O mercado canábico tem crescido nos últimos anos. Em países como Estados Unidos e Canadá já é possível encontrar desde cosméticos a comestíveis feitos com a planta. Mas uma tendência que tem crescido também são as bebidas feitas com infusões.
Elas têm sido uma alternativa aos coquetéis para bebidas sem álcool, além de ir em vinhos, chás e até energéticos. Uma aposta para um embriaguês mais “saudável”.
No entanto, as infusões de cannabis têm causado uma certa preocupação de especialistas, principalmente pelo alto nível de THC (Tetrahidrocanabinol) nas porções. Trata-se da principal substância que causa os efeitos alucinógenos da maconha.
A BDSA, empresa de pesquisa especializada no mercado legal de cannabis nos EUA, mostrou que as vendas de bebidas com maconha aumentaram de forma significativa. Um crescimento de 65% entre 2020 a 2021.
Só na Califórnia, lugar onde concentra o maior mercado canábico dos Estados Unidos, as bebidas feitas com a planta quase dobraram no período de um ano, com 747 itens diferentes, segundo a Headset, outra empresa que coleta e analisa dados sobre a cannabis.
Infusões que são vendidas com slogans como “bebida mais natural”, “livre de ressaca”, “melhora o foco” ou “mais saudável”. Mas será que é isso mesmo?
Um problema que tem preocupado os especialistas é que as bebidas estão com um teor cada vez maior de THC. A vinícola Rebel Coast, por exemplo, produz latas de vinho espumante sem álcool infundidas com 10 miligramas do componente, quantidade considerada bastante alta.
O receio é a facilidade de consumir Tetrahidrocanabinol em excesso, que pode resultar em intoxicação.
Segundo a pesquisa da Headset, mais da metade das bebidas de cannabis vendidas nos Estados Unidos em 2021 continham 100 mg de THC, quantidade que pode intoxicar significativamente ou prejudicar uma pessoa média.
Os médicos também estão preocupados com a falta de estudos sobre as possíveis consequências deste novo hábito, que tem crescido sem pesquisas que acompanhem os seus efeitos e qual a melhor forma de consumi-las.
Principalmente quando os consumidores não ficam somente na infusão, mas também se aventuram em outras bebidas alcoólicas. A mistura pode potencializar ainda mais os efeitos do THC.
Com informações da Folha de S. Paulo.
É importante ressaltar que no Brasil, o consumo de cannabis é limitado ao uso medicinal, portanto, qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico que poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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