O paciente, que tem ansiedade, foi autorizado a cultivar um número alto de plantas para o tratamento. Mas há uma quantidade ideal?
A notícia de que um paciente foi autorizado a plantar cannabis para tratar um transtorno mental repercutiu pela internet e pelos portais de notícias, causando diversas críticas e elogios.
Mas por que o caso foi tão falado?
Tudo começou quando o STJ (Superior Tribunal de Justiça) permitiu que um homem do Paraná, diagnosticado com ansiedade, cultivasse 354 plantas de cannabis por ano para extrair o óleo usado no seu tratamento.
De acordo com o documento, o paciente tinha o diagnóstico desde a infância e passou a utilizar a cannabis em 2020. Contudo, o alto custo dos produtos, tanto nacionais quanto importados, tornaram o tratamento inviável, por isso, ele recorreu à judicialização.
Para chegar à decisão, o ministro do STJ Rogério Schietti Cruz levou em consideração laudos de um engenheiro agrônomo e de um médico, apresentados pela defesa do paranaense.
O que chamou bastante atenção no caso, foi a autorização de um número grande de plantas por ano. Segundo o documento são “96 a 57 plantas por ciclo a cada três meses, totalizando de 354 a 238 plantas por ano, adicionadas as dez plantas clonais”.
De acordo com o advogado Natan Duek, considerando o número elevado de pés, é bem provável que o paciente em questão tivesse prescrição de doses elevadas no tratamento.
“Pela minha observação, o padrão na jurisprudência tem sido conceder o salvo-conduto para 10 a 15 plantas e 20 sementes por ano (considerando as perdas inerentes ao plantio).” Acrescenta.
Por outro lado, não há um número ideal de plantas. Isso porque o tratamento à base de cannabis é individual para cada paciente, mesmo quando falamos da mesma patologia.
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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