Depois da sanção de projetos de lei em vários estados, parece que mais dois governos estaduais estudam propostas sobre a disponibilização de cannabis no SUS (Sistema Único de Saúde) até a regularização da planta.
Um dos PLs foi promulgado na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul pelo deputado Pedro Kemp (PT) recentemente. A sua intenção é regularizar medicamentos à base de cannabis para o fornecimento por associações, que poderão ser autorizados a produzir e distribuir.
A proposta vale tanto para produtos feitos com CBD (canabidiol) quanto o THC (tetrahidrocanabinol), composto que gera a famosa alta. Caso aprovada, os óleos poderão ser tanto industrializados quanto artesanais.
Além das associações, o PL também prevê a distribuição da cannabis medicinal pelo SUS, através das unidades públicas estaduais. E os produtos poderão ser tanto importados quanto nacionais.
Contudo, o Parágrafo 2º sugere que, para conseguir obter pelo sistema público, é preciso comprovar baixa renda, ou seja, comprovar que não tem condições para pagar o tratamento.
De acordo com o texto, para ter acesso por associações ou pelo sistema público, o paciente ainda deverá apresentar uma receita médica que também precisa conter a doença ou a síndrome tratada.
O médico também precisará apresentar uma declaração assinada apontando os estudos e efeitos colaterais do tratamento.
Já no outro extremo do país, outro político também propôs um projeto de lei parecido. De autoria do deputado Rafael (PSB), a proposta também pretende dar acesso à cannabis medicinal no Maranhão através do SUS.
Assim como no Mato Grosso do Sul, será necessário estudos científicos que comprovem a eficácia da cannabis nas condições tratadas.
De acordo com o texto, os produtos poderão ser nacionais, importados e até artesanais, mas precisam ter certificados de análises de acordo com as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O texto ainda pretende promover políticas públicas para disseminar as informações sobre a planta, como palestras, fóruns, simpósios e cursos de capacitação. Além de parcerias público-privadas com entidades sem fins lucrativos.
Em 2020 o deputado Yglésio Moyses (PROS) também tinha proposto um projeto de lei semelhante no Maranhão, mas parece que não foi para frente.
Assim como o projeto de lei do deputado Rafael, o texto pretendia disponibilizar produtos feitos com cannabis no SUS para pacientes de baixa renda.
A expectativa era a de que o projeto fosse colocado em pauta no ano seguinte, mas está parado desde então.
Outros estados como Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Norte, Alagoas, Mato Grosso e Paraná já possuem uma lei que regulamenta a planta, seja a distribuição no SUS ou a aprovação para pesquisas.
Outros estados como Distrito Federal, Sergipe e Paraíba tramitam propostas semelhantes.
Em nível federal, há o Projeto de Lei 399, de 2015, que pretende regular tanto a comercialização de produtos medicinais e industriais derivados da planta quanto o cultivo em solo nacional para fins medicinais e industriais.
Outro projeto de lei que tramita na esfera federal, é o PL 89 de 2023, que pretende regulamentar a cannabis no SUS em todo o Brasil.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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