Não há evidências sobre a cannabis para tratar problemas da mente? Será?

Não há evidências sobre a cannabis para tratar problemas da mente? Será?

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Associação Pan-americana de canabinoides divulga carta em que critica a posição da associação de psiquiatria sobre a cannabis no tratamento para problemas da mente.

Na última semana, a APMC (Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide) escreveu uma carta em que questiona publicamente o posicionamento da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) que é contra o uso medicinal da cannabis.

A polêmica gira em torno de um artigo publicado em julho no site da associação de psiquiatria.

Intitulado ‘Position statement of the Brazilian Psychiatric Association on the use of Cannabis in psychiatric treatment’, o documento foi assinado por apenas dois autores.

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Posição ideológica?

De acordo com  entrevista concedida pela associação à Folha de S. Paulo, a posição não é um consenso, mas parece que foi uma “posição ideológica e não científica que reflete somente à diretoria.”

Em sua carta aberta, ainda completou que a posição não representa a comunidade de psiquiatras que são associados. 

O documento que contesta a posição da associação de psiquiatria é assinado por nomes importantes do segmento da medicina que usa a cannabis como tratamento, como:

  • Wilson Lessa, psiquiatra e  professor da Universidade Federal da Paraíba;
  • Raquel Peruybe, representante do Uruguai no conselho consultivo da APMC;
  • Marcus Zanetti, coordenador do Núcleo de Cannabis Medicinal do Hospital Sírio-Libanês;
  • Flávio Rezende, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro;
  • Ana Hounie, do Grupo de Pesquisa de Parkinson da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

Não há evidências? 

O artigo foi assinado pelo presidente da APB, Antônio Geraldo da Silva, do Rio de Janeiro, e pelo diretor regional do Centro-Oeste, Leonardo Baldaçara, e diz que não há evidências científicas que justifiquem o uso de nenhum dos derivados da cannabis. 

Ainda escreveram que “em contrapartida, diversos estudos associam o uso e abuso de Cannabis, bem como de outras substâncias psicoativas, ao desenvolvimento e agravamento das doenças mentais.”

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Uso medicinal e recreativo são diferentes

Na sua carta, a associação de canabinoides ainda destaca que a discussão sobre as propriedades medicinais da planta não podem ser misturadas ao uso recreativo.

Segundo o documento da APMC, “aglutinar os dois temas na mesma linha de argumentação traz distorções e não contribui para o debate honesto baseado na ciência.”

Procure um médico

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico que poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

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