Um exame feito com 900 pacientes mostrou que o uso da cannabis antes ou depois do transplante de fígado não apresenta riscos. Vamos entender melhor sobre isso.
Um estudo dos Estados Unidos explorou o impacto do pré e pós-uso da cannabis nos resultados do transplante de fígado (LT) e descobriu que não havia nenhum.
Publicado este mês no site Clinical Transplantation, pesquisadores da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) reconhecem que existem algumas diferenças entre usuários e não usuários.
Apesar de existir diferenças significativas em relação aos dados demográficos do receptor, tais como a indicação de LT e a taxa de admissão na UTI pré -LT, não houve diferenças estatísticas nos resultados pós operatórios, incluindo sobrevida do paciente / enxerto e complicações,” mostra o resumo do estudo.
A experiência dos usuários de cannabis que foram submetidos a uma cirurgia foi diferente.
Aqueles que consumiram cannabis precisaram de uma média de 37.4 mililitros de anestésico comparado a 25 ml para não usuários, apresentaram escores de dor em média seis comparado com 4.8 e receberam 58% a mais de opióides diariamente enquanto estavam no hospital.
Os pesquisadores no estudo de transplante de fígado sugerem que os resultados podem ajudar a guiar as políticas futuras a respeito do uso da cannabis.
De acordo com o site High Times, a informação também pode ser útil para estados dos Estados Unidos que impedem os usuários de cannabis de dar ou receber doações de órgãos..
Em uma postagem de blog, a Organização Nacional para a Reforma das Leis da Cannabis, relata que os resultados do estudo da UCLA são consistentes com outras pesquisas anteriores que descobriram que o uso da erva “ não é contraindicado em pacientes que receberam transplantes de órgãos.“
Um estudo publicado em 2018 descobriu que “o uso de cannabis antes do transplante, passado ou atual, não parece afetar os resultados do transplante de fígados, embora o fumo de tabaco continue sendo prejudicial“.
Outro estudo do mesmo ano notou: “Ao contrário do uso de drogas ilícitas, o uso de cannabis não foi associado a piores resultados na lista de espera do LT“
Mas uma pesquisa publicada no Canadian Liver Journal há dois anos apontou que “a alta frequência e o uso crescente de cannabis convida os profissionais de saúde a se familiarizarem com potenciais DDIs (interações medicamentosas) em pessoas que recebem agentes psicotrópicos selecionados, e consumir cannabis medicinal e / ou cannabis recreativa. ”
O estudo deixa claro que, apesar de não haver nenhuma contra-indicação alarmante, questões sem resposta permanecem e dados de longo prazo são necessários para guiar o futuro da cannabis em doenças hepáticas crônicas.”
Referências
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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