Diante do crescimento do setor de cannabis no mundo, a Avon ampliou a sua linha de produtos feitos à base da planta. Contudo, mais uma vez, o Brasil ficou de fora.
No ano passado ela tinha lançado três produtos feitos com o canabidiol (CBD), substância que não possui os efeitos psicotrópicos da planta. Entre eles, um hidrante para o rosto, um para o corpo e um óleo para limpar e acalmar a pele.
Com os cosméticos bem recebidos pelo público, ela resolveu ampliar a linha. Em um anúncio feito esta semana pela empresa, ela mostra novos ítens. Agora há também um protetor e um brilho labial, um “elixir” para a pele que promete um efeito iluminador e uma máscara para nutrição.
Cremes feitos com a planta não são capazes de “dar barato” a ninguém. Mesmo que um tópico tenha THC ativo, ainda não causa um efeito a ponto de fazer a pessoa se sentir “chapada”, para isso teria que fumar ou ingerir cannabis.
Assim como os óleos medicinais, inicialmente os tópicos foram desenvolvidos para tratar dores e inflamações, como alívio de dores localizadas, musculares, tensões.
Contudo, não demorou muito para a indústria da beleza perceber esses benefícios. Além de anti-inflamatório a cannabis também possui altos níveis de proteínas e são ricas em ômega 3 e 6.
Sem contar que é rica em antioxidantes, o que pode ser muito útil para tratamentos contra a acne. Já falamos disso aqui.
A planta também é carregada de vitamina E, zinco, e ferro, em níveis ainda superiores ao Girassol. Alguns estudos também destacam que o CBD pode ajudar a retardar o envelhecimento da pele e controlar algumas condições cutâneas, como psoríase.
O que a Avon faz, nada mais é que seguir uma tendência. Em 2018 os cuidados pessoais com a cannabis renderam um total de US $12 bilhões no mundo, de acordo com o Eruomonitor.
Segundo o relatório da Grand View Research de 2019, a previsão é de que o mercado global de cuidados com a pele com CBD deva atingir US $1,7 bilhão em 2025. Isso representa uma taxa de crescimento anual de 32,9%.
Contudo, o Brasil ainda está de fora. Em março do ano passado, a Resolução 327 permitiu a fabricação e venda não só de remédios à base de cannabis, mas também de produtos no país. Contudo, os cosméticos ficaram de fora.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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