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Cânhamo pode absorver duas vezes mais CO2, segundo pesquisador



22/07/2021



O cientista britânico ainda acrescenta que o cânhamo ainda é capaz de produzir biomateriais com carbono negativo. 

Parece que o cânhamo, subespécie da cannabis sativa com uma porcentagem baixa de tetraidrocanabinol (THC) é mais benéfica ao meio ambiente que outras plantas. 

Muito utilizada pela indústria, ela pode servir tanto para a fabricação de materiais como tecidos e cordas, quanto para alimentos e remédios. 

Estudos já destacavam que a planta é uma fonte de pólen para as abelhas, e também ajuda a limpar o solo para novas colheitas. Agora parece que há uma nova utilidade. 

Darshil Shah, pesquisador sênior do Centro de Inovação de Material Natural na escola de Cambridge, Inglaterra, afirma que plantações de cânhamo são um dos melhores conservadores de dióxido de carbono que temos, e podem absorver ainda mais que as florestas.

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Comparações

Ele acrescenta que a planta também produz biomateriais de carbono negativo, ou seja, os produtos feitos a partir da planta também produzem menos emissão que outras fontes de fibras.

“O cânhamo industrial absorve entre 8 a 15 toneladas de CO2 por hectare (3 a 6 toneladas por acre) de cultivo.”, disse ao jornal britânico Dezeen.

Enquanto o cânhamo pode absorver até 15 toneladas de carbono, o pesquisador acrescenta que as florestas costumam capturar 2 a seis toneladas por hectare, dependendo da região e do tipo de árvore.

Para se ter uma ideia, cada tonelada da planta consegue absorver até 63 toneladas de CO2.

Ele também diz que o plantio de cânhamo para o uso das suas fibras é mais ecológico do que a silvicultura, por exemplo. Pois ele também ajuda a remover toxinas do solo e da água.

Fazenda de cânhamo 

Ele está trabalhando com o cineasta Steve Barron, que utilizou todos os seus 53 hectares para a plantação de cânhamo orgânico. Com a própria colheita ele construiu a sua casa na fazenda. 

Os dois trabalham para desenvolver materiais de carbono negativo, que possam ser usados na fabricação de materiais e também na construção com emissões zero.

“Com as fibras de cânhamo e usando resinas 100% biológicas, podemos produzir bioplásticos que podem substituir os compósitos de fibra de vidro, alumínio e outros materiais em uma variedade de aplicações”, complementa.

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.