Cerca de 25 associações de cannabis medicinal espalhadas pelo Brasil assinaram uma nota de repúdio contra a “Cartilha da maconha”, recém-lançada por vários ministérios do governo. A carta também é um abaixo-assinado, que espera receber 50 mil assinaturas.
O documento do governo foi lançado pela Senapred (Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas) em parceria com os ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, da Saúde, da Infraestrutura e da Justiça e Segurança Pública. O material nega o uso medicinal da planta e classifica a cannabis como “droga da morte”.
Segundo as associações, a cartilha pública traz desinformação e, de forma tendenciosa, ignora as comprovações científicas.
O documento elaborado pelas associações canábicas destaca que há mais de 28 mil pesquisas científicas sobre o uso medicinal da cannabis. Isso apenas nos dados da PubMed, que publica estudos acadêmicos.
Mesmo com o acesso restrito, o Brasil é o país que mais publica estudos científicos sobre a cannabis no mundo. Para se ter uma ideia, a USP (Universidade de São Paulo) possui o dobro de pesquisas sobre a planta em comparação Reino Unido, o segundo da lista.
Atualmente, a cannabis é utilizada por milhares de brasileiros para tratar as mais diferentes patologias. Só no ano passado, mais de 40 mil pessoas importaram produtos feitos com a erva.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda aprovou a venda de 19 produtos derivados da cannabis nas farmácias.
O movimento, que começou pelo Marcus Bruno, da HempMeds, e a Margarette Brito, da Apepi (associação de pacientes) através das redes sociais, resultou em um abaixo-assinado para ser entregue aos representantes do governo federal, a fim de exigir retratação pela cartilha.
De acordo com Pedro Sabaciusks, presidente da associação Santa Cannabis, a importância dessas ações é mostrar que as entidades estão unidas para defender o direito fundamental à saúde.
“A importância de combater [a cartilha] é a mesma importância de combater uma mentira que leva a um prejuízo gigantesco à saúde de milhares de brasileiros. É mais uma fake news eleitoreira que prejudica não só os pacientes brasileiros, mas toda a cadeia produtiva que a cannabis poderá gerar no país.”
Ele ainda afirma que mais ações sobre o assunto ainda serão feitas pelas entidades.
Mesmo com a cartilha, a cannabis medicinal continua legal através de algumas resoluções.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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