Indicado por Bolsonaro, Kássio Nunes parece ser favorável ao canabidiol

Indicado por Bolsonaro, Kássio Nunes parece ser favorável ao canabidiol

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Criticado pelos conservadores por não se pronunciar sobre temas polêmicos, o desembargador indicado para o STF disse estar aberto a discussões sobre cannabis

A indicação do desembargador Kássio Nunes Marques para uma vaga no Supremo Tribunal Federal não foi bem vista pela ala bolsonarista e apoiadores. Figuras públicas, como o pastor Silas Malafaias, criticaram a indicação.

 O desembargador, que até agora não se posicionou como um conservador, mesmo com a pressão da ala evangélica, vai ocupar a vaga de ministro de Celso de Melo no STF.

Melo antecipou a sua aposentadoria, e vai estar no supremo até próxima terça-feira (13 de outubro), quando o novo ministro ocupará o cargo.

Mas a indicação de Kássio Nunes não foi vista com bons olhos. Em vídeo, o pastor Silas Malafaia, por exemplo, chamou a decisão de “absurda” e vergonhosa”. Também disse que o novo ministro estará “a serviço do centrão e da esquerda”.

Evangélicos da ala bolsonarista também cobraram uma postura conservadora do indicado, que até agora, não se posicionou sobre pautas como homossexualidade, aborto e valores.

As críticas são principalmente porque Kássio Nunes Marques foi nomeado em 2011 pela ex-presidente Dima Rousseff para integrar a corte do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) como juiz.

Canabidiol

Esta semana, Kássio Nunes teve uma conversa com a bancada do PSDB no Senado, onde teve a oportunidade de discutir alguns temas. Entre eles, um assunto que está criando uma divisão no congresso: o canabidiol (CBD).

Quem levantou o assunto, foi a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é tetraplégica, paciente e defensora da cannabis medicinal.

Ao invés de lançar uma resposta padrão para desviar os assuntos mais polêmicos, o desembargador disse que o judiciário não deve ser protagonista no assunto, mas que está aberto para conversar sobre o tema e que respeita as decisões do congresso.

Kássio Nunes ainda ressaltou que é legalista e acredita na ampliação dos tratamentos de doenças. Disse ainda, que conhece pessoas que precisam do remédio.

As conversas com o Senado irão acontecer ao longo da semana de forma individual e em grupo.

 

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