As eleições para a presidência do Brasil foram bem acirradas. Por 50,9% dos votos contra 49,1%, o ex-presidente Lula foi reeleito para governar o país pela terceira vez. Mas e a cannabis? Qual a expectativa de futuro para a plantinha para os próximos quatro anos?
Até agora, todas as medidas para o acesso à cannabis foram resoluções da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que aprovou a compra nas farmácias e importações.
Nesta gestão de Bolsonaro ainda houve a discussão de um Projeto de Lei para a regulamentação do cultivo e comercialização. O projeto chegou a avançar na Câmara dos Deputados e no momento está parado na mão do presidente da Casa, Arthur Lira.
Mas o que podemos esperar dos próximos anos com o Lula?
Já falamos aqui que a cannabis não estava no plano de governo de nenhum dos candidatos.
O ainda candidato Lula se pronunciou pouquíssimas vezes na sua campanha sobre o tema, como no podcast Flow, onde ele disse que a Cannabis “não é uma questão que o governo tem que tratar. Esta é uma questão que o Congresso Nacional trata ou a Suprema Corte.”
Agora, em seu primeiro discurso depois de eleito, o presidente de 2023 enfatizou que a saúde está entre as suas prioridades. Mas não está claro se a plantinha vai entrar neste contexto.
Mesmo restrita, a cannabis é uma medicina cada vez mais buscada no Brasil. Só no ano passado, mais de 40 mil pessoas importaram algum tipo de produto feito com a planta.
As associações também contam com mais de 30 mil pacientes, e as decisões judiciais para o custeamento pelo estado ou planos de saúde não param de crescer.
Depois do resultado do primeiro turno, várias associações canábicas e entidades de pessoas com deficiência lançaram o seu apoio e até manifestos pró-Lula, o que deve pressionar futuramente o governo do petista a tomar partido da causa de alguma maneira. Lembrando que o vice da chapa,
Contudo, a primeira coisa a se considerar é que a gestão do Lula não será fácil. Isso porque o PL de Bolsonaro ganhou, ao menos, 23 deputados nestas eleições, totalizando 99 integrantes dentro da Câmara.
Consequentemente, eles se tornaram a maior bancada eleita no Plenário nos últimos 24 anos e podem se tornar uma grande resistência ao novo governo.
Por outro lado, vários deputados também se organizaram para aprovar projetos de lei sobre o assunto.
No dia 2 de outubro, 11 candidatos da chamada “Bancada da Cannabis” foram eleitos, como Alexandre Padilha (PT) e Sâmia Bomfim (PSol).
Resta acompanhar os próximos capítulos.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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