Conhecendo as fazendas de cannabis mais incomuns dos EUA

Conhecendo as fazendas de cannabis mais incomuns dos EUA

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

De antigas academias de polícia a complexos farmacêuticos transformados em estufas, as empresas produtoras de ganja estão cada vez mais criativas.

A maconha é ilegal sobre lei federal nos Estados Unidos, mas é pefeitamente legal em 19 estados e no Distrito da Colombia. 

Isso pode ser menos da metade dos estados que compõem o país, mas é o suficiente para manter os varejistas de cannabis e suas instalações de cultivo bastante ocupados. Especialmente durante a pandemia, quando a demanda por grama boa aumentou exponencialmente

Somente em Nova Jersey, as estufas cresceram mais que o dobro neste ano do que no ano anterior, vendendo mais do que 20 mil libras de cannabis para os varejistas no estado.

Empresas engajadas

O CEO Jimil Wilson da empresa Maitri, com sede em Pittsburgh, observa: 

”Enquanto muitas empresas de cannabis estão correndo para atender à onda de demanda na Pennsylvania, Maitri tem planejado satisfazer o mercado de cannabis medicinal do estado.’’

Como a cannabis não é legal como algumas outras substâncias que alteram a mente, ela não pode cruzar os limites dos governos estaduais, forçando os 19 estados de mentalidade progressiva a serem criativos quando se trata de cultivar aquelas flores cobiçadas.

Algumas empresas estão se voltando para locais incomuns, incluindo um complexo industrial que antes abrigava a gigante farmacêutica Merck.

Desde de então, se transformou em um centro de cultivo de maconha perfumamente próspero.

A poucos quilômetros de distância, uma fazenda do condado de Morris que costumava plantar e vender poinsétias (uma euforbiácea de longas brácteas vermelhas, no Brasil vulgarmente conhecida como flor-de-papagaio e asa-de-papagaio.), sempre vivas e abóboras para festas de fim de ano, ainda está tecnicamente cultivando uma flor conhecida por elevar o ânimo das pessoas. 

Agora, a fazenda de décadas está cultivando milhares de plantas de cannabis medicinal na primeira estufa específica para a cannabis do estado, reforçando ironicamente a reputação do estado de Nova Jersey como o jardim em grande estilo.

E com dois terços do estado (NY e New Jersey) dispensando legalmente o que é bom, o mercado está estimado em cerca de 6 bilhões de dólares dentro de cinco anos. 

Em outras palavras, os sonhos de empreendedores com mentalidade botânica estão prestes a se tornar realidade com oportunidades de negócios aparentemente intermináveis, independente das circunstâncias terríveis, como crises globais de saúde pública.

Sobrevivência em meio a pandemia

Embora muitos negócios tenham fechado ou, pelo menos, lutado contra o pior da pandemia, a cannabis recreativa disparou. 

Na verdade, as vendas legais de cannabis nos Estados Unidos ultrapassaram  17,5 bilhões de dólares somente em 2020. 

Basta perguntar a varejistas locais, como Stone Road, com sede na Califórnia e uma família familiar , cujo kush orgânico cultivado ao sol é proveniente da fazenda biodinâmica independente de 57 acres da marca em Nevada City, Califórnia.

 “Como a maioria das indústrias, os atrasos no transporte e a escassez de matéria-prima durante a pandemia de COVID-19 prejudicaram nossa cadeia de suprimentos. Para acompanhar a demanda, também estamos utilizando fazendas parceiras em outros estados que cultivam variedades específicas para nós e embalam produtos Stone Road ”, explica Lex Corwin, o fundador da marca.

Outro local densamente povoado que está passando por um boom da cannabis é Toronto, onde fica o charmoso  Superette. 

As vendas do varejista de maconha dispararam tanto que, no mês passado, a marca abriu sua mais nova loja conceito, um quiosque estilo cafeteria inspirado em uma loja de conveniência europeia, batizado de Sip ‘N’ Smoke. 

O co-fundador e diretor de marca, Drummond Munro, relatora:

 “Dada a mudança geral nas preferências do consumidor, queríamos refletir sobre como abordamos este novo ambiente de varejo. A configuração da loja expressa e o foco estreito no produto nos permitem acompanhar a demanda do consumidor. ”

Referências

  • Architectural Digest

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