Presidente da Apacam é assassinado em frente à associação

Presidente da Apacam é assassinado em frente à associação

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Ainda neste mês, o paraguaio contou que estava sofrendo ameaças por disponibilizar o óleo de cannabis de forma gratuita para mais de 200 pacientes.

Na tarde de ontem (16), o advogado e estudante de medicina, Sandro Sanchez, morreu na mesa de cirurgia uma hora após um atentado, no qual levou três tiros.

Conhecido como Dr Cannabis, ele coordenava a Apacam, uma associação que disponibiliza óleo à base de cannabis para mais de 200 famílias na fronteira do Paraguai com o Brasil.

Dias antes à Cannalize, Sanchez contou que sofria ameaças por causa do seu trabalho voluntário.

Reprodução

Assassinato

Sanchez foi baleado em frente à da associação, na cidade de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

De acordo com imagens de uma câmera de segurança, um homem chegou de moto, atirou e foi embora. Segundo a polícia, ele levou um dos tiros no tórax, foi levado para o hospital, mas morreu na mesa de cirurgia. 

O caso segue em investigação.

Intimidação

O estudante de medicina era presidente da Apacam, uma associação que disponibiliza o óleo de cannabis de forma gratuita para mais de 200 famílias, incluindo brasileiros. 

Em entrevista à Cannalize no começo do mês, Sanchez contou que o prefeito de Pedro Juan Caballero queria proibir a entidade de atuar. 

Segundo ele, o prefeito possui uma rede de farmácias na cidade, que também vendem produtos derivados da planta. O que na sua visão, gerava um conflito de interesses. 

Ameaças

Na época, Sanchez nos contou que agentes da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad) (órgão brasileiro), estiveram na sede da entidade, que fica na linha internacional. 

Após serem informados sobre os critérios para a obtenção do óleo, os agentes passaram a fazer ameaças, que caso a distribuição continuasse, ela teria consequências como a apreensão dos medicamentos e prisão dos responsáveis. 

Contudo, ele disse ter achado estranho, pois a Senad nunca havia os incomodado. 

 Por causa da intimidação, o presidente da associação ainda divulgou um vídeo dizendo que as atividades da entidade estariam suspensas por causa do conflito.

Tags:

Artigos relacionados

Relacionadas