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A fala foi feita durante a Expocannabis e depois repercutida nas suas redes sociais. O deputado foi diagnosticado no ano passado e fazia tratamento desde então
Durante o segundo dia da Expocananbis deste ano, o deputado Eduardo Suplicy (PT-SP) anunciou a remissão do câncer linfático, doença que estava enfrentando desde o ano passado. “Estou curado”, disse o deputado em sua cadeira motorizada.
Com a camiseta da associação Flor da Vida, esta é a segunda vez que Suplicy participa da feira. Passou a defender a causa canábica com mais força após utilizar o óleo da cannabis para tratar o Parkinson.
Desde então, passou a participar da comissão na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) e até a destinar parte de sua verba parlamentar para estudos sobre a cannabis medicinal.
Diagnóstico
Diagnosticado em julho do ano passado, o político só divulgou que estava com linfoma não Hodgkin em setembro.
Trata-se de um tipo de câncer que afeta as células do sistema linfático, parte essencial do sistema imunológico. A doença é agressiva, mas não quando detectada precocemente, como no caso do deputado.
Suplicy ainda está fazendo o tratamento contra o câncer, mas irá apenas até dezembro. Nas rede sociais ainda destacou:
“Depois de 4 meses de batalha, finalmente foi constatada a remissão do meu linfoma. Continuo o tratamento, ainda falta uma sessão de imunoterapia, e como minha imunidade está muito baixa, mantenho isolamento parcial. Mas, se antes tinha sonhos, agora eles só aumentaram! Não irei descansar enquanto não ver instituída a Renda Básica de Cidadania no Brasil e no mundo!”, escreveu Suplicy em postagem no Instagram.
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No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/suplicy-anuncia-remissao-do-cancer/ Suplicy: A cannabis medicinal pode ajudar a tratar o câncer?Ativista da cannabis, o deputado já utilizava o óleo de CBD para o tratamento de Parkinson desde o ano passado
Nesta segunda-feira (28), a colunista Mônica Bérgamo revelou que o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) está com câncer. Diagnosticado em julho do ano passado, o político divulgou que está com linfoma não Hodgkin.
Trata-se de um tipo de câncer que afeta as células do sistema linfático, parte essencial do sistema imunológico. A doença é agressiva, mas não quando detectada precocemente, como no caso do deputado.
Desde a descoberta, Suplicy passou a iniciar o tratamento com imunoterapia, que combina medicamentos para eliminar as células cancerígenas com remédios que fortalecem o sistema imunológico.
Tratamento com a cannabis
Depois que recebeu o diagnóstico de Parkinson, no ano passado, Suplicy começou um tratamento com a cannabis medicinal. Outra doença progressiva e degenerativa, mas que afeta o sistema nervoso central.
À colunista Mônica Bérgamo na época, o deputado relatou resultados positivos com o tratamento. “Tudo melhorou bastante. A dor na perna sumiu. O tremor, na hora de comer, melhorou. Tenho caminhado com firmeza”, respondeu.
Já no caso do linfoma, a cannabis também se mostra uma aliada para tratar os sintomas da doença, como redução das náuseas, da dor e da falta de apetite. Junto à imunoterapia, a cannabis também ajuda a reforçar o sistema imunológico.
Leia também: “O médico não entendeu nada, ficou impressionado”, diz paciente que tratou um câncer com óleo de cannabis
Alguns estudos preliminares também apontam que a cannabis pode ajudar a eliminar células cancerígenas ao mesmo tempo em que preserva células saudáveis.
Emenda parlamentar
Ativista da pauta canábica, Suplicy é vice-coordenador da Frente Parlamentar de Cannabis da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) e já direcionou R$800 mil em emendas parlamentares para projetos relacionados à cannabis medicinal.
Em 2023 foram destinados R$300 mil, dinheiro que foi contemplado principalmente por universidades públicas que fazem estudos com os extratos da planta.
Neste ano, junto com o deputado Caio França (PSB), que é o coordenador da Frente Parlamentar, o dinheiro anunciado foi de R$1 milhão.
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https://cannalize.com.br/suplicy-a-cannabis-medicinal-pode-ajudar-a-tratar-o-cancer/ Cannabis no tratamento de câncer? O que a ciência dizAtualmente há muitos estudos sobre o uso da cannabis para o tratamento de vários tipos de cânceres
O uso da cannabis medicinal tem crescido no Brasil. Segundo o último levantamento da Kaya Mind, mais de 430 mil pessoas utilizam derivados da planta para o tratamento de diversas condições médicas.
E de fato, a cannabis medicinal tem sido útil para vários tratamentos, como epilepsia refratária, esclerose, Fibromialgia e até Alzheimer.Um número crescente de pacientes com câncer também têm utilizado produtos à base de cannabis também.
Porém, neste último caso, o uso da cannabis não é feito para combater e muito menos para curar a doença em si, mas sim para obter qualidade de vida. Os pacientes relatam uma melhora dos efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia.
Como por exemplo, náuseas, dor, falta de apetite e fraqueza, ajudando a diminuir o mal-estar e a deixar o tratamento um pouco mais confortável para o paciente.
Por outro lado, há informações de que a cannabis também pode matar células cancerígenas enquanto preserva as saudáveis. Mas o que de fato a ciência diz sobre o uso da cannabis no tratamento do câncer?
O funcionamento da cannabis
Antes de tudo, é importante entender que a cannabis funciona de forma diferente dos remédios convencionais. É também por esse motivo que a planta ajuda em várias condições.
Ela trabalha através do chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do organismo.
O sistema influencia várias áreas do corpo, como fome, sono, humor, Sistema Nervoso e Sistema Imunológico. Se uma pessoa está com dor, por exemplo, os chamados canabinoides são enviados para sinalizar que algo precisa ser feito.
No caso, a cannabis também possui canabinoides, que podem agir de forma semelhante aos nossos, como uma espécie de reforço. O CBD (canabidiol), por exemplo, é um canabinoide.
No caso do câncer, um dos papéis da cannabis é manter o equilíbrio do apetite, do humor, reduzir o cansaço e da dor. O método é tão usado, que virou até um remédio aprovado nos Estados Unidos.
O chamado Dronabinol é feito com uma versão sintética do THC (tetrahidrocanabinol) e é indicado para prevenir as náuseas e vômitos, que podem ocorrer após o tratamento com medicamentos usados contra cânceres malignos.
Evidências científicas
É importante ressaltar que, embora exista uma variedade de estudos, as pesquisas sobre essa finalidade ainda estão em expansão. Ainda assim, os resultados são bastante promissores para tratar sintomas como:
Controle da dor: Evidências já têm demonstrado que a cannabis ajuda a aliviar a dor em pacientes com câncer, inclusive que não respondem a analgésicos tradicionais.
Como por exemplo, um estudo observacional feito em Harvard, que associou o uso da cannabis a uma melhora na dor, no sono e também na função cognitiva dos pacientes.Outras duas pesquisas, uma feita em Israel e a outra no Canadá, também chegaram à mesma conclusão.
Náuseas e vômitos: Algumas investigações também têm mostrado a eficácia do controle de náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia. Exemplo disso é uma pesquisa realizada pela Universidade do Novo México.
A cannabis demonstrou ser eficaz no alívio de sintomas de náusea – 96% dos participantes relataram melhora, reduzindo a gravidade do sintoma em quase quatro pontos em uma escala de 0 a 10 em apenas uma hora após a utilização.
Apetite: A cannabis também é associada à melhora do apetite desses pacientes, o que pode ser consequência da melhora das náuseas e vômitos. Uma das explicações está no fato de que o Sistema Endocanabinoide também atua na ingestão alimentar e no gasto energético. Segundo um estudo publicado em 2012, o distúrbio alimentar pode ser causado pela desregulação deste sistema.
Segundo uma pesquisa feita nos Estados Unidos, foram notados aumentos significativos no apetite em pacientes com anorexia, com o aumento dos hormônios da fome e a diminuição no inibidor de apetite.
Método utilizado inclusive no tratamento de portadores de HIV e câncer, para aumentar a vontade de comer.
Efeitos secundários: O tratamento com a cannabis ainda vai ajudar em problemas secundários, como ansiedade, insônia, estresse e até dor neuropática.
Segundo um estudo publicado em 2022, um canabidiol sintético desenvolvido pela USP de Ribeirão Preto a cannabis pode suprimir dores neuropáticas causadas pelo placlitaxel, um quimioterápico amplamente utilizado pelo SUS para tratar vários tipos de cânceres.
Além de promover qualidade de vida. Segundo o artigo publicado na revista Medical Cannabis and Cannabinoids, o uso de THC oral pode estar associado ao aumento do tempo de vida em mais de 9 mil pacientes que vivem de cuidados paliativos.
A cannabis pode mesmo ter ação antitumoral?
Sim. Pesquisas feitas em laboratório e em modelos animais sugerem que os canabinoides da cannabis podem ter propriedades antitumorais, que inibem o crescimento de células cancerosas, inibindo a apoptose (morte celular programada) e até protegendo as células saudáveis.
O assunto ainda ganhou repercussão nos EUA depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a planta pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas células.
A posição veio depois de um estudo de dois anos em ratos com câncer, onde a princípio, foi percebido uma diminuição do tumor dos bichos. Eles receberam altas doses de THC.
E vários artigos dizem o mesmo.
De acordo com uma pesquisa realizada na Austrália no começo do ano, um extrato de cannabis foi capaz de diminuir as taxas de crescimento das células cancerígenas de melanoma, além de promover a morte delas.
O mesmo foi visto em outra investigação focada no câncer de pâncreas. E outra para câncer de próstata. Houve cientistas que também testaram em casos de leucemia.
Por outro lado, é importante lembrar que os estudos ainda precisam de investigações mais profundas e consistentes.
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https://cannalize.com.br/cancer-tratamento-ciencia-estudo/ Advogada supera o câncer com a cannabis ‘Eu me sentia forte’Em um outro país, a brasileira teve a ajuda da cannabis cultivada em casa para tratar um câncer de mama
A brasileira Paula Gandolfi, de 50 anos, mora na Argentina há 20 anos. Foi lá que ela descobriu dois problemas de saúde que a deixaram desestabilizada. Mas foi lá também que ela pode utilizar a cannabis como tratamento e até cultivar de forma legal.
A advogada descobriu um câncer na mama direita há cinco anos. A princípio, o tumor era pequeno e como havia sido descoberto a tempo, não seria um problema tão grande. Mas a má notícia veio depois.
Ao fazer a biópsia, a médica revelou que a brasileira tinha um câncer triplo negativo, um tipo de tumor mais agressivo e que não não responde aos métodos hormonais de tratamento convencional.
Foi então que se iniciou uma jornada entre sessões de quimioterapia e radioterapia para conter o avanço da doença. Perdeu os cabelos, teve enjoos e fraqueza. Mas a advogada tinha uma carta na manga: A cannabis medicinal.
“Eu tive na cannabis uma aliada incrível, me deu forças. (…) eu tive a oportunidade de tirar licença, mas eu me sentia forte pra não tirar. Fiquei um ano trabalhando de casa”, acrescenta.
A cannabis para o tratamento do câncer
Atualmente, a cannabis é utilizada para câncer não só na Argentina, mas também no Brasil, nos Estados Unidos e em vários outros países ao redor do mundo, pois ajuda a conter os efeitos colaterais do tratamento, como enjoos e fraqueza.
Nos EUA, há até um remédio específico para usar no tratamento contra o câncer.
Atualmente, também já há evidências de que a planta pode conter substâncias que matam células tumorais.
Leia também: ‘A cannabis a deixou mais forte’, diz irmão de paciente com câncer terminal
Embora ainda precise de mais pesquisas, o assunto tomou repercussão nos EUA depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a cannabis pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas.
A posição veio depois de um estudo de dois anos em ratos com câncer, onde a princípio, foi percebido uma diminuição do tumor dos bichos.
Ao que parece, a cannabis atua como um antiinflamatório, bloqueando o crescimento das células além de prevenir o crescimento de vasos sanguíneos que alimentam o tumor. Também lutando contra os vírus e aliviando dores musculares.
Uso medicinal desde antes
Embora não soubesse disso na época, Paula Gandolfi conhecia muito bem a cannabis. Usuária de maconha desde os 14 anos, não deixou os seus hábitos depois que mudou de país.
Antes do câncer, a advogada havia descoberto fibromas uterinos, que também foram tratados com a cannabis. Tratamento, inclusive respaldado pelo médico, que a acompanhou durante todo o tempo.
Foi nessa época que Gandolfi conseguiu um registro do Ministério da Saúde para poder plantar. Sancionada em 2020, a lei permite que os pacientes possam se inscrever em um programa para ter acesso à cannabis medicinal de várias formas diferentes.
“Você tem três possibilidades: O paciente auto cultivador, que é o meu caso; Você também pode receber de uma associação civil que está registrada nesse programa ou receber de um cultivador solidário”, explica.
Entre o preconceito e a educação
Com o plantio em dia e devidamente regulamentado, não foi difícil falar para os médicos que ela já utilizava a cannabis, quando descobriu o câncer. De acordo com a advogada, os médicos até a incentivaram, recomendando doses e a forma de usar.
Mas fazer tudo certinho, não a livrou do preconceito, que vinha da própria família. “A minha tia falava, ‘você tem filho adolescente, como vai ter planta em casa?’ (…) e eu tinha que explicar. Tem que sair desse paradigma autoimposto, que é uma planta nociva.”, acrescenta.
Leia também: Mãe de três filhos usa cannabis para metástase “Eu nem lembro que tenho câncer”
Mas os pensamentos da tia acabaram no dia que precisou da cannabis medicinal também. Depois de um problema de artrose, em que quase não pode andar, a advogada levou o óleo de cannabis para tratar a desinflamação. “Ela viu a diferença e foi mudando a cabeça”, acrescenta.
Sobre o seu filho, Paula Gandolfi acrescenta que sempre teve uma conversa franca sobre a cannabis. Mas mesmo com a mãe fumando diariamente, o menino nunca aderiu ao uso. Hoje, com 25 anos, o menino não utiliza a cannabis, mas ajuda a mãe a cuidar das plantas.
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No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/advogada-cancer-cannabis-argentina/ ‘A cannabis a deixou mais forte’, diz irmão de paciente com câncer terminalMaciene morreu em agosto do ano passado, mas superou as expectativas dos médicos e teve qualidade de vida durante todo o tratamento
Quando Elidiel Barroso, de 32 anos, descobriu que a sua irmã, Maciene Barroso, estava com câncer em estágio avançado, não mediu esforços para poder ajudá-la da forma que podia. Conhecendo os benefícios da cannabis, passou a fazer ele mesmo o óleo para enviar para ela.
Sem outro tipo de tratamento que pudesse ajudar, a auxiliar de cozinha conseguiu viver mais de um ano com um câncer no intestino e metástase na barriga. O chá e o óleo feitos da planta, ajudavam a conter os enjoos, a fraqueza e até as dores.
Segundo o professor de química, foi a cannabis que trouxe qualidade de vida para que a sua irmã vivesse tanto tempo em cuidados paliativos. “Foi a cannabis que a ajudou a comer, a dormir e a manter o organismo forte”, diz.
Descobrindo um câncer
Ambos os irmãos nasceram no Pará e foram para o Maranhão juntos. Porém, com o passar dos anos, cada um foi para um lado. Enquanto Elidiel foi para o voltou para o Pará e depois foi morar em Manaus, no Amazonas, Maciene se mudou para Palmas, no Tocantins.
E a irmã tinha uma vida bem corrida. Por trabalhar em um restaurante, ficava até tarde da noite e muitas vezes, só ia dormir no outro dia. Por isso, quando veio o diagnóstico, a doença já estava avançada.
Tratava-se de um câncer de intestino adenocarcinoma metastático. A doença também já tinha invadido o retroperitônio, uma região da barriga que protege os órgãos internos. Problema que causava dores insuportáveis à medida que o câncer crescia.
Leia também: Como a cannabis ajuda influencer com câncer terminal
Em 2019, a auxiliar de cozinha ainda fez uma cirurgia para retirar o tumor primário. Contudo, um mês depois, houve complicações internas e ela precisou de duas novas intervenções.
Após tudo isso, Maciente até começou a fazer quimioterapia. Mas quatro anos depois, quando os médicos perceberam que a condição já estava avançada demais, a mandaram para casa para viver o resto dos seus dias. Mal sabiam eles que ela ainda viveria por mais de um ano.
Tratamento com cannabis
Elidiel soube das propriedades da cannabis de maneira bastante inusitada. Mesmo antes da irmã ficar doente, ele passou a trabalhar em uma aldeia indígena, que fica no Maranhão. Lá, a cannabis é uma planta comum da aldeia.
“À princípio, eu pensei: é droga! Aquele tradicionalismo que a gente já conhece. Mas depois fui estudando as propriedades e disse não, isso aqui está errado, é diferente. (…) Eu vi recém-nascido tomando óleo, chá para cólica, pra criança que fica chorando muito, eles dão também o cházinho”, lembra.
O professor de química se interessou pela prática e começou a pesquisar mais sobre o assunto. Até fez o curso da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) sobre o cultivo e extração.
Quando a irmã ficou doente, o químico ainda pediu para que a médica prescrevesse um produto nacional ou importado. Mas nunca conseguiu. Por isso, ele mesmo se dispôs a fazer o óleo com as plantas da aldeia maranhense.
“A médica sempre apresentou aquela resistência, em dar a receita. Inclusive, nunca deu. A minha irmã faleceu no ano passado e a médica nunca chegou a dar a receita”, lembra Elidiel.
Cannabis para câncer?
Atualmente, muitos pacientes com câncer têm usado a cannabis medicinal. Não para tratar a doença em si, mas para amenizar os efeitos colaterais causados pela quimioterapia. Náuseas, vômitos e cansaço são alguns dos sintomas que podem ser aliviados com a planta
Em alguns países como os Estados Unidos e Canadá, há até um medicamento específico feito com canabinoides sintéticos. O chamado Dronabinol é vendido para tratar esclerose múltipla e também para auxiliar nos efeitos colaterais do câncer.
Sem contar que também existem estudos que demonstram que a cannabis pode matar células cancerígenas ao mesmo tempo que mantém células saudáveis. Como por exemplo, um estudo realizado na Austrália.
As substâncias presentes na cannabis foram capazes de diminuir as taxas de crescimento das células cancerígenas de melanoma, além de promover a morte delas.
Tratamento eficaz de várias formas diferentes
A princípio, a cannabis foi utilizada para tratar os efeitos colaterais do tratamento. Elidiel conta que a cada sessão de quimioterapia, a irmã ficava sete dias com enjoos. Tudo o que comia botava para fora e com isso, ficou fraca e emagreceu muito.
Foi então que o irmão começou a extração do óleo das plantas da aldeia para fazer o óleo e enviar para Maciene.
“Quando ela começou a tomar o óleo, passou a dormir e reduziu a crise de ansiedade. Aí ela começou a acordar com muita fome. Ela engordou 18 quilos tomando o óleo. Aí toda vez eu dava pra ela, não deixava passar. Ela começou a fazer os tratamentos e a reagir bem, pois o óleo reduzia os efeitos colaterais da quimio.” Relata o irmão.
Leia também: ‘O que quebrou o preconceito foi a nossa história de vida’ diz paciente
E o óleo tinha uma alta concentração de THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato” da maconha. Apesar dos efeitos na mente, o chamado canabinoide possui propriedades analgésicas e anti-inflamatórias.
O professor de química conta que também dava o chá da cannabis, que segundo ele, ajudava e muito a conter os enjoos. Enquanto o chá ajudava no bem-estar, o óleo aumentava o apetite, a disposição e até a amenizava as dores.
Elidiel lembra que a irmã chegou a tomar morfina para aliviar as dores constantes. Chegou a usar até 130 miligramas por dose. Mas apenas com a combinação do óleo, as dores passavam e ela conseguia dormir.
“Ela chegou a fumar também para dor. Teve momentos de crise de dor que ela teve, que foi necessário. Ela não sabia tragar e eu assoprava a fumaça dentro do saco e botava para ela respirar. Isso amenizava mais a dor dela.”, lembra.
Lentidão no avanço da doença
Com a doença em estágio avançado, toda a família já esperava uma notícia ruim. Depois de um tempo, até os médicos perceberam que não havia mais um tratamento efetivo e a enviaram para casa.
Mas Maciene viveu mais do que o esperado. Parecia que a cannabis estava aumentando a sua sobrevida.
“A gente notou uma lentidão no desenvolvimento da lesão dela, até porque já era muito grande. Depois que ela começou a tomar o óleo, a gente notou também que ela sempre tinha melhoras nos resultados dos exames hepáticos.”Lembra o irmão.
E a sua percepção não é única. De acordo com um estudo divulgado em março deste ano, o uso de cannabis pode estar associado à longevidade em pacientes paliativos com câncer avançado.
A pesquisa feita na Alemanha, ainda mostrou que houve uma melhora na qualidade de vida. Parece que o uso diário de 5 mg de THC oral pode estar associado ao aumento do tempo de vida em mais de 9 mil pacientes.
Leia mais sobre isso: THC pode estar ligado a longevidade em pacientes com câncer
Infelizmente, Maciene faleceu em agosto do ano passado anos 37 nos devido ao avanço da doença. Mas Elidiel não se arrepende de todos os esforços que fez para poder ajudá-la.
Hoje, até Elidiel toma o óleo de cannabis. Ele utiliza tanto para ajudar no seu TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção) quanto para insônia. Também incentivou vários familiares e amigos a começar o tratamento.
“Até hoje eu acho inacreditável os efeitos, o que acontece. Até hoje eu ainda faço o óleo, inclusive, eu acompanho algumas pessoas com autismo, Parkinson, Alzheimer e principalmente autismo e depressão. E a melhora é muito expressiva. E muito rápida”, conta.
Ele ainda continua utilizando a cannabis direto da aldeia e até ensinou outras maneiras de fazer a extração para aproveitar ainda mais as propriedades medicinais da planta.
Atualmente, o professor de química está em uma seleção de mestrado no Amazonas para estudar os efeitos anti-inflamatórios de alguns canabinoides da cannabis, como o THC, o CBG e o CBN.
https://cannalize.com.br/cancer-terminal-cannabis-tratamento/ Óleo essencial do cânhamo é anticâncer, segundo cientistasAlém de inibir o crescimento e aparição de novos tumores em camundongos, o óleo reduz a neuropatia periférica
Um estudo pré-clínico produzido na China e publicado recente na revista “The Journal for the Study of Medicinal Plants” indicou que o óleo essencial do cânhamo pode ter papel fundamental no tratamento antitumoral. Os testes foram feitos com camundongos, portanto, mais pesquisas precisam ser feitas com pacientes oncológicos para entender a eficácia dos resultados em humanos.
Por outro lado, os resultados do estudo foram positivos, considerando que também constatou-se a ação do óleo de cânhamo para reduzir a neuropatia periférica, um tipo de dor causada pela quimioterapia.
Para chegar nos resultados do estudo os cientistas extraíram o óleo das flores e folhas do cânhamo. Três terpenos principais também foram analisados: β-cariofileno, óxido de β-cariofileno e α-humuleno. A utilização dessas substâncias contribuiu para reduzir significativamente as citocinas inflamatórias e o crescimento dos tumores no pulmão dos camundongos.
Segundo os pesquisadores, os resultados do estudo oferecem informações importantes para novas estratégias no tratamento do câncer e aumentam as referências para o desenvolvimento medicinal do cânhamo.
Outros estudos
Embora os resultados ainda não sejam conclusivos, algumas pesquisas já sugeriram que os canabinoides podem ser benéficos para reduzir os sintomas da doenças e as dores causadas pelos cuidados paliativos.
De acordo com uma pesquisa feita na Alemanha, o uso de cannabis medicinal está associado à longevidade e qualidade de vida de pacientes paliativos com câncer avançado. Nesta, especificamente, o interesse principal foi pelos resultados terapêuticos que o THC (tetrahidrocanabinol) podem trazer para pacientes oncológicos.
Além disso, um estudo observacional feito pela Faculdade de Medicina de Harvard apontou que a cannabis traz melhora na dor, no sono e também na função cognitiva dos pacientes. Essa pesquisa foi feita ao longo de duas semanas em 25 participantes com câncer, com idade média de 54 anos.
Leia mais: Estudos indicam que a cannabis pode ajudar no tratamento de câncer de mama
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https://cannalize.com.br/oleo-essencial-do-canhamo-e-anticancer-segundo-cientistas/ ‘O que quebrou o preconceito foi a nossa história de vida’ diz pacienteBruna e o marido foram os percussores para que toda a família experimentasse os benefícios da cannabis
Hoje em dia, não só Bruna Bonavita, de 40 anos, se trata com a cannabis, como também toda a sua família. O marido, a sogra, a irmã e até a cadela. Bem como a sua mãe e o seu cunhado até pouco tempo antes de partir.
Cannabis que é cultivada nos fundos da casa. Ela e o marido, Adir Mauad, que tem a mesma idade que ela, possui o chamado salvo-conduto, um direito obtido na justiça para plantar em casa e extrair o óleo.
O casal faz o óleo e ainda sobra para enviar o excedente para pesquisa. Foi graças à cannabis que a sua mãe, com várias patologias e o seu cunhado que tinham câncer conseguiram viver bem até o último dia de vida.
Ferida exposta
Em 2018, a dona Neide, na época com 65 anos, foi morar com a filha em Curitiba, no Paraná. Como a sua mãe estava doente, Bruna deixou o emprego para se dedicar aos cuidados dela, que precisava ir três vezes por semana ao hospital fazer diálise.
Além da diabetes, a dona Neide também era cardiopata, hipertensa e sofria de depressão. Ainda, estava cega e tinha uma ferida crônica do pé que não sarava.
Bruna conta que a mãe tinha que tomar uma série de remédios, que iam desde às seis horas da manhã até meia noite. Sem poder trabalhar, a administradora resolveu voltar a estudar. Como já utilizava a cannabis de forma medicinal, resolveu fazer uma pós-graduação sobre o tema.
Foi lá que Bruna soube de um colega de classe que tinha uma associação. Ele enviou uma pomada feita de cannabis para a dona Neide passar na ferida exposta. “Em menos de dois meses a ferida estava fechada. Ela fazia o uso do óleo e desse gel no local”, lembra.
Quebrando um tabu
Mas não foi tão fácil convencer a mãe a utilizar cannabis. Para dona Neide, maconha era coisa de “vagabundo”. Por mais que a filha utilizasse para tratar asma e o seu genro para um problema na lombar, aquilo não era para ela.
Mas no fim, ela foi vencida. ‘O que quebrou o preconceito foi a nossa história de vida’ diz Bruna.
Conforme foi passando o tempo e ela começou a perceber os benefícios, passou a aceitar e até cuidar das plantinhas da filha. Só não deixava que Bruna dissesse ao médico que ela estava fazendo o tratamento com a cannabis.
“ O médico ficou sem saber o que ela fez, falou que ela ia morrer com o pé aberto e até agora ele não sabe o que aconteceu com o pé da minha mãe, mas sarou.”, lembra Bruna.
A cannabis possui substâncias que podem reduzir a inflamação, a dor e até a coceira do paciente. O uso tópico é útil para tratar feridas abertas, pois ajuda na cicatrização de forma rápida, além de diminuir o inchaço e as dores.
Leia mais sobre isso: Feridas abertas: Posso tratar com a cannabis?
“A minha mãe tomava quase 30 comprimidos por dia quando ela veio morar comigo. Em alguns meses ela tomava nem um terço disso.Ela reduziu bastante a questão da medicação alopática fazendo o uso da cannabis.”, Lembra.
Câncer em estágio terminal
Em 2022, a família foi pega de surpresa quando veio a notícia que o seu cunhado Samir Mauad, na época com 42 anos, estava com câncer no pâncreas. Trata-se de um tipo raro no Brasil e com uma taxa baixa de sobrevivência.
A doença é silenciosa. Quando os sintomas começam a aparecer, o câncer já está em estágio avançado e no caso do Samir não foi diferente. Ainda mais depois que um exame revelou que ele estava com metástase no fígado. Pouco tempo depois, ainda foi descoberto uma metástase no pulmão também.
“Quando ele foi diagnosticado, a gente já tinha feito nossa extração (de cannabis), três dias depois ele recebeu o óleo lá na casa dele”, lembra Bruna.
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O óleo foi enviado com uma concentração alta de THC (Tetrahidrocanabinol), substância que gera a famosa “alta” da maconha. Apesar dos tabus em torno da substância, ela é um importante analgésico para diminuir dores e inflamações.
Leia também: Mãe de três filhos usa cannabis para metástase “Eu nem lembro que tenho câncer”
Dores que são muito comuns para pacientes que sofrem com a condição. Isso porque o crescimento do tumor pode causar a compressão dos órgãos e estruturas próximas, trazendo um desconforto enorme na área afetada.
Era 40% do extrato bruto em 30ml de azeite. Como o grafiteiro já utilizava o uso fumado da maconha, o óleo não causou estranheza no seu organismo. Pelo contrário, ajudou a diminuir as dores de forma eficaz.
Melhoras
Durante todo o tratamento, os médicos se recusaram a colocar no prontuário de Samir Mauad que ele utilizava o óleo de cannabis também, mesmo com receita.
As melhoras eram visíveis. Ele tinha apetite, mesmo fazendo quimioterapia, quase não tinha enjoo e sentia que as dores diminuíram com o uso da cannabis. Foi assim que ele viveu durante um ano e dois meses.
“Até no último dia de vida dele nós estávamos lá no hospital e ele tava com o aparelho vaporizador dele. A gente chegou e a primeira coisa que ele pediu foi que a gente carregasse o vaporizador”, lembra Bruna.
Em países como os Estados Unidos, a cannabis é cada vez mais usada para tratar os efeitos colaterais da quimioterapia, como náuseas, vômitos, falta de apetite e cansaço.
Há até remédios específicos para amenizar os sintomas, com o Dronabinol e Nabilone, aprovados pela Food and Drug Administration (FDA). Uma espécie de Anvisa do país.
Ainda há estudos preliminares que mostram que as substâncias presentes na cannabis também podem ter uma ação no controle das células cancerígenas, além de impedir o crescimento de células novas.
No entanto, os estudos ainda precisam de mais investigações para bater o martelo.
Mas a família acredita que a cannabis foi essencial para que Sá vivesse por tanto tempo. “Sim, ele faleceu em decorrência do câncer. Mas dentro desse contexto, ele sofreu muito menos, teve uma qualidade de vida bem melhor e tempo de sobrevida que medicina nenhuma explica o fato dele ter sobrevivido mais de um ano”, enfatiza Bruna.
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https://cannalize.com.br/cancer-diabetes-cannabis-historia-real-familia/ Como a cannabis ajuda influencer com câncer terminalA cannabis tem sido de grande ajuda para melhorar a qualidade de vida em pacientes com câncer, mesmo em estado paliativo.
Há um tempo, as redes sociais têm acompanhado a vida da influencer de 18 anos, Isabel Veloso, que está com câncer em estágio terminal. Com um diagnóstico de seis meses de vida e sem nenhum tratamento disponível, a jovem decidiu apostar na cannabis medicinal.
Veloso foi diagnosticada aos 15 anos com Linfoma de Hodgkin, um tipo de linfoma que ataca o sistema linfático e compromete o seu sistema imunológico. O câncer chegou a sumir, mas voltou.
Com fortes dores neuropáticas, a influencer precisou recorrer à morfina para encontrar alívio, até encontrar a cannabis medicinal. Na última segunda-feira (01), a influencer comparou como eram as suas dores antes e depois do óleo de CBD (canabidiol).
“Chegou uma época onde eu não conseguia mais controlar minhas dores neuropáticas nem com altas doses de morfina e Restiva – que é bem mais forte que a morfina”, disse. “Desde que eu comecei a usar o canabidiol eu senti uma boa melhora nas minhas dores, mas passei a usar o de 6mg e posso afirmar que melhoraram em quase 100%. Tudo bem que eu tenho algumas limitações, eu não posso forçar.”
Cannabis para cuidados paliativos
Não é de hoje que a cannabis tem sido uma alternativa para pacientes paliativos. O uso da alternativa já é realidade há um tempo em países como os Estados Unidos e inclusive, ganhou até um documentário sobre o assunto.
Com o título “Weed the People”, ou “Maconha Medicinal: Cura ou Crime?”, o filme independente retratou a vida de várias mães de crianças que recorreram à planta para ajudar seus filhos quando todos os outros tratamentos falharam.
Nele há vários depoimentos de mães que relataram a melhora na qualidade de vida de seus filhos mesmo sem muitas expectativas de continuar vivendo.
Cannabis como tratamento
A cannabis tem ajudado em várias condições diferentes porque atua no chamado Sistema Endocanabinoide. Trata-se de um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio do corpo.
Através de substâncias chamadas canabinoides, é possível sinalizar ao organismo que algo está errado e precisa ser corrigido. Quando uma pessoa está com dor, por exemplo, os canabinoides avisam que algo precisa ser regulado.
A cannabis também possui essas moléculas, que dentro do organismo, podem agir de forma semelhante às nossas.
Melhora na qualidade de vida
Por causa desse efeito, a cannabis tem sido uma boa opção para pacientes com câncer, melhorando os enjoos, náuseas, dores, perda de disposição e apetite causados não só pela doença, mas pela quimioterapia.
Nos Estados Unidos, por exemplo, há até um remédio específico para amenizar estes sintomas. Chamado de Dronabinol e o medicamento é, inclusive, aprovado pela Food and Drug Administration (FDA). Uma espécie de Anvisa do país.
No Canadá, outro remédio bem famoso é o Nabiximols, também chamado de Sativex no Reino Unido e Mevatyl no Brasil. Embora ele seja recomendado para Esclerose Múltipla, também é usado para tratar dores em casos de câncer avançado.
Leia também: Mãe de três filhos usa cannabis para metástase “Eu nem lembro que tenho câncer”
Ainda há pesquisas em desenvolvimento que sugerem que, além de tratar os sintomas da quimioterapia, radioterapia e do câncer em si, também podem matar células cancerígenas.
Embora ainda precise de mais investigações, o assunto tomou grande repercussão nos Estados Unidos depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a planta pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas células.
As pesquisas ainda precisam de mais estudos para bater o martelo. Mas até agora, todos são bem promissores.
Combatendo um tabu
Além do óleo de cannabis, a Isabel Veloso também utiliza uma pomada feita com a planta, que segundo ela, é milagrosa. “É refrescante e relaxante para os músculos e articulações que me ajudou muito quando eu tive minhas crises de dor”, afirmou.
Nas redes sociais, a influencer também lamentou o tabu que existe no uso da cannabis para pacientes paliativos. Ela reforçou que deixou a morfina, os remédios de ansiedade e passou a dormir melhor depois do uso da cannabis. Hoje, a planta é o seu único remédio.
“Muitas coisas boas têm sido lançadas em relação à cannabis medicinal e eu estou aqui para apoiar essa causa porque infelizmente é um tabu ainda”, disse.
Hoje, Isabel Veloso virou até embaixadora de uma marca de produtos de cannabis.
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https://cannalize.com.br/como-a-cannabis-ajuda-influencer-com-cancer-terminal/ THC pode estar ligado a longevidade em pacientes com câncer
O estudo percebeu que pacientes paliativos que utilizaram o composto da cannabis vivam mais que os demais
De acordo com um novo estudo divulgado em março, o uso de cannabis medicinal está associado à longevidade em pacientes paliativos com câncer avançado. A pesquisa feita na Alemanha, ainda mostrou que houve uma melhora também na qualidade de vida.
Publicado na revista Medical Cannabis and Cannabinoids, os pesquisadores investigaram as propriedades do THC (Tetrahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato” da maconha.
Parece que o uso diário de 5 mg de THC oral pode estar associado ao aumento do tempo de vida em mais de 9 mil pacientes que vivem de cuidados paliativos, ou seja, pessoas que têm uma expectativa de viver apenas mais alguns dias ou meses.
Resultados
O uso diário de 4,7 mg da substância foi associado a um aumento significativo de tempo de sobrevivência. Mas doses menores não apresentaram o mesmo resultado.
Os pesquisadores perceberam um prolongamento médio de 15 dias. O tempo de sobrevivência de 25 dias foi aumentado para 40 dias com uma dose diária de THC.
“Além da mera sobrevivência, os pacientes [tratados] com THC tornam-se mais ativos mental e fisicamente. (…) O aumento da atividade e a melhoria da qualidade de vida podem permitir aos pacientes renovar o contacto social com familiares e amigos e resolver assuntos essenciais antes de morrer.” Escreveram.
Leia também: Mãe de três filhos usa cannabis para metástase “Eu nem lembro que tenho câncer”
O estudo teve um resultado bastante parecido com outra pesquisa publicada em 2021, quando mostrou que a substância da cannabis estava associada à longevidade de pacientes em hospícios alemães com 75 anos.
A cannabis pode ajudar pessoas com câncer?
Vários estudos sobre cannabis para o tratamento de câncer são feitos em todo o mundo com resultados promissores. Um estudo australiano, também divulgado esse ano, por exemplo, mostrou que o extrato de cannabis foi eficaz para matar células cancerígenas.
Segundo outro estudo alemão feito em 2021, o CBD (canabidiol) foi capaz de matar células tumorais de ratos em apenas três dias.
O assunto ainda ganhou repercussão nos EUA depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a planta pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas células.
A posição veio depois de um estudo de dois anos em ratos com câncer, onde a princípio, foi percebido uma diminuição do tumor dos bichos. Eles receberam altas doses de THC.
Sem contar que os produtos de cannabis já são recomendados hoje para conter os efeitos colaterais da quimioterapia. Há até um remédio vendido em outros países feitos com um THC sintético chamado Dronabinol.
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https://cannalize.com.br/thc-pode-estar-ligado-a-longevidade-em-pacientes-com-cancer/ Mãe usa cannabis para metástase: “Nem lembro do câncer”Catarina Leal teve câncer de mama e depois metástase nos ossos. Contudo, a cannabis foi importante para que ela não tivesse efeitos colaterais
Catarina Leal, de 41 anos, descobriu um câncer na mama esquerda aos 37. O tipo de câncer não era tão incomum e normalmente tem 95% de cura. Mas o problema é que o tumor já tinha avançado e se tornado maligno.
Mãe solo de duas filhas na época, a dona de casa conta que não pode nem chorar ao receber a notícia, pois as suas filhas estavam com ela e a mãe não podia demonstrar o medo que sentia.
Mais tarde, descobriu ainda, uma metástase nos ossos, o que a fez ingressar em um tratamento ainda mais agressivo com quimioterapia e radioterapia. Tratamento que precisa enfrentar até hoje.
Mas tudo mudou quando Leal começou a usar a cannabis como um tratamento paliativo para conter os efeitos colaterais das medicações para o tumor. Em pouco tempo, as dores sumiram, também já não vomitava mais e tinha apetite para se alimentar.
“Fiz as 16 sessões de quimioterapia, o tratamento foi ótimo. Fiquei boa, segui com a cannabis, porque me deixava tranquila e eu não tinha que entrar em tarja preta”, acrescenta.
Convivendo com câncer
O carcinoma ductal não específico é o tipo mais comum de câncer de mama, atingindo 75% das pessoas que contraem o tumor nessa região do corpo. Contudo, também é o tipo de câncer mais invasivo.
Quando detectado em um estado mais avançado, por exemplo, as chances de cura que estavam em 90%, caem para 40%.
Mas Catarina Leal não queria dar o braço a torcer. A mulher recordou que o seu pai já teve dois cânceres e era muito amigo de um homem considerado doido há 30 anos por falar de cannabis medicinal.
Ao sentir os efeitos colaterais da segunda sessão de quimioterapia, ela já estava decidida. “Eu disse ao meu pai: eu vou procurar a maconha, eu não vou passar mal, eu vou viver, tudo o que for pra fazer eu vou fazer”, lembra.
Tratamento perfeito
O único acesso que ela tinha era o baseado e de forma fumada, mas já era alguma coisa. Contudo, o resultado não poderia ser diferente. Catarina Leal parou de vomitar, não sentia as dores do tratamento e tinha qualidade de vida.
Até que em 2021 a dona de casa engravidou pela terceira vez. Embora estivesse tomando várias medicações pesadas do tratamento, ela não sabe até hoje como conseguiu gerar uma criança. Embora desconfie que a cannabis teve o seu papel nisso.
Por causa da gestação, teve que interromper o tratamento contra o câncer, mas não abriu mão da cannabis, usou a gravidez inteira.
É importante ressaltar que falar de cannabis e gravidez ainda é um problema. Isso porque não há estudos que comprovem a qualidade dos produtos durante a gestação e as pesquisas relacionadas à maconha, mostram alguns resultados negativos.
Leia também: Cannabis ajuda paciente com câncer ‘Foi um tratamento perfeito’
Mas parece que esse não foi o caso para Catarina Leal. “Foi uma gravidez perfeita, ela nasceu linda e com muita saúde”, acrescenta.
“A cannabis me traz qualidade de vida apesar de um câncer. Ela não veio pra eu ficar calada, mas para expandir isso e dizer que existe sim vida apesar de um câncer. E eu ainda engravidei. Só com um peito dei de mamar a minha filha e tirei três nenenzinhos da UTI neonatal de um hospital, pois mandava o leite e consegui salvá-los na época da pandemia de covid.”
Descobrindo uma metástase
Não demorou muito para que o hospital ligasse para que ela retornasse ao tratamento contra o câncer, já que teve que interromper por causa da gestação. Refizeram os exames e ela estava limpa, sem o tumor.
No entanto, dois meses depois, Catarina voltou a sentir dor. “Fiz os exames e estava tomada de metástase nos ossos da cabeça aos pés. Foi praticamente em dois meses.” relembra.
O câncer nos ossos é uma doença rara, silenciosa e que corresponde a 1% de todos os tipos de cânceres. O tumor pode surgir em qualquer osso, mas é mais comum nas vértebras, ossos da bacia, fêmur, tíbia, úmero, costelas e joelhos.
“A minha médica já me chamou pra conversar e falou: olha, não tem mais cura. A gente vai tratar, hoje você está com uma doença crônica e um tratamento paliativo.” relembra a dona de casa.
Utilizando o óleo de cannabis
De repente, Catarina Leal se viu começando tudo de novo. Mas dessa vez, de forma ainda mais intensa. As dores eram maiores e os sintomas do tratamento também.
Quem lhe apresentou o óleo de cannabis foi uma amiga. Até então ela só utilizava a planta de forma fumada. Mas ela não perdeu tempo e comprou o óleo. A melhora veio em apenas quatro dias. Todas as dores e vômitos sumiram tão rápido quanto chegaram.
Mas a médica que a acompanhava ainda era bastante cética. Precisou que ela visse a paciente expelir um cálculo renal sem sentir nenhuma dor para perceber os benefícios da cannabis como tratamento.
“Quando ela (a médica) chegou a ver tudo isso, ela mesma prescreveu cannabis para um paciente que chegou no consultório com metástase ósseo também reclamando de dor. Quando eu cheguei no consultório, ela mesma disse que prescreveu maconha”, conta Leal.
“Paradigmas, estão aí para a gente quebrar. Eu acredito muito que Deus me deu uma missão com essa enfermidade, pq eu uso ela como uma voz.”
“Eu não lembro que tenho a doença”
Hoje, a mãe de três meninas faz o uso de um coquetel de remédios relacionados à quimioterapia, além de imunoterapia e hormonioterapia. Emagreceu 20 quilos e toma um ácido para fortalecer os ossos. Mas não sente nada.
“Hoje eu tenho qualidade de vida. Graças a cannabis, eu não lembro que tenho a doença. Eu não tenho dores, eu não tomo uma dipirona, eu nunca tomei um tramadol, eu não sei o que é morfina”, relata.
Catarina Leal conseguiu na justiça que o SUS (Sistema Único de Saúde) custeasse o seu tratamento através da associação Abrace Esperança, uma das primeiras instituições a cultivar cannabis no Brasil.
Recentemente, a entidade recebeu o direito de vender flores de cannabis para os seus associados e a história da Catarina Leal foi usada como exemplo no processo autorizado pelo juiz.
“Através da minha história eu consegui tirar uma amiga do hospital. Ela já estava há mais de 300 dias internada, mas começou a usar o óleo está bem. Então eu acredito que esse propósito me move e eu não vou calar”, diz.
Conte com a gente
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https://cannalize.com.br/cannabis-metastase-cancer-historias-reais/ Cannabis ajuda paciente com câncer ‘Foi um tratamento perfeito’Ieda encontrou na cannabis uma aliada para conter os efeitos colaterais do tratamento contra um câncer de mama
Ieda Marques, de Uberlândia, Minas Gerais, descobriu um câncer de mama agressivo em 2019. Apesar de passar por uma cirurgia, a pior parte foram os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia.
A assistente social não conseguia se alimentar direito por causa das náuseas e falta de apetite. Também precisava conviver com sintomas ansiosos e depressivos causados pelo medo de ter um câncer.
Foi um mastologista de Belo Horizonte que recomendou o uso da cannabis para ajudá-la a passar pelo processo, opção que ela já queria experimentar há um tempo. E o óleo foi fundamental para que todos os sintomas sumissem.
“Foram sete meses de tratamento perfeito. Quando eu falo para os médicos, eles não acreditam no quão perfeito foi. Eu não senti nada, nada”, diz Ieda. “Quando eu estava fazendo a quimio, até ouvia da minha cabine as pessoas vomitando, chorando, soluçando. Mas eu estava tranquila”, acrescenta.
Cannabis para o câncer
O uso da cannabis é cada vez mais frequente no Brasil. De acordo com o último levantamento da Kaya Mind, cerca de 430 mil pessoas já utilizam a planta como opção para uma variedade de condições médicas.
Entre elas está o câncer. O uso de produtos feitos com a planta são usados para ajudar a conter os efeitos colaterais causados pelos tratamentos contra o câncer, como náuseas e vômitos.
Além de ajudar o paciente a dormir melhor, diminui as dores e ajuda até em funções cognitivas, de acordo com alguns estudos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, há até remédios específicos para amenizar os sintomas, como o Dronabinol e Nabilone, aprovados pela FDA (Food and Drug Administration). Uma espécie de Anvisa do país.
No Canadá, outro remédio bem famoso é o Nabiximols, também chamado de Sativex no Reino Unido e Mevatyl no Brasil. Embora ele seja recomendado para Esclerose Múltipla, também é usado para tratar dores em casos de câncer avançado.
Cannabis e células cancerosas
Além de ajudar a proporcionar qualidade de vida aos pacientes em fase de tratamento, há estudos que mostram também uma ação da planta em células cancerosas.
Embora ainda precise de mais pesquisas, o assunto tomou grande repercussão nos Estados Unidos depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a planta pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas células.
Parece que a cannabis atua como um anti-inflamatório, bloqueando o crescimento das células além de prevenir o crescimento de vasos sanguíneos que alimentam o tumor. Também lutando contra os vírus e aliviando dores musculares.
Tratamento para a mãe
Ieda Marques não podia guardar os benefícios da cannabis só para si. Quando a assistente social presenciou a sua melhora com a cannabis, não pensou duas vezes em perguntar ao médico se a mãe poderia utilizar também.
Dona Ana tinha Alzheimer, mas o óleo de cannabis foi necessário para que a aposentada tivesse uma boa qualidade de vida. “Ela faleceu no ano passado, ainda tomava. Sarou até de uma dor crônica que ela tinha, uma dor lombar que nunca sarava.”, acrescenta.
Produtos feitos de cannabis também podem ser utilizados para o tratamento de demências. De acordo com um estudo feito aqui no Brasil, o óleo feito com a planta foi capaz de minimizar os impactos gerados pelo Alzheimer e até reverter parte dos danos relacionados à melhora.
Leia também: ‘O médico não entendeu nada, ficou impressionado’, diz paciente que tratou um câncer com óleo de cannabis
Outro que se beneficiou com a cannabis foi o seu gato Godô, de 11 anos. O felino não andava e a tutora descobriu que ele tinha uma hérnia de disco, comum em animais com idade.
Ieda dava um óleo comprado por uma associação de São Paulo. E o gato, que se arrastava por causa da dor, voltou a andar. “Anda meio tortinho, mas agora sem dor”, completa.
Uma vida dedicada em ajudar
Depois das experiências na família, a assistente social dedica parte do seu tempo para ajudar pacientes que querem iniciar um tratamento com a cannabis. Ela os ajuda a encontrar um médico e indica locais onde a pessoa pode encontrar os produtos com preços acessíveis.
Pacientes que são encaminhados até mesmo pelo seu filho, que é médico e também fascinado pelo tratamento com a cannabis medicinal.
Diferente do que se pensa, a cannabis é um tratamento único para cada pessoa. A quantidade de CBD (canabidiol) e de THC (tetrahidrocanabinol), assim como a concentração e o uso com outros componentes da planta, torna o tratamento único para cada pessoa.
Há quem demore até seis meses para encontrar um óleo ideal.
“Eu sofri muito para encontrar o meu óleo. Por isso, eu estou fazendo esse trabalho, ou devo dizer, acolhimento.”, conclui.
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https://cannalize.com.br/cancer-cannabis-quimioterapia/ Leucemia: a cannabis pode ajudar no tratamento?O uso da cannabis tem crescido inclusive entre pacientes com câncer, como leucemia. Mas será que a cannabis pode ajudar no tratamento?
Após a campanha do janeiro branco, nós entramos no pouco conhecido fevereiro laranja, um mês inteiro usado para conscientizar sobre o câncer mais frequente entre os pacientes infanto-juvenis: a leucemia.
A doença é rara, o risco de alguém contrair a condição em alguma época da vida é de 1%. Ainda assim, a estimativa é de mais de 11 mil casos entre 2023 a 2025, de acordo com um levantamento do INCA (Instituto Nacional do Câncer).
A taxa de letalidade também não é boa. Ainda segundo dados do órgão, 40% das pessoas diagnosticadas com leucemia podem vir a óbito.
Mas o que de fato é a tão temida leucemia?
De acordo com a generalista e prescritora de cannabis medicinal, Danielle Rabelo Gonzalez, a leucemia é um tipo de câncer que gera má formação dos glóbulos brancos, também conhecidos como células de defesa.
“A partir desse erro na medula óssea, há um acúmulo dessas células, causando sintomas como febre, enjoo, fraqueza, dor, sangramentos e perda de peso”, acrescenta.
A médica ainda explica que existem 12 subtipos do câncer, divididos entre agudos e crônicos. Entre os principais estão:
A leucemia mieloide aguda (LMA) – Trata-se de uma série de mutações genéticas nas células-tronco mieloides que resultam na formação de blastos, ou seja, células que ficam “presas” em estágios anteriores ao amadurecimento e ainda passam a se multiplicar de forma descontrolada. Os blastos também se desenvolvem de forma rápida e passam a atrapalhar as células saudáveis.
Leucemia mieloide crônica (LMC) – Neste caso, há uma superprodução dos glóbulos brancos, o que pode causar muitos problemas. Aqui, a doença se manifesta de forma lenta e torna-se crônica.
Leucemia linfoide aguda (LLA) – Este é o tipo de câncer mais comum na infância, mas as suas causas ainda não são completamente esclarecidas. Ela basicamente surge quando aparecem células danificadas na medula óssea.
Leucemia linfoide crônica (LLC) – Acontece quando os linfócitos passam a se desenvolver de forma descontrolada e não realizam mais as suas funções. Ela é crônica porque cresce junto com as células saudáveis.
Tratamento
Assim como em vários tipos de cânceres, o tratamento é feito a partir de quimioterapia, que tem a finalidade de destruir as células leucêmicas da medula óssea para que ela volte a produzir células normais.
O uso de outros medicamentos também pode ser necessário. Ou até mesmo um transplante de medula óssea, caso haja resistência aos tratamentos. Tudo vai depender do tipo de leucemia e do avanço da doença no organismo.
Cannabis como tratamento
De acordo com a médica generalista, a cannabis pode sim ser uma opção para tratar a leucemia em diversos aspectos, mas como terapia complementar.
Sua principal ação que tem evidência científica é no auxílio aos efeitos colaterais da quimioterapia.
“Ou seja, ajuda a melhorar o apetite, reduzir náuseas e melhora da dor. Também pode auxiliar a dormir melhor e diminuir sintomas do sofrimento emocional que envolve o processo da doença e tratamento, como a ansiedade e depressão”, exemplifica.
Segundo uma pesquisa publicada pelo NCBI (Centro Nacional de Biotecnologia dos Estados Unidos), a cannabis pode melhorar os sintomas de fadiga, perda de peso, anorexia e disfunção sexual que eventualmente ocorrem com alguns pacientes oncológicos.
Também de acordo com outro estudo da Escola de Medicina de Harvard, os fitocanabinoides podem melhorar a qualidade do sono e a função cognitiva de pacientes com câncer.
Quem pode usar a cannabis?
A médica ressalta que a cannabis com um acompanhamento médico é recomendada para quase todos os tipos de pacientes, exceto gestante e lactantes, em que é preciso ser avaliado o risco-benefício de cada caso.
Segundo ela, não há uma dosagem única ou fórmula certa de cannabis, mas é necessário avaliar qual o melhor princípio ativo e qual é a opção mais segura. Isso porque a cannabis funciona de formas diferentes.
“Crianças e idosos, por exemplo, devem ser avaliados com cautela em relação ao THC. Mas essa resposta depende da avaliação do médico prescritor”, diz.
A cannabis pode matar células cancerígenas?
Alguns estudos em animais e in vitro já mostraram que a cannabis tem a capacidade de matar células cancerígenas, ao mesmo tempo em que protege as células saudáveis.
O assunto ganhou repercussão depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a planta pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas células.
A posição veio depois de um estudo de dois anos em ratos com câncer, onde a princípio, foi percebido uma diminuição do tumor dos bichos. Eles receberam altas doses de THC (tetrahidrocanabinol).
Após a pesquisa, outros estudos também revelaram resultados positivos. Por outro lado, a médica ressalta que as pesquisas ainda não são suficientes para bater o martelo.
“Ainda é necessário fazer mais estudos robustos para comprovação científica e para que possamos usar como tratamento, porém fico esperançosa com isso. Eu já vi a apoptose de células cancerígenas pessoalmente no intercâmbio que fiz na Áustria e é realmente incrível o poder da cannabis”, relata.
Efeitos colaterais
Embora a cannabis possa ajudar a reduzir os sintomas da quimioterapia, a médica ressalta que os produtos feitos com a planta também não estão isentos a efeitos colaterais, que mudam de acordo com a substância utilizada, seja o CBD (canabidiol) ou o THC.
“O CBD, por exemplo, pode dar sintomas de boca seca, dor de estômago, diarreia e diminuição do apetite. Já o THC pode dar sintomas psicoativos como agitação, euforia, alterações no humor, alucinações, aumento do apetite. Claro que tudo depende da dose e forma de uso”, acrescenta.
Porém, se acompanhado por um médico, os efeitos podem ser mínimos ou nem aparecer.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas sobre cannabis medicinal e até te ajudar a marcar uma consulta com a dra Danielle Rabelo Gonzalez.
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https://cannalize.com.br/leucemia-a-cannabis-pode-ajudar-no-tratamento/ Extrato de cannabis mata células cancerígenasMas essa não é a primeira vez que uma pesquisa mostra os benefícios da cannabis para matar as células cancerígenas ao mesmo tempo que preserva as saudáveis
De acordo com um estudo recente realizado na Austrália, a um extrato de cannabis foi capaz de diminuir as taxas de crescimento das células cancerígenas de melanoma, além de promover a morte delas.
Após testes in vitro, os resultados mostraram que o extrato chamado de PHEC-66 foi capaz de desencadear a apoptose nas células do câncer de pele, aumentando a expressão dos “marcadores pró-apoptóticos” ao mesmo tempo em que reduzia a expressão dos marcadores “antiapoptóticos”. Além de interromper a progressão celular.
Ou seja, o extrato da cannabis foi capaz de se ligar às células cancerígenas e impedir que elas se multiplicassem e forçou a morte delas.
Por outro lado, o estudo ainda está em fase inicial e será necessário mais estudos para comprovar a eficácia do tratamento. A próxima etapa será fazer estudos em animais ou ensaios pré-clínicos.
Outros estudos
Mas essa não é a primeira vez que um estudo mostra o potencial da cannabis contra o câncer. Outras pesquisas também têm mostrado o potencial da cannabis na morte de células cancerosas.
Segundo um estudo alemão feito em 2021, o CBD (canabidiol) foi capaz de matar células tumorais de ratos em apenas três dias.
O assunto também ganhou repercussão nos EUA depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a planta pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas células.
A posição veio depois de um estudo de dois anos em ratos com câncer, onde a princípio, foi percebido uma diminuição do tumor dos bichos. Eles receberam altas doses de THC (tetrahidrocanabinol).
A substância se mostrou eficaz tanto no combate à doença, quanto na proteção das células saudáveis.
Sem contar que a cannabis também tem sido útil para minimizar as dores e os efeitos da quimioterapia, sobretudo em pacientes com câncer de mama.
Conte com a gente
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https://cannalize.com.br/cancer-extrato-cannabis-celulas-melanoma/ Farmacêutica e paciente, pesquisadora compartilha jornadaA cannabis entrou na vida da pesquisadora através da fibromialgia. Hoje, a planta também faz parte dos seus estudos e até do seu trabalho
Quem vê a farmacêutica, Vivian Dalla Colletta hoje, nem desconfia de tudo que teve que enfrentar. Passando por um pós-cirúrgico para a remoção total do intestino, a pesquisadora foi uma das coordenadoras do segundo CicMed, um congresso especializado em cannabis medicinal para profissionais de saúde que aconteceu neste ano.
Com os seus cabelos curtos, Dalla esteve de lá para cá durante os quatro dias de evento, como se nada tivesse acontecido. Não foi à toa que as pessoas se espantaram quando a pesquisadora falou que estava com câncer.
Diagnóstico de fibromialgia
Vivian Dalla Colletta, sempre sentiu dor. Na verdade, ela nem se lembra se algum dia conviveu sem dores que percorriam por todo o corpo. Os exercícios físicos e a alimentação as tornava até toleráveis, mas as coisas mudaram após um imprevisto.
Em 2013 ela sofreu um acidente de moto e quebrou o braço, foi quando perdeu o controle. “Na minha primeira cirurgia, estava doendo o corpo inteiro, era fora do normal, não era só o braço quebrado”, relata.
Não demorou muito para vir o diagnóstico. Fibromialgia.
Trata-se de doença crônica e sem cura, caracterizada principalmente por dores fortes por todo o corpo, além de outros sintomas. Por muitas vezes, ela está relacionada a fatores emocionais, como ansiedade, depressão e estresse. Outras vezes, pode ser ocasionada por fatores do sistema nervoso.
Por não ser totalmente compreendida ela ainda gera muitos estigmas e preconceitos. As dores “inexplicáveis” podem gerar um sofrimento solitário, que por vezes, pode piorar problemas psicológicos. E não são poucos os que sofrem com a doença.
O problema afeta de 4% a 6% da população global, de 18 a 65 anos. No Brasil, ela atinge cerca de 3% da população, isso significa quase 7 milhões de brasileiros, principalmente mulheres de 35 a 44 anos.
Lesão no nervo
A farmacêutica até conseguiu controlar as dores com exercícios físicos. Mas as coisas voltaram a sair dos trilhos quando a pesquisadora se viu em um novo ocorrido que mudou completamente o rumo da sua vida.
Em 2015, enquanto trabalhava em uma indústria farmacêutica, ela teve uma apendicite e foi internada às pressas. Fez uma cirurgia, mas os médicos lesionaram um nervo da sua perna durante um procedimento. Lesão que ela só foi descobrir alguns anos depois.
“Eu perdi completamente o controle da dor. Tinha picos em que eu desmaiava, tinha crises de ausências e o negócio ficou bem feio. Desmaiava no trabalho, na rua, rodoviária, aeroporto, onde eu tivesse”, complementa.
Foi então que começou a saga. Dalla precisou passar por 10 médicos diferentes, tomar até quatro tarjas vermelhas, mas nada melhorava. Chegaram até a questionar se a sua dor era mesmo real ou psicológica.
Foram dois anos para descobrir a tal lesão no nervo da perna, mas isso não queria dizer que estava tudo resolvido. As dores ainda continuavam e nenhum médico conseguia tratar o problema.
Fazendo o óleo de maconha na cozinha de casa
Foi em um de seus surtos, que a pesquisadora se lembrou de pacientes dos Estados Unidos com câncer que amenizam as dores com a cannabis e resolveu que iria fumar maconha.
“Eu sou uma farmacêutica careta, nunca pus um tabaco na boca, não bebo nem refrigerante”, brinca.
Mas Dalla estava desesperada. Quando falou para o seu irmão ir atrás de maconha, ele riu da sua cara.
Tentou fumar o prensado mesmo, mas não deu certo, não estava acostumada. Foi então que a farmacêutica teve a ideia de fazer o óleo da planta na cozinha de casa. Após 15 anos trabalhando em farmácias de manipulação, aquilo não seria tão difícil.
E pela primeira vez depois de muito tempo, as suas dores melhoraram muito. Tanto que ela ficou até assustada. “Se me perguntam o que tinha naquele óleo? Eu não sei”, conta.
Conhecendo um mundo novo
Por causa dos resultados rápidos, a pesquisadora foi atrás de estudos ou qualquer informação além do que já tinha ouvido falar. Mas há oito anos, não existia muita coisa. O jeito foi recorrer à associações de pacientes.
“Eu fui conversar com o pessoal e acabei me envolvendo com uma associação e a partir disso, as associações começaram a me ajudar, a fornecer o óleo, eu não precisava mais fazer em casa. Em contrapartida, como eu sou farmacêutica, comecei a auxiliar as associações da melhor forma de extração, a gente fazia essa troca e é assim até hoje”, relata.
À medida que foi emergindo nesse universo novo, ela passou a participar da elaboração de cursos e ajudar outras entidades que cultivam e formulam o óleo.
Mas sentia que ainda faltavam mais pesquisas, então decidiu ela mesma propor estudos sobre o assunto. Precisou bater na porta das universidades durante três anos, para finalmente conseguir uma bolsa de mestrado na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) para estudar a raiz da cannabis.
Câncer no Intestino
Mas a sua história não acabou ali, ainda havia mais um desafio para enfrentar. Se antes a farmacêutica havia ouvido falar sobre os benefícios da planta através de pacientes com câncer, agora a cannabis era mais que necessária.
A descoberta do câncer no intestino foi bem recente. Dalla soube em março deste ano enquanto fazia exames de rotina. Já estava avançado e a única saída era a remoção total do órgão.
Mas, diferente do que aconteceu nas outras cirurgias, o seu pós-operatório foi melhor do que se imaginava. No mesmo dia, ela já estava em casa cozinhando e com 30 dias, já estava na esteira da academia.
Por outro lado, o fato não é uma surpresa. Algumas pesquisas já mostram os benefícios da cannabis para o pós-operatório.
Em 2006, por exemplo, um estudo da Universidade Imperial de Londres já mostrava uma possível relação. Cerca de 65 pacientes receberam o óleo depois de cirurgias complexas, como a reposição do joelho. O extrato da cannabis foi capaz de diminuir as dores do pós-operatório.
“Hoje eu olho para trás e vejo que tudo isso aconteceu porque eu sinto dor. Eu sou farmacêutica, pesquisadora, mas acima de tudo eu sou paciente”, conclui.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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