Conselho de ética abre processo contra Diego Garcia

Conselho de ética abre processo contra Diego Garcia

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O deputado federal foi indicado após agredir o presidente de uma comissão especial de cannabis durante um desentendimento

Ontem (13) o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou três novos processos para investigar a conduta do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) e também dos deputados Luís Miranda (DEM-DR) e Diego Garcia (Pode-PR).

O presidente do conselho será o deputado Paulo Azi (DEM-BA), que ainda vai escolher os relatores. Os nomes serão sorteados a partir de uma lista tríplice, que será sorteada hoje. 

Foto: Reprodução

 Tanto a denúncia de Ricardo Barros quanto a de Luís Miranda, estão relacionadas com a CPI da COVID, que investiga a administração dos recursos públicos pelo governo na pandemia de Coronavírus. 

O líder do governo na câmara será investigado por ser citado por Miranda em uma das sessões da CPI. Já o processo do deputado do DEM será para apurar se ele agiu de má fé em seu depoimento. 

Agressão

O deputado Diego Garcia será investigado pela sua conduta na Comissão Especial de Medicamentos Formulados com Cannabis, criada para analisar o Projeto de Lei 399/15. Entre as propostas está o cultivo em solo nacional para fins medicinais e industriais, mas não recreativo. 

Durante a reunião da comissão realizada em maio, o  deputado bolsonarista se alterou e agrediu o presidente da comissão, Paulo Teixeira (PT-SP). 

Ele e mais outros deputados começaram a aumentar a voz depois que Paulo Teixeira seguiu a sessão sem fazer uma votação nominal, que segundo o deputado, foi votada no começo da reunião.

Ele se alterou e foi até o presidente da comissão e o empurrou. Com os ânimos acalorados, os demais membros também se levantaram e foram até a mesa onde os dois estavam. “Esse deputado chegou aqui na minha frente e me deu um murro no peito!” desacreditou Teixeira.

Foto: Reprodução

Mais tarde, quando Garcia teve a palavra, argumentou que não agrediu o presidente da comissão. 

“Em momento algum eu agredi vossa excelência. A minha intenção não era essa. Eu queria que você parasse de falar, sendo que o meu requerimento para uma votação nominal foi feito”, explicou o deputado. 

Investigação no Conselho de Ética

Contudo, parece que a explicação não convenceu Teixeira, que reclamou de não ter recebido sequer um pedido de desculpas. 

Dois dias depois do ocorrido, Teixeira acrescentou que iria acionar o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara contra o deputado.

A representação 10/21 feita pelo Partido dos Trabalhadores (PT), foi aceita pelo conselho de ética, e as consequências podem resultar até na perda do mandato de Garcia. 

O deputado bolsonarista já se adiantou, e disse que apresentou sua defesa prévia ao colegiado. 

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