Um estudo intitulado “Os Efeitos de Consumir Cannabis para o Tratamento da Fadiga” foi publicado na Medical Cannabis and Cannabinoids em abril.
Os autores conduziram as entrevistas via Departamentos de Economia e Psicologia da Universidade do Novo México (UNM).
A pesquisa analisou 1.224 pessoas, que realizaram 3.922 sessões de consumo de flores no período de 6 de junho a 7 de agosto de 2019, usando o aplicativo Releaf (que rastreia a utilização de cannabis).
Os participantes registraram seus níveis de fadiga antes e depois do consumo, avaliando também a cepa específica e as propriedades do que consumiram.
Os resultados registraram que 91,94% dos participantes sentiram sua fadiga diminuir após o consumo de cannabis.
Os pesquisadores notaram que cepas específicas, como a índica e sativa, não apresentaram nenhum efeito no combate à fadiga.
No entanto, os participantes que fumaram na seda sentiram mais alívio da fadiga do que aqueles que optaram por consumir via cachimbo ou vaporizadores.
Os autores também apontaram que menos de 24% dos consumidores sentiram efeitos colaterais negativos (descritos como “falta de motivação ou couchlock”), enquanto aproximadamente 37% sentiram efeitos positivos (como “sentir-se ativo, enérgico, brincalhão ou produtivo”).
Em entrevista à Benzinga, o autor da pesquisa, Dr.Jacob Miguel Vigil, descreveu que os resultados deste estudo foram o oposto do estigma que ainda existe em relação à cannabis.
“Apesar das crenças convencionais de que o uso frequente de cannabis pode resultar em diminuição da atividade comportamental, busca de objetivos e competitividade, ou o que os acadêmicos chamam de “síndrome amotivacional”, as pessoas tendem a experimentar um aumento imediato em seus níveis de energia após consumir cannabis”, disse Jacob.
Tanto Vigil quanto a Dra. Sarah Stith, do Departamento de Economia da UNM, ficaram surpresos que a cannabis tenha diminuído a fadiga em tantos participantes.
“Um dos resultados mais surpreendentes deste estudo é que a cannabis, no uso geral, produziu melhorias nos sintomas de fadiga, em vez de apenas um produto específico com óleo de Canabidiol (CBD) ou algo com mais Tetrahidrocanabinol (THC)”, comentou Stith.
O aplicativo Releaf da MoreBetter, usado neste estudo, foi projetado para ajudar pacientes, médicos e consumidores recreativos a rastrear seus dados de consumo e, o mais importante, desmistificar a cannabis.
O CEO da MoreBetter, Tyler Dautrich, declarou à Benzinga sobre os resultados do estudo: “Isso obviamente tem implicações para os pacientes que têm fadiga por conta de um problema médico, como asma, por exemplo. Mas também acreditamos que isso pode levar a opções mais saudáveis para indivíduos que lidam com a fadiga no dia a dia”.
Arthur Pomares
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por café, futebol e boa música. Axé.
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