis com baixo teor de THC sejam os mais eficientes e menos propensos a causar efeitos indesejáveis.
Sobre as nossas colunas
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
https://cannalize.com.br/a-cannabis-realmente-ajuda-no-tratamento-do-parkinson/ Deputado Eduardo Suplicy trata Parkinson com cannabis
O deputado de 82 anos demonstra sintomas leves e relata resultados positivos com o tratamento: “Tudo melhorou bastante”
Veio a público nesta terça-feira (19) a notícia de que o deputado Eduardo Suplicy, de 82 anos, foi diagnosticado com Parkinson. A informação foi publicada pela jornalista Mônica Bérgamo em sua coluna na Folha de S. Paulo.
Segundo a colunista, a doença está em estágio inicial e com sintomas leves. O deputado esteve presente na ExpoCannabis, no último final de semana, e mesmo demonstrando tremores, caminhou firmemente pela feira.
“Estou muito entusiasmado com a presença significativa das pessoas e sobretudo das associações que utilizam a cannabis para fins medicinais” disse o deputado em entrevista à Cannalize.
“Eu estava com certos tremores nas mãos, especificamente na hora de comer, de segurar os talheres. Tinha também dores musculares na perna esquerda”, disse o deputado à coluna.
A colunista ainda revelou que o deputado está sendo tratado com canabidiol, além do Prolopa, remédio tradicionalmente administrado contra o Parkinson. Suplicy está tomando cinco gotas de CBD no café da manhã, cinco gotas à tarde e outras cinco no período noturno.
“Eu não me dei conta de que tinha Parkinson. Só mais tarde, conversando com a doutora Luana Oliveira, é que fui percebendo alguns sintomas”. A neurologista é do núcleo de Cannabis Medicinal do hospital Sírio-Libanês, segundo informações da Folha.
À colunista Mônica Bérgamo, o deputado relatou resultados positivos com o tratamento. “Tudo melhorou bastante. A dor na perna sumiu. O tremor, na hora de comer, melhorou. Tenho caminhado com firmeza”, respondeu.
O que é Parkinson?
Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central, que afeta principalmente o cérebro, prejudica a coordenação motora e provoca tremores, além de causar dor e afetar o sono e o humor.
Sua causa é a diminuição intensa da produção do neurotransmissor dopamina, substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas.
A dopamina ajuda a realizar os movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam graças à presença dessa substância em nossos cérebros.
Como a cannabis pode ajudar?
Produtos com extratos da planta podem ser uma alternativas, principalmente, para o combate aos tremores e à dor.
Pessoas com Parkinson têm menos receptores CB1 do que pessoas que não apresentam a doença. A cannabis é capaz de estimular esses receptores, promovendo diminuição dos tremores e aliviando a discinesia (distúrbio da atividade motora) dos pacientes.
Já os receptores CB2 fornecem benefícios neuroprotetores e vêm sendo estudados como aliados para retardar a progressão da doença.
https://cannalize.com.br/deputado-eduardo-suplicy-divulga-diagnostico-de-parkinson-e-revela-tratamento-com-cannabis/