Na terça-feira passada (19), o CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo) publicou uma portaria que aprovou a criação de um grupo de trabalho voltado a discutir a cannabis dentro da veterinária.
A criação do grupo já tinha sido anunciada pelo conselho no final de fevereiro, mas aguardava a publicação da portaria.
De forma institucional e representativa, os especialistas irão debater desde questões regulatórias até o mercado nacional para pets e claro, a cannabis como tratamento.
Embora alguns profissionais já prescrevam, a medicina veterinária vivem em um limbo, em que não há uma legislação sobre o assunto, mas também não há uma proibição.
Não é de hoje que o Conselho de medicina veterinária fala sobre cannabis. Em outras situações, ele já se posicionou favorável ao uso veterinário e até recomenda a administração de produtos derivados da planta.
O Conselho de Veterinária de São Paulo ainda contribuiu com informações e dados para um projeto de lei do deputado Stephanes Júnior (PSB-PR), que visa regulamentar o uso da cannabis no estado.
De acordo com o último mapeamento realizado pela empresa de dados canábicos, Kaya Mind, há por volta de 230 produtos à base de cannabis disponíveis no mercado direcionados ao uso animal.
O levantamento mostra ainda, que das 36 marcas responsáveis pela produção, 16 trabalham exclusivamente com o mercado canábico para pets, ou seja, 44% do total.
A lista de condições que os produtos derivados da cannabis podem ajudar a tratar é variada, incluindo dores localizadas e crônicas, ansiedade e câncer.
Assim como em humanos, a cannabis atua no chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que atua à nível molecular restaurando a homeostase, ou seja, o equilíbrio de boa parte das funções do corpo, como sistema imunológico, sistema nervoso, sono, fome, humor e por aí vai.
Através de receptores, ele envia os chamados canabinoides, que ajudam a regular alguma função que não esteja operando direito.
A cannabis também possui canabinoides, que podem se conectar aos nossos receptores e também restaurar o equilíbrio das funções. Os mais conhecidos são o CBD (Canabidiol) e o Tetrahidrocanabinol (THC).
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis, mesmo que para fins veterinários, precisa ser prescrito por um profissional que, inclusive, poderá indicar qual o melhor tratamento para a condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a prescrição até a importação do produto. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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