Presidente do CFM que foi contra a aprovação do CBD reconhece os seus benefícios

Presidente do CFM que foi contra a aprovação do CBD reconhece os seus benefícios

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Hoje, Mauro Ribeiro admite que  o canabidiol provou o que ele considera como extremamente efetivo. “A ciência muda”. 

Em uma entrevista à Jovem Pan em março, o presidente do Conselho Nacional de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, citou o Canabidiol (CBD) em uma de suas falas. Ele admitiu que foi contra o uso do fitofármaco, mas agora, reconhece as suas propriedades medicinais. 

A entrevista era para falar sobre a COVID-19, contudo, para mostrar que os conceitos mudam de acordo com o avanço da ciência, ele citou a sua própria experiência com a cannabis. 

Nos últimos anos, não só o canabidiol, mas outros canabinoides e substâncias da planta já se mostraram eficazes no tratamento da epilepsia e outras doenças, como dores crônicas, esclerose múltipla e náuseas causadas pela quimioterapia. 

Em casos de convulsões de difícil controle, a cannabis tem sido a única solução para muitos casos. 

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A Ciência muda?

Apesar de vários casos evidenciarem a efetividade da substância, o presidente do CFM admite que a falta de estudos o fizeram ser contra o tratamento alternativo.

“Há alguns anos atrás, quando os pais de crianças com epilepsia refratária pediram para o CFM liberar o uso do canabidiol, eu fui contra. Porque quando vamos para a literatura, não tinha nada que desse subsídio para aquela decisão”, diz.

Na época, o Conselho liberou apenas para o uso compassivo, ou seja, uma autorização “por compaixão”, como explicou o médico. A decisão foi tomada para que os pacientes não perdessem a oportunidade de fazer o tratamento.

“E agora, o canabidiol se mostrou extremamente efetivo. E eu me bati ferrenhamente contra a aprovação do canabidiol  aqui pelo Conselho Federal de Medicina (na época). A ciência muda” disse. 

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