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Reclassificação da cannabis avança com nova liderança nos EUA



02/05/2025


Mesmo sob a liderança de Donal Trump, a pressão para a reclassificação da cannabis será pautada pela nova liderança da Agência Antidrogas dos Estados Unidos

Reclassificação da cannabis avança com nova liderança na DEA

Reclassificação da cannabis avança com nova liderança na DEA

A reclassificação da cannabis à nível federal voltou ao centro do debate nos Estados Unidos em 2025. Terrance Cole, indicado pelo presidente Donald Trump para liderar a DEA (Agência Antidrogas, em tradução livre), declarou que examinar a proposta será uma de suas prioridades.

Em audiência no Senado neste ano, Cole afirmou que é “hora de avançar” com o processo paralisado.

No entanto, o futuro chefe da DEA evitou comprometer-se com a proposta específica de mover a cannabis da Lista I para a Lista III da Lei de Substâncias Controladas. O governo de Joe Biden iniciou essa mudança, mas não a concluiu.

Pressionado pelo senador Alex Padilla, Cole disse que precisa primeiro “analisar a ciência por trás disso” e “ouvir os especialistas”.

“Se confirmado, será uma das minhas primeiras prioridades quando chegar à DEA: ver em que ponto estamos no processo administrativo”, afirmou Cole. “Não sei exatamente onde estamos, mas sei que o processo foi adiado inúmeras vezes — e é hora de seguir em frente.”

Discussão em torno da reclassificação da cannabis

A reclassificiação da cannabis para a lista de substâncias de baixo risco, permitiria reconhecer seu uso medicinal e reduziria restrições para pesquisas e comércio. Atualmente, a maconha está listada ao lado da heroína, como uma droga sem valor terapêutico aceito.

Apesar da pressão, Cole preferiu manter a cautela. Quando Padilla insistiu se ele apoiaria a mudança, o indicado respondeu: “Estou deixando a porta aberta para estudar tudo o que foi feito até agora, para que eu possa tomar uma decisão.”

Cole também sugeriu a criação de um grupo de trabalho para analisar a desconexão entre as leis estaduais e federais sobre a cannabis. Em resposta ao senador Thom Tillis, que criticou a confusão legal criada pela legalização em territórios indígenas e estados, Cole concordou que é preciso “ficar à frente disso”.

Tillis destacou que “a maioria dos estados vai legalizar em algum nível” e cobrou do indicado um compromisso para responder às suas perguntas sobre a aplicação da lei. “Sim, senhor, você tem meu compromisso”, respondeu Cole, prometendo consultar o procurador dos EUA e o advogado da DEA.

Cole ainda possui uma visão estigmatizada?

O indicado também admitiu que vale a pena estudar a criação de “regras de trânsito” nacionais para garantir aplicação consistente das leis sobre a cannabis nos 50 estados. “Acho que isso definitivamente vale a pena para um grupo de trabalho”, declarou.

Apesar dessas sinalizações, Cole não deixou claro qual será sua posição final sobre a reclassificação da cannabis. Don Murphy, cofundador do American Cannabis Collective, considerou positivo o debate no Comitê Judiciário. “Estamos tomando medidas incrementais que levarão ao fim da proibição o mais rápido possível”, afirmou.

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No entanto, Cole já expressou preocupações públicas sobre os riscos da maconha. Ele relacionou o uso da planta ao aumento do suicídio entre jovens e afirmou, em publicações anteriores, que sua posição sobre a cannabis é bem conhecida após mais de 30 anos na aplicação da lei.

Com 21 anos de experiência na DEA, Cole atualmente comanda a Secretaria de Segurança Pública e Segurança Interna da Virgínia. Lá, supervisiona a Autoridade de Controle de Cannabis do estado. Mesmo assim, ele manteve uma postura conservadora sobre a questão.

Segunda opção

Inicialmente, Trump havia escolhido o xerife Chad Chronister, da Flórida, para liderar a DEA. No entanto, Chronister, que apoiava a descriminalização da cannabis, retirou-se após pressão de legisladores conservadores.

Enquanto isso, o processo de reclassificação segue travado em 2025. A DEA notificou que os procedimentos ainda estão suspensos, aguardando decisão do administrador interino, Derek Maltz, que já classificou a cannabis como “droga de entrada”.

Em paralelo, casos isolados indicam que a repressão a dispensários licenciados não é prioridade no momento, mas a ameaça ainda existe. Ativistas continuam pressionando por clemência para condenados por crimes relacionados à maconha, incluindo reuniões recentes com autoridades da Casa Branca.

Um comitê de ação política ligado à indústria da cannabis também lançou campanhas em 2025 criticando a política federal atual e sugerindo que Trump poderia avançar com a reforma.

A reclassificação da cannabis segue como tema quente e politicamente carregado. A posição do novo líder da DEA pode ser decisiva para destravar um processo que promete mudar o cenário da cannabis nos Estados Unidos ainda este ano.

Com informações do portal Marijuana Moment

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