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“Cannabis”, “maconha”, qual a diferença? Novo livro comenta



14/05/2024


Para o autor, “linguagem através dos fatores culturais, históricos e sociais” é o que explica a diferença entre as duas palavras

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Segundo livro de David Paleschuck discute a linguagem por trás dos termos. Foto: Reprodução / LinkedIn

O preconceito é a principal causa da desinformação, e quando se trata de cannabis, as discussões estão sempre cercadas de argumentos furados.

Quem faz parte do setor medicinal, que cresce no Brasil a cada ano, geralmente não quer ser associado ao uso recreativo, e então evita usar o termo maconha. 

Já quem tem uma postura mais ativista, acredita que chamar a maconha por “cannabis” esvazia o discurso antiproibicionista e, por isso, prefere chamar de maconha mesmo. 

Existe ainda quem acha que é tudo a mesma coisa e critica a cannabis e a maconha da mesma forma, com ignorância e preconceito. Curiosamente, é para quebrar o preconceito de todas estas pessoas que a Cannect promove a Trilha da Cannabis.

A campanha lista as principais dúvidas de quem está se deparando com a terapia canabinoide pela primeira vez, como a diferença entre os termos, a situação legal da cannabis no Brasil, o funcionamento dos tratamentos e muito mais. Clique aqui para acessar.

 

Livro discute a diferença entre cannabis e maconha

Não há diferença aparente entre cannabis e maconha. Ambos os termos se referem à mesma planta.  A palavra “maconha” é, inclusive, um anagrama que deriva da palavra “cânhamo”, que é mais um nome para o mesmo vegetal.

As sutis diferenças estão na semântica, ou seja, no significado da palavra. 

“É seguro dizer que maconha é um termo racista – pelo menos nos EUA. Já a cannabis é um termo científico/botânico que se relaciona especificamente com o gênero vegetal”, diz David Paleschuck, autor do livro “Cannabis vs. Marijuana: Language, Landscape And Context” (Cannabis vs Maconha: Linguagem, Cenário e Contexto, em tradução livre).

Segundo o autor, o livro pretende “explorar a linguagem através dos fatores culturais, históricos e sociais, destacando o impacto da linguagem na nossa compreensão da planta.”

Este é o segundo livro em que David Paleschuck disseca a linguagem da cannabis. O escritor é especialista em construção de marcas e marketing de consumo e já trabalhou em empresas como Microsoft, Mastercard, Pepsi e American Express.

Seu grupo de consultoria aproveita décadas de experiência e conhecimento em conteúdo, design, marketing e licenciamento de marcas para alavancar novas marcas da indústria da cannabis norte-americana.

Lucas Panoni

Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.