Em algum momento você já ouviu falar de infecções sexualmente transmissíveis que assolam milhares de pessoas ao redor do mundo. Mas você já ouviu falar da cancróide? Vamos entender melhor sobre.
O cancro mole ou mais conhecido como cancróide é uma doença sexualmente transmissível causada por uma bactéria chamada Haemophilus ducreyi, que, apesar do nome sugerir, não é nenhum tipo de câncer.
Basicamente essa doença é caracterizada por feridas na região genital, de formato irregular, que podem aparecer até 3 a 10 dias após uma relação desprotegida com alguém que já possui a doença.
Além disso,o cancro mole é classificado como uma doença do tipo ulcerativa, isso porque inicia-se com a formação de bolhas que se rompem formando úlceras (feridas).
A infecção também é conhecida por úlcera mole venérea, cancróide, cancro venéreo simples e por vezes, pode ser confundido com a sífilis.
O nível de transmissão é alto, pode atingir igualmente homens e mulheres, especialmente jovens sexualmente ativos (21 a 30 anos).
A vulnerabilidade é ainda mais observada nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, em especial nos profissionais do sexo e seus clientes nos primeiros anos de sua juventude.
Como já foi dito, essa infecção surge através de relações sexuais com outro individuo que já está infextado pela bactéria Haemophilus ducreyi.
O sexo oral e o sexo anal podem ocasionar lesões abertas, purulentas e que sangram com facilidade, na boca e ânus.
Além disso, é importante evitar usar objetos e roupas compartilhados e procurar manter a higiene pessoal todos os dias e principalmente após uma relação sexual.
Quando o assunto é sintomas, os primeiros sintomas de cancro mole surgem até 10 dias após a infecção pela bactéria e, geralmente, incluem:
As feridas podem aparecer nos órgãos genitais masculinos e femininos ou no ânus e, por isso, podem causar dor durante o contato íntimo e para evacuar. Elas também podem ser encontradas nos lábios, boca e garganta.
Uma grande pergunta é: Quem está mais suscetível?
Na maioria das ISTs as mulheres são sempre mais vulneráveis, seja por uma questão anatômica, seja porque, durante as relações sexuais podem ocorrer escoriações que facilitam a infecção.
Jovens de ambos os sexos, no início da atividade sexual, também estão mais expostos à IST, pela falta de informação sobre os riscos de uma relação sexual e, principalmente, pela prática sexual sem o uso de preservativo.
Vale ressaltar que caso alguns do sintomas citados acima surgir é importante procurar por um profissional da saúde para fazer um diagnóstico,
Mas caso o paciente não vá ao médico, o que pode acontecer?
A consequência mais grave é que o indivíduo poderá infectar outras pessoas e, estas, poderão levar a infecção adiante.
Além disso, esse tipo de IST leva à vulnerabilidade biológica, ou seja, maior facilidade de contrair outras doenças do gênero, até mais graves, como a Aids.
A infecção por microrganismos como os Haemophilus é reconhecidamente autolimitada, o que quer dizer que elas podem até se resolver sozinhas.
No caso do cancro mole, porém, teria que lidar com as úlceras, a dor, a íngua, além do pus por um longo período de tempo.
No caso de tratamento para essa infecção, normalmente, é feito com a o uso de antibióticos receitados pelo médico, que podem ser usado em dose única, ou durante um período de 3 a 15 dias, de acordo com os sintomas e grau da infecção.
Além disso, recomenda-se que sejam mantidos os cuidados básicos de higiene, lavando a região com água morna e, se necessário, com um sabão para a região genital, para evitar possíveis infecções.
É necessário também evitar o contato íntimo durante o tratamento, já que existe um risco elevado de transmitir a bactéria, mesmo com o uso de preservativo.
O ideal é que o parceiro que possa ter transmitido a doença também faça o tratamento.
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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