No último mês, um assunto envolvendo produtos de CBD (canabidiol) gerou polêmica no Reino Unido.
Tudo começou depois que a KSS (Kent Scientific Services), o Laboratório de Controle Oficial operado pelo Conselho do Condado de Kent, na Inglaterra, realizou testes em 61 produtos de CBD para dores crônicas.
O resultado foi que 72% das amostras continham um ou mais elementos da cannabis, embora no rótulo só constasse o CBD.
No Reino Unido, o THC (tetrahidrocanabinol), a substância responsável pela ‘alta’ da maconha, ainda é uma droga controlada bastante restrita, o que causou problemas às marcas.
Além dos óleos, foram testados outros itens bastante consumidos na Europa, como balas de goma, biscoitos e bebidas. Os produtos analisados ainda continham baixíssimos níveis ou nenhum canabidiol em sua composição.
Por outro lado, boa parte dos itens foi permitida pela FSA (Food Standards Agency), uma espécie de Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do Reino Unido.
As marcas aguardavam aprovação final, mas, mesmo assim, já podiam ser comercializadas.
Com o crescimento do tratamento com produtos à base de cannabis no Brasil, é preciso ficar atento a questões de qualidade.
Isso porque a maioria dos produtos é importada de países onde a cannabis é regulamentada como um suplemento. Então, não há um padrão farmacêutico e rigoroso sobre a extração do óleo ou até mesmo sobre a origem das plantas.
Para o tratamento, é importante buscar empresas que disponibilizam certificados de qualidade dos produtos comercializados, por exemplo.
Esses documentos tratam-se de espécie de auditoria feita por laboratórios terceirizados que são independentes e licenciados, (como a KSS no Reino Unido).
Os testes vão determinar a potência do produto, se há contaminantes, o perfil dos terpenos, a quantidade de canabinoides e mais uma série de informações relacionadas ao produto.
Embora não seja obrigatório, muitas marcas decidem fazer isso como uma forma de trazer transparência e seriedade ao consumidor.
Os certificados de análises vão variar de acordo com o país, pois cada um possui uma legislação diferente.
Nos Estados Unidos, por exemplo, quando um produto é testado, ele recebe um COA (Certificate of Analysis), que, além dos itens acima, também verifica se os produtos estão dentro dos requisitos federais e estaduais.
Você pode consultar no próprio site da empresa que fornece o produto ou simplesmente solicitar com as importadoras que fazem a intermediação.
É importante ressaltar que qualquer uso de cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a prescrição até a importação do produto. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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