Conseguir um tratamento com a planta não é fácil e a falta de uma legislação clara sobre o tema dificulta ainda mais o acesso à cannabis medicinal.
Associações, por exemplo, precisam enviar precisam enviar o fitofármaco pelo correio, mas nem sempre dá certo.
Como no caso de uma mãe, que não conseguiu receber o óleo da Associação de Apoio à Pesquisa e à Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi), porque foi retido na Polícia Federal.
O filho dela tem DAH (Transtorno do Déficit de Atenção) e TOD (Transtorno Opositivo Desafiador), por isso, não poderia ficar sem o fitofármaco.
Mesmo a encomenda contendo uma série de especificações estipuladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o óleo de canabidiol foi impedido como “material suspeito”.
Conversamos com a equipe que atende os pacientes da Apepi que comentou que o envio segue alguns critérios, como um preenchimento de um formulário contendo todos os detalhes “nós enviamos o produto como óleo essencial” complementou.
A mãe do paciente tentou rever o produto de várias formas, mas sem sucesso. Até mesmo com um requerimento para a Polícia Federal rever o caso e aguarda um desfecho.
Segundo advogado da entidade, Ladslau Porto, outro produto foi enviado à mãe. “O mais importante é que iremos permanecer enviando o remédio para os associados” acrescentou.
Apesar do caso isolado, a entidade possui mais de mil associados. O acontecimento pode gerar um temor em pacientes que dependem da planta.
Obter a cannabis não é uma tarefa fácil. Se optar por comprar nas farmácias ao invés das associações, terá que arcar com o custo na média de R$2.500,00
Em caso de importações, o envio pelo Correio é proibido. O óleo de cannabis precisa ser enviado por remessa expressa, um licenciamento de importação ou simplesmente bagagem acompanhada.
Essa não é a única dor de cabeça da Apepi. Em Julho a entidade havia conseguido uma liminar para o cultivo associativo de cannabis.
No entanto, a decisão foi derrubada. A entidade recorreu por duas vezes, mas sem sucesso. “Vamos recorrer sempre” acrescentou o advogado.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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