Contrações musculares é algo que pode acontecer em qualquer pessoa, mas muitas vezes podem se tornar desagradáveis e insuportáveis no dia a dia, quando ocorre de forma descontrolada e intensa.
A distonia é um distúrbio identificado por contrações musculares involuntárias e espasmos incontroláveis, que são muitas vezes repetitivos, podendo causar posturas incomuns, estranhas e dolorosas.
Na maioria das vezes, essa doença surge devido a um problema cerebral, no sistema nervoso, responsável por controlar o movimento muscular.
Este problema no cérebro pode ser genético ou surgir como consequência de uma doença ou lesão como por exemplo:
Essa doença é reconhecida como uma falha na comunicação entre as células e circuitos cerebrais que controlam o movimento, motivada por alterações em proteínas intracelulares anômalas.
Assim, para contrair um músculo, o cérebro deve inibir muitos outros músculos que não participam do determinado movimento.
Assim, pela distonia, na tentativa de mover um músculo, outros também se contraem anormalmente e causam os espasmos distônicos.
Existem diferentes tipos de distonias, mas geralmente os movimentos distônicos, também conhecidos como torções, geralmente, se iniciam em uma das regiões do corpo, como pescoço, rosto, cordas vocais, braços ou pernas e podem se dispersar para outras partes.
Basicamente, os sintomas podem variar de acordo com as regiões afetada e o tipo de distonia:
Distonia focal: ocorre quando afeta apenas uma região do corpo, causando contrações involuntárias e espasmos nos músculos afetados.
Distonia segmentar: acontece quando duas ou mais regiões que estão interligadas, como é o caso da distonia oromandibular, que afeta a os músculo do rosto, a língua e a mandíbula, podendo causar distorção facial e a abertura ou o fechamento involuntário da boca;
Distonia multifocal: pode afetar duas ou mais regiões do corpo, que não estão interligadas, como o braço esquerdo e a perna esquerda, por exemplo, provocando contrações musculares involuntárias;
Distonia generalizada: afeta o tronco e, pelo menos, duas outras partes do corpo. Geralmente tem início na infância ou adolescência e começa com contrações involuntárias em um dos membros, que depois se espalham para outras partes do corpo;
Mas afinal, será que existe algum tipo de tratamento para essa doença?
Sim, existe tratamento, que tem como principal objetivo controlar as contrações musculares involuntárias e, consequentemente, melhorar a aparência e a qualidade de vida da pessoa.
A escolha do tratamento deve ser feita pelo médico, de acordo com a gravidade e o tipo de distonia:
A doença pode ser tratada com injeções de toxina botulínica, conhecida por botox, pois esta substância ajuda a diminuir as contrações musculares involuntárias características desta doença.
Vale lembrar que, qualquer tipo de medicamento deve ser prescrito por um médico, sendo que a dose e o modo de uso podem variar de acordo com a gravidade da distonia.
O tratamento fisioterapêutico para distonia consiste na realização de exercícios específicos ou técnicas para ajudar a manter a totalidade dos movimentos, melhorar a postura, aliviar a dor, evitar o encurtamento ou enfraquecimento dos músculos afetados e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Estimulação cerebral: é feito através da implantação de elétrodos dentro do cérebro que estão conectados a um pequeno dispositivo, semelhante a um marcapasso, que geralmente fica no abdômen e que envia impulsos elétricos para o cérebro, ajudando a controlar as contrações musculares;
Desnervação periférica seletiva: é feito através do corte das terminações nervosas que estão causando espasmos musculares.
Estas opções cirúrgicas normalmente só são feitas quando os outros tratamentos não foram eficazes.
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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