Seguindo a tendência mundial, medicamentos à base de cannabis serão mais acessíveis para pacientes de diferentes patologias na Colômbia.
Isso porque produtos derivados de cannabis entraram em uma plataforma colombiana chamada MIPRES.
Trata-se de uma ferramenta que permite que os profissionais da saúde prescrevam substâncias que não são custeadas pelo governo ou serviços complementares.
No entanto, isso se sucedeu após a empresa multinacional, Khiron Life Sciences, entrar no Projeto Estratégico Nacional pelo Governo da Colômbia, com um status de PINES.
Este tipo de status coloca a introdução de produtos à base da planta em uma grande escala, no mesmo nível de projetos como o metrô de Bogotá ou construção de rodovias.
Dar uma atenção maior para a cannabis não é apenas uma questão de saúde, mas também econômica.
Para o governo colombiano é uma forma de impulsionar o mercado. Enxergam potenciais exportações, criação de emprego, retorno de investimentos, aposta em novas indústrias e contribuição para as metas governamentais.
Na reunião da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), que aconteceu recentemente, o país defendeu a planta como oportunidade econômica.
Durante a comissão de entorpecentes, que tirou a cannabis da lista de substâncias perigosas, a Colômbia organizou um seminário onde mostrou os usos lícitos e o mercado não só da cannabis, mas também de outras plantas, como a Papoula e a Folha de Coca.
O ministro da Justiça do país, Enrique Gil Botero, ainda complementou que a Colômbia é um dos 23 Estados que tem uma legislação de cannabis baseada em pesquisas científicas.
No Brasil, a autonomia para prescrever cannabis não é um problema. No entanto, é melhor que ela seja feita por profissionais que entendam sobre a planta.
A parte complicada é encontrar quem prescreva. Segundo o último levantamento demográfico de 2018, o Brasil tem mais de 460 mil médicos. No entanto, menos de 1% deles são capacitados para prescrever cannabis.
Mas a dificuldade principal continua sendo o preço. Um óleo de canabidiol pode custar quase três mil reais, com duração de apenas um mês.
Mas ao contrário do que muitos pensam os planos de saúde aqui são obrigados a cobrir remédios à base de cannabis.
No entanto, é preciso insistir. Se fizer uma solicitação, certamente vão negar, alegando que este tipo de remédio não está na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Ou então, que a maioria dos importados não é registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No entanto, segundo a advogada Ana Izabel Carvana de Hollanda, que já ganhou causas envolvendo a cannabis e convênios, essas justificativas não são suficientes.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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