O ano mal começou e os Estados Unidos já iniciou seus levantamentos no que diz respeito ao crescimento no mundo canábico. Mas hoje vamos falar sobre dados baseados nos alimentos à base de cannabis.
As vendas de cannabis dispararam em todo o país em 2020 à medida que os consumidores evitavam as formas inaláveis da planta durante a pandemia de COVID-19. O método convencional foi substituído por outros métodos de consumo mais discretos.
Este aumento das variações está levando os fabricantes de comestíveis a investirem em pesquisas e desenvolvimento em novas linhas de produtos para 2021.
Desde o fim do ano, os dados da empresa Cooper Ashley, uma empresa de análise de cannabis mostram que durante todo o ano de 2020, as vendas de alimentos para o uso adulto e médico cresceram cerca de 60% em sete mercados estaduais, o que era US $767 milhões em 2019 passou a atingir US $1.23 bilhões em 2020.
Esse crescimento quer dizer que os comestíveis superaram o total da cannabis convencional, que cresceu 54% no ano passado.
Os sete estados eram Califórnia, Colorado, Massachusetts, Michigan, Nevada, Oregon e Washington.
De acordo com os dados analíticos, os alimentos aumentaram sua participação no mercado de 10.65% em 2019 para 11.07% em 2020.
O aumento está levando as empresas de cannabis a se esforçarem no desenvolvimento de novos tipos de produtos, incluindo os comestíveis de ação mais rápida e específica para cada variedade.
Os fabricantes de alimentos à base de cannabis citaram uma série de fatores por trás das maiores participações de mercado incluindo:
Joe Byaern, CEO da operadora de maconha Curaleaf, com sede em Massachusetts, disse que vê uma “incrível oportunidade” para trazer novos consumidores para a cannabis pela primeira vez.
Ele notou que pode ser uma forma alternativa de consumo ou então uma boa maneira de atrair os novatos.
A habilidade de formular os alimentos com precisão para atingir o efeito pretendido,como relaxamento, é outro ponto positivo para o segmento, segundo o Bayern.
Além disso, outra empresa está avançando com o desenvolvimento de ações rápidas, uma tendência que já existe na indústria há algum tempo, mas só agora está ganhando popularidade.
A empresa também busca diferentes níveis de dosagens.
Os produtos podem variar de cerca de 2,5 miligramas a 30 miligramas de THC por uma única porção.
“Não estamos nos concentrando apenas em alimentos. Nós também focamos na ciência por trás da planta”. Disse Bayern
Os consumidores maduros mudando de produtos inaláveis para comestíveis é outra razão para o crescimento do mercado, disse Guy Rocourt, diretor de produtos da Califórnia.
Os usuários de cannabis que estão familiarizados com os efeitos do THC por fumar flores ou tomar tinturas, estão progredindo para comestíveis, disse ele
Em Michigan, no ano passado, as vendas de comestíveis para produtos recreativos e médicos cresceram em participação de mercado de 14,4% para 16,5%.
A empresa também está investigando como certos componentes dos alimentos como o açúcar em uma goma, irão acelerar ou diminuir o efeito sobre o consumidor.
Produtos como flores são frequentemente compartilhados na cultura da cannabis, mas nem tanto durante a pandemia. Os comestíveis podem ser compartilhados com mais segurança.
Rocourt prevê que essa tendência continuará mesmo após a pandemia.
“Depois do COVID, todos ficaremos um pouco mais germofóbicos”, disse Rocourt.
Referências
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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