Infecção Hospitalar: O que é, Tipos, Causas, Sintomas e Tratamentos

Infecção Hospitalar: O que é, Tipos, Causas, Sintomas e Tratamentos

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.

De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de infecção hospitalar atinge 14% das internações no Brasil. No mundo, cerca de 234 milhões de pacientes passam por um procedimento cirúrgico por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). 

Basicamente, a infecção hospitalar, ou Infecção Relacionada à Assistência em Saúde (IRAS) é definida como qualquer infecção adquirida enquanto a pessoa está internada no hospital, podendo se manifestar ainda durante a internação, ou após a alta, desde que seja relacionada com a internação ou a procedimentos realizados no hospital.

É muito comum que um paciente adquira uma infecção dentro do hospital, pois este é um ambiente em que estão muitas pessoas doentes e em tratamento com antibióticos. 

Uma Infecção Hospitalar ou Infecção Relacionada à Assistência à Saúde pode levar o paciente a uma reintervenção cirúrgica ou ocasionar efeitos colaterais causados pela administração do tratamento, que geralmente é feito com antibióticos por um período entre duas a quatro semanas. 

Pode ser necessária também a manutenção do paciente por mais tempo no hospital ou a reinternação, caso ele tenha recebido alta.

Tipos de infecção hospitalar

Existem alguns tipos de infecções hospitalares que surgem de  acordo com o microrganismo e forma de entrada no corpo. Assim, podem ser classificados em:

Endógena:  causada pela proliferação de microrganismos da própria pessoa, sendo mais frequente em pessoas com sistema imune mais comprometido;

Exógena: causada por um microrganismo que não faz parte da microbiota da pessoa, sendo adquirido através das mãos dos profissionais de saúde ou como consequência de procedimentos, medicamentos ou alimentos contaminados;

Cruzada: muito comum quando existem vários pacientes na mesma UTI, favorecendo a transmissão de microrganismos entre as pessoas internadas

Inter-hospitalar: levadas de um hospital a outro. Ou seja, a pessoa adquire infecção no hospital em que teve alta, mas foi internada em outro.

Causas

Dentro do ambiente hospitalar, existem diferentes indicadores que medem a qualidade da assistência e definem metas para uma melhoria contínua. 

Dentre esses indicadores está a Infecção Hospitalar.

Qualquer tipo de infecção contraída pelo paciente dentro do hospital, ou mesmo depois da alta, é chamada de Infecção Hospitalar.

A causa das infecções hospitalares estão ligadas a bactérias, fungos, vírus e protozoários.

Esses microrganismos podem estar presentes no ambiente hospitalar ou no próprio organismo do paciente. E podem ser transmitidos por meio de água ou alimentos contaminados, entre pessoas por gotículas de saliva ou pelo ar com pó ou poeira.

Basicamente, Qualquer pessoa que precise se internar ou fazer algum procedimento ambulatorial está sujeita a contrair uma Infecção Hospitalar, mas alguns grupos de pessoas são mais suscetíveis às infecções. Entre eles estão:

  • Recém-nascidos;
  • Idosos;
  • Portadores de diabetes;
  • Pessoas com câncer;
  • Transplantados.

Principais Sintomas

Os sintomas da infecção hospitalar variam conforme o agente responsável pela infecção. 

Mudanças na saúde após procedimentos médicos devem ser observadas com cuidado, entre os sinais estão:

  • Diarreias;
  • Vermelhidão;
  • Dor ao redor de um cateter ou local de cirurgia;
  • Febre;
  • Dores ao urinar;
  • Vômitos.

Fatores de risco

Como foi dito, qualquer pessoa pode desenvolver uma infecção hospitalar, entretanto têm maior risco aquelas com um maior fragilidade da imunidade, como:

  • Idosos;
  • Recém-nascidos;
  • Pessoas com comprometimento da imunidade, por doenças como AIDS, pós-transplantados ou em uso de medicamentos imunossupressores;
  • Diabetes mellitus mal controlada;
  • Pessoas acamadas ou com alteração da consciência, pois apresentam maior risco de aspiração;
  • Doenças vasculares, com o comprometimento da circulação, já que dificulta a oxigenação e cicatrização dos tecidos;
  • Pacientes com necessidade de uso de dispositivos invasivos, como sondagem urinária, inserção de cateter venoso, utilização de ventilação por aparelhos;
  • Realização de cirurgias.

Além disso, quanto maior o tempo de internação, maior o risco de se adquirir uma infecção hospitalar, pois há maior chance de exposição aos riscos e aos microrganismos responsáveis. 

Possíveis tratamentos

O tratamento das Infecções Hospitalares pode ser realizado por meio de medicamentos, tais como, antibióticos, antifúngico e outras medicações que ajudam no tratamento da infecção já instalada. 

Porém, temos que ter em mente que a infecção hospitalar deve ser evitada, assim, é necessária a prevenção.

Além disso, também devemos considerar que um dos tratamentos das infecções hospitalares é a conservação adequada do ambiente. 

Um hospital que segue as medidas corretas quanto à limpeza do ambiente físico, desinfecção, esterilização de equipamentos e materiais além da educação da equipe de atendimento, está proporcionando segurança ao seu paciente.

Dessa forma, podemos tratar estas medidas não só como prevenção, mas também como uma forma de tratar as infecções hospitalares.

Tags: