Cannect Talks: É preciso aprender sobre cannabis para prescrever?

Cannect Talks: É preciso aprender sobre cannabis para prescrever?

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

O evento reuniu médicos que ainda não prescrevem cannabis para explicar melhor quais são os benefícios da cannabis medicinal 

Cannect Talks: É preciso aprender sobre cannabis para prescrever?
Foto: Cannalize

Será que é necessário aprender sobre cannabis para começar a prescrever? Essa foi a pergunta feita aos médicos no Cannect Talks, um evento exclusivo para profissionais da saúde que querem saber mais sobre cannabis medicinal.

A primeira edição aconteceu na última quinta-feira (25) na cidade de Joinville, Santa Catarina. Mais de 20 médicos receberam uma pequena introdução ao universo canábico e quais os rumos que a medicina canabinoide está tomando. 

O evento foi desenvolvido pela healthtech Cannect, em parceria com o médico de família Felipe Neris. Também contou com o apoio da Belcher, empresa que desenvolve produtos feitos com a planta.   

Percepção dos médicos 

De acordo com a clínica geral Raíssa Martins Vodianitskaia, uma entusiasta sobre o tema, mas que ainda não prescreve, a cannabis pode ser um caminho para reduzir os efeitos colaterais de outras medicações.

A planta vem chamando a atenção justamente por causa da sua alta eficácia em condições refratárias, que demandam uma série de medicamentos, que muitas vezes podem interagir uns com os outros e também trazer efeitos uma série de efeitos adversos. 

A clínica geral também comentou sobre a quantidade de estudos sobre a cannabis que tem crescido nos últimos tempos. “Eu não tinha conhecimento, mas é realmente impressionante. (…) A medicina é muito mais ampla do que a gente aprende na faculdade”.

Já o neurocirurgião Djalma Starling comenta que é necessário descobrir novas medicações para velhas patologias em que a medicina falhou de certa forma. 

“Por isso que este evento tem uma importância. A gente sai daqui com a expectativa de compartilhar experiências com um grupo maior e ver como é possível ajudar o nosso paciente com novas terapêuticas”, acrescenta. 

Troca de experiências

O diretor-médico da Cannect e coordenador do projeto, Rafael Pessoa, comenta que o objetivo de encontros como estes é justamente ampliar a discussão sobre cannabis por profissionais que ainda não prescrevem. 

“É  um ambiente rico para trocas de experiências, além de ser uma oportunidade única para entender de perto as melhores formas de ajudar os profissionais na sua trilha de aprendizado e nas práticas do dia a dia”, comenta.

O próximo encontro será realizado no final de junho em uma cidade a definir. 

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