Diante das incertezas econômicas do mundo por causa da COVID-19, o mercado de maconha não ficou isento. Apesar de ser categorizado como serviço essencial por alguns países, é um setor que também precisa ser avaliado com cuidado. Pensando nisso, a empresa de dados New Frontier Data Base, realizou ontem (2), o primeiro congresso mundial online para falar sobre o seguimento.
O evento reuniu empresários e interessados do mundo inteiro pela web para discutir os principais rumos do mercado. Na conferência, concorrentes deixaram a competitividade para discutir a situação econômica, as diretrizes do mercado, regulação global, oportunidades regionais e também os riscos.
Apesar da crise no mundo, o público se mostrou otimista. A empresa de dados destacou que a venda dos dispensários de cannabis aumentou 53% e o consumo está em ascensão. Os EUA, por exemplo, gastam US$ 86,6 com cannabis, só perde para a Ásia, que consome US$ 132,9 bilhões de dólares.
“O COVID-19 mostrou que a ciência ganhou” disse José Bacellar, um fundador de uma empresa do ramo no Canadá. Para ele, depois desta pandemia, questões que envolvem saúde e ciência vão passar a ter uma visão diferente, uma maior valorização.
A conferência levou um questionamento sobre o mercado negro. Com a crise, o narcotráfico poderia crescer. No entanto, especialistas do New Frontier se mostraram descrentes a essa opção. Eles defenderam a ideia de que cada vez mais as pessoas conhecem empresas sérias de cannabis, que trabalham com boas práticas.
É preciso educar o público sobre Cannabis
A conferência também falou sobre a falta de informações sobre a erva. As pessoas precisam saber a importância do uso medicinal e a forma que o uso recreativo é feito hoje.
Também é preciso tratar o tema com seriedade, combatendo o sensacionalismo e fake News. A imprensa pode ajudar a dar mais confiabilidade à indústria. Segundo Amanda Drury, da CNBC, uma mídia especializada no mercado financeiro.
A ExpoCannaBiz, responsável pela organização da América Latina, não descartou um evento presencial no país em setembro e outro em Cartagena em novembro.
Depois da autorização da ANVISA ter entrado em vigor em março, as empresas do ramo já estão tomando as providências para importar e vender cannabis medicinal no Brasil. Uma delas é a empresa brasileira, GFB, que já recebeu a licença para produzir cannabis importada do Paraguai. A empresa foi a primeira a receber a liberação para a atividade, e tem o foco em vender para os brasileiros.
Uma boa notícia para os bolsos dos brasileiros, já que a parceria com o país vizinho é bem mais em conta. Tanto em questão de sistema tributário quanto no gasto com energia elétrica, uma vez que o Paraguai tem um dos menores custos no setor do mundo.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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