A cannabis é uma planta notável, capaz de aliviar os sintomas de diversas enfermidades. Contudo, assim como qualquer medicamento, ela também pode causar efeitos colaterais em alguns pacientes.
Nos Estados Unidos, por exemplo, é comum que pacientes com mais de 60 anos a utilizem regularmente produtos de cannabis, mas muitas vezes sem orientação médica adequada.
É fundamental ressaltar a importância de seguir a prescrição médica. A dose não deve ser alterada sem o consentimento do médico, nem consumida em excesso, para evitar riscos como overdose e interações medicamentosas.
Apesar dos reconhecidos benefícios da cannabis, é crucial não ignorar os riscos de curto e longo prazo. As substâncias ativas da planta, principalmente oo THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol), são produzidas nas flores das plantas fêmeas, junto com outras 400 substâncias químicas.
O consumo, especialmente em altas doses, pode causar efeitos indesejáveis, embora temporários, que desaparecem quando o uso é interrompido.
É importante lembrar que o THC pode permanecer no corpo por longo período, aumentando o risco de reprovação em testes de drogas, sendo detectável até 30 dias após o uso, enquanto overdoses podem ter efeitos por mais de 90 dias.
O uso crônico da Cannabis pode afetar negativamente não apenas a saúde geral, mas também o desempenho no trabalho, na escola e nos relacionamentos pessoais, resultando em menor satisfação com a vida.
O uso continuado ou crônico da cannabis pode causar problemas além da saúde em geral.
Aumento das faltas no trabalho, pobre performance no trabalho, faltas na escola, problemas
de relacionamento no lar e no trabalho.
A diminuição da satisfação com a vida de uma forma geral, são alguns dos problemas do uso
crônico com a cannabis.
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
Mario Grieco
Médico, especialista em medicina interna e medicina do trabalho, também é pesquisador de Cannabis Medicinal e Fellowship em Internal Medicine nos EUA, onde viveu por 20 anos, obteve a certificação ECFMG. Além do trabalho como pesquisador, é colaborador do ambulatório do hospital das clínicas na faculdade de medicina da USP e professor do curso de pós-graduação lato sensu em Cannabis Medicinal na Ânima-Inspirali. Foi presidente de seis empresas e atualmente é diretor da clínica Cannabis Care. Considerado um dos 20 líderes mais influentes da América Latina no campo de longevidade, recebeu vários prêmios nos Brasil e nos EUA e publicou seis livros, entre eles "Cannabis Medicinal Baseado em Fatos" e "Cannabis medicinal: fatos ou mitos?"
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