Crianças da APAE de SP receberão óleo de cannabis gratuitamente

Crianças da APAE de SP receberão óleo de cannabis gratuitamente

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Ao todo serão nove beneficiários da unidade de São Caetano do Sul que receberão o tratamento por nove meses. 

O uso da cannabis medicinal é cada vez mais frequente no Brasil. O número de pacientes aderindo ao tratamento alternativo tem crescido não só na compra de produtos importados, como também através de associações e até o cultivo individual. 

Foi pensando nisso que uma empresa dos Estados Unidos lançou uma linha de produtos à base de cannabis no Brasil voltado para crianças. Ela também fez uma parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) para distribuir aos pacientes de forma gratuita. 

O chamado Canabidiol Kids será disponibilizado para nove crianças da unidade de São Caetano do Sul, crianças com várias condições diferentes. O óleo Full-Spectrum, ou seja, feito com a maioria das substâncias contidas na planta, será disponibilizado para as famílias por nove meses.

Após esse período, o laboratório Carmen ‘s Medicinal disse que vai assessorar as famílias a obterem um óleo de cannabis aprovado pela resolução 327/19, que permite a comercialização nas farmácias. 

Mas os processos serão voltados para o fornecimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou dois tipos de óleos. O primeiro foi o da Prati-Donaduzzi que custa mais de dois mil reais, e o segundo é o da NuNature, que pretende colocar em circulação no Brasil no próximo mês com um valor menor.  

Dificuldades em obter o óleo

Comprar um medicamento à base de cannabis não é tão fácil. Apesar do preço, há uma série de recomendações que o paciente ou tutor precisa seguir. Para importar, por exemplo, é necessário ter uma autorização da Anvisa e um laudo médico.

Há também a possibilidade de fazer o tratamento. Pelo SUS, pelo convênio médico e até através do cultivo individual. Contudo, todas estas opções devem ser feitas por meio de ações, que levam tempo e dinheiro.

Segundo o diretor executivo da empresa, Ricardo Pettená em entrevista ao Canaltech, caso o projeto de lei sobre a cannabis seja aprovado, isso irá facilitar a vida dos pacientes, evitando burocracias e  inclusive na questão do custo.

O PL 399/15 propõe uma regulamentação da cannabis medicinal e industrial no Brasil que inclui o cultivo em solo nacional. Apesar das polêmicas, ela foi aprovada em uma comissão especial da câmara dos deputados e pode ir para o senado a qualquer momento. 

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