Parkinson: O que é, Causas, Sintomas e Tratamentos

Parkinson: O que é, Causas, Sintomas e Tratamentos

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Dados publicados através de uma pesquisa realizada em uma cidade brasileira, estimou que o número de pessoas com Parkinson representaria cerca de 3% da população com 60 anos ou mais.

Com o passar dos anos, a expectativa de vida está aumentando e, provavelmente, continuará crescendo nas próximas décadas. 

O que quer dizer que a população está envelhecendo e com ela uma maior incidência e prevalência de condições crônicas, como o Parkinson.

Parkinson é a segunda condição neurodegenerativa mais comum, perdendo apenas para o Alzheimer.Trata-se de uma condição progressiva, incurável, e que demanda cuidados por toda a vida. 

Pode se desenvolver em uma faixa etária muito variável, porém na maioria ocorre a partir dos 60 anos. 

O que é Parkinson?

É uma condição progressiva que afeta principalmente o cérebro, sendo caracterizada por tremores, dificuldade para se movimentar e prejuízos na coordenação motora.

Trata-se de patologia crônica do sistema neurológico ainda sem cura e imprevisível. Também é considerado um dos principais distúrbios nervosos na terceira idade.

Essa condição pode afetar diferentes pessoas de diferentes modos, podendo ser em maior ou menor nível.

Muitos pacientes diagnosticados com essa doença são capazes de viver durante muitos anos sem manifestar nenhum dos sintomas, ou sem apresentá-los de maneira grave.

Quais são as causas de Parkinson?

A causa dessa condição ocorre quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina são destruídas lentamente. 

Esse neurotransmissor é essencial para ajudar a controlar os movimentos musculares.

Sem a dopamina, as células nervosas dessa parte do cérebro não podem enviar as mensagens necessárias e são desgastadas. 

Isso causa a perda da função muscular que pode piorar com o tempo.

A causa exata do desgaste destas células do cérebro é desconhecida, mas os médicos acreditam que uma mistura de fatores possa estar envolvida, aos quais incluem:

  • Genética:  algumas mutações podem causar Parkinson. Mas estes casos assim, geralmente são raros e acontecem na maioria com membros da família já afetados pela condição.
  • Meio ambiente: a exposição a determinadas toxinas ou fatores ambientais podem elevar o risco de desenvolver Parkinson no futuro, mas o risco é relativamente pequeno.
  • Idade: Jovens adultos raramente apresentam a condição, já que o Parkinson é mais comum em pessoas na terceira idade. Isso ocorre porque o risco aumenta com a idade, de modo que pessoas costumam desenvolver a condição em torno de 60 anos de idade ou mais.
  • Hereditariedade:  Quando há um parente próximo com a doença de Parkinson aumenta as chances de uma pessoa desenvolver a condição.

Quais são os sintomas de Parkinson?

Os sintomas do Parkinson variam de um paciente para o outro. Em geral, costumam ser mais suaves no início, incluindo:

  • Tremores;
  • Lentidão dos movimentos;
  • Rigidez muscular;

Conforme o quadro evolui, os sintomas vão se tornando mais graves como:

  • Passos mais curtos;
  • Redução do movimento natural dos braços ao andar;
  • Inclinação do corpo para frente;
  • Diminuição ou desaparecimento de movimentos automáticos (como piscar);
  • Tendência a babar;
  • Dificuldade de engolir;
  • Falta de expressão no rosto; 
  • Dores musculares; 
  • Dificuldade para começar ou continuar o movimento, como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira;
  • Dificuldade de ler e comer;
  • Tremores que desaparecem durante o movimento;

Existem outros sintomas não-motores como:

  • Intestino preso e constipação;
  • Voz mais baixa e monótona;
  • Ansiedade, estresse e tensão;
  • Confusão mental;
  • Demência;
  • Depressão;
  • Desmaios;
  • Alucinações;
  • Perda de memória;

Quais são os tratamentos de Parkinson?

Embora ainda não exista cura para Parkinson, com o uso de medicação e técnicas de reabilitação é possível controlar os sintomas e também retardar o seu progresso, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

O uso de medicação pode controlar os sintomas por vários anos. Porém, com o avanço dos quadros, estes sintomas ficam mais fortes e respondem menos aos medicamentos disponíveis, mesmo com dosagens maiores.

Além disso, o médico também poderá recomendar mudanças no estilo de vida do paciente, especialmente a inclusão de exercício aeróbio contínuo no dia a dia da pessoa doente.

Em alguns casos, a fisioterapia também será necessária para melhorar o senso de equilíbrio do paciente.

No entanto, nem sempre o tratamento é eficaz. Os remédios podem diminuir com o tempo para uma grande parcela de pacientes, além de gerar efeitos colaterais, como a ampliação dos movimentos involuntários.

A cannabis pode ajudar no tratamento de Parkinson?

Com o passar dos anos, os produtos à base de Cannabis medicinal têm apresentado sucesso no tratamento da condição e controle dos sintomas, tanto motores quanto não motores. 

Os indícios apontam no sentido de uma característica neuroprotetora, agregando propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que podem auxiliar no restabelecimento da função neural. 

É o que revelam alguns dos poucos artigos que já foram publicados no tema que, em muitos casos, ainda tem como fator limitante principal o número amostral.

Apesar da necessidade de estudos mais amplos, o pessoal da terceira idade já aderiu ao método, do uso da cannabis. 

Como isso é possível?

Para entender de forma mais detalhada como a cannabis age no organismo, é preciso compreender que o nosso corpo possui um sistema chamado Sistema Endocanabinóide, que através dos endocanabinóides, produzidos por nós mesmos, podem regular várias funções do nosso organismo a nível celular.

Devido ao baixo nível de dopamina, o Parkinson pode causar alterações neuroquímicas neste sistema, que se agravam de acordo com a evolução da doença.

Os cientistas descobriram que os canabinóides são encontrados em grande quantidade no cérebro, mais especificamente na substância negra mencionada acima.

Por esse motivo, eles podem modular as alterações ocasionadas pela condição.

A cannabis também possui algo parecido com os endocanabinóides, chamados de fitocanabinóides.

Quando entram no nosso corpo, eles podem fazer a mesma função, agindo como uma espécie de reforço.

Os fitocanabinóides possuem também propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que ajudam a restabelecer a função neural.

No entanto, ainda faltam pesquisas mais amplas e específicas sobre o uso da cannabis no tratamento.

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