Para quem busca opções além do tradicional remédio para fibromialgia de farmácia ou para dores e até câncer, a cannabis pode ser uma opção. Entenda
Cannabis em condições específicas: fibromialgia, câncer e dores
O uso da cannabis medicinal vem ganhando espaço como alternativa terapêutica para diversas condições clínicas, especialmente aquelas que envolvem dor crônica, inflamação e distúrbios neurológicos.
Neste artigo, vamos explorar o que a ciência já descobriu sobre o uso da cannabis em quadros como fibromialgia, carcinoma mamário invasivo, dores musculoesqueléticas, tremores e até em casos de úlceras orais — situações nas quais os tratamentos convencionais muitas vezes oferecem alívio limitado.
A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor crônica, muitas vezes acompanhada de fadiga, insônia e dificuldades cognitivas.
Embora existam diversas opções de remédio para fibromialgia de farmácia, como antidepressivos e analgésicos, muitos pacientes relatam resultados insatisfatórios.
Estudos preliminares indicam que a cannabis medicinal pode ajudar a modular os sinais de dor por meio da interação com o sistema endocanabinoide.
Em 2019, um estudo publicado no Journal of Clinical Rheumatology mostrou que pacientes com fibromialgia que utilizaram cannabis relataram melhora significativa nos níveis de dor e qualidade de sono.
O mesmo vale para condições como o bico de papagaio, uma alteração na coluna vertebral que causa inflamações e dores intensas. Embora os anti-inflamatórios convencionais, como ibuprofeno e diclofenaco, estejam entre os mais usados, há quem busque alternativas mais naturais e com menor impacto gástrico.
Ainda que sejam necessárias mais pesquisas, o potencial anti-inflamatório da cannabis vem sendo cada vez mais estudado para essas condições musculoesqueléticas crônicas.
O carcinoma mamário invasivo é um dos tipos mais comuns de câncer entre as mulheres. Entre os subtipos, o carcinoma invasivo grau 2 costuma ter um prognóstico moderado.
Mas carcinoma invasivo grau 2 tem cura? Em muitos casos, sim — especialmente quando detectado precocemente e tratado com cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
A cannabis medicinal, nesse contexto, não substitui os tratamentos tradicionais. Mas pode ser uma aliada importante. Ela ajuda a controlar sintomas como náuseas, perda de apetite, insônia e dor. Isso é especialmente útil durante a quimioterapia.
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Estudos também avaliam o potencial antitumoral de alguns canabinoides, mas os resultados ainda são inconclusivos.
Diversos países já utilizam a cannabis nos cuidados paliativos para melhorar a qualidade de vida em estágios avançados da doença, reduzir o uso de opioides e aumentar o bem-estar dos pacientes.
A tremedeira na mão, ou tremores essenciais, é um distúrbio neurológico que pode afetar desde tarefas simples do dia a dia até a autonomia do paciente. Em alguns casos, está relacionada ao Parkinson, mas também pode ocorrer de forma isolada ou em associação com ansiedade e estresse.
A cannabis medicinal tem sido investigada como possível tratamento para distúrbios de movimento, graças às propriedades neuromoduladoras do CBD (canabidiol).
Pesquisas em andamento sugerem que o CBD pode reduzir a frequência e a intensidade dos tremores, especialmente em casos refratários aos medicamentos convencionais. No entanto, os resultados ainda são iniciais, e os efeitos podem variar de pessoa para pessoa.
As úlceras na boca, comuns em quadros de estomatite aftosa, doenças autoimunes ou efeitos colaterais da quimioterapia, podem causar dor intensa e dificuldade para se alimentar ou falar.
Algumas pesquisas apontam que o uso tópico de cannabis, especialmente o CBD, pode ter efeito analgésico e anti-inflamatório, auxiliando no alívio dos sintomas e na cicatrização de tecidos orais.
Apesar do interesse crescente, essa é uma área que ainda carece de estudos clínicos robustos. O uso deve sempre ser feito com acompanhamento profissional, principalmente em pacientes imunossuprimidos ou em tratamento oncológico.
Embora tenha potencial terapêutico em diversas condições, a cannabis não é recomendada para todos os pacientes. Veja alguns casos em que o uso pode ser contraindicado:
Além disso, é importante lembrar que o uso da cannabis medicinal requer prescrição médica e acompanhamento contínuo, especialmente porque as reações podem variar de acordo com o perfil genético, o tipo de extrato e a dosagem.
A cannabis medicinal representa uma alternativa promissora no manejo de dores crônicas, câncer, tremores e inflamações orais. Embora muitos dos estudos ainda estejam em fase inicial, os relatos clínicos e os avanços na regulação da substância apontam para um cenário cada vez mais aberto ao uso terapêutico.
Para quem busca opções além do tradicional remédio para fibromialgia de farmácia ou se pergunta sobre qual o melhor antiinflamatório para bico de papagaio, a cannabis pode ser uma alternativa viável — desde que com respaldo médico, responsabilidade e acesso seguro.
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Redação
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