Anvisa autoriza importação de flor de cannabis produzida no Uruguai para uso medicinal

Anvisa autoriza importação de flor de cannabis produzida no Uruguai para uso medicinal

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Importação de cannabis in natura é permitida desde junho. Planta vinda de um país vizinho pode contribuir na pesquisa e diminuir custos de logística

A Pucmed é uma empresa uruguaia que tem permissão para cultivar cannabis no país. Foto: Reprodução

Boa notícia aos pacientes brasileiros da cannabis medicinal.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta quinta-feira (17), a primeira importação por pessoa física de cannabis in natura produzida no Uruguai. 

A medida tem validade de dois anos a partir de sua publicação e se baseia na Resolução nº 660, de 30 de março de 2022, que autoriza a importação de produto derivado de Cannabis por pessoa física para uso próprio para tratamento de saúde.

Leia também: Anvisa atualiza a importação de cannabis que pode tornar os produtos mais baratos. Entenda

O documento cita a empresa uruguaia PUCMED, que tem licença e autorização para cultivo, comércio e exportação emitidas pelo Mgap (Ministério da Agricultura do Uruguai) e pelo Ircca (Instituto de Regulação e Controle da Cannabis).

Situada na zona franca de Florida, no Uruguai, a empresa também tem presença no Brasil pela unidade internacional de Curitiba (PR) e promove, desde fevereiro de 2022, interação com o Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná). 

Segundo a Abicann (Associação Brasileira das Indústrias da Cannabis) a parceria binacional pode beneficiar mais de 18 mi de brasileiros que consomem produtos de saúde produzidos a partir das flores ou biomassa da planta cannabis.

Permissão para importação não é nova

Apesar de importante, a decisão de permitir a importação de cannabis in natura não é inédita.

Em junho de 2022, a Anvisa já havia aprovado, em decisão unânime, a importação vegetal da cannabis.

Neste caso, a intenção era auxiliar farmacêuticas brasileiras na formulação de seus produtos, já que o cultivo da cannabis no Brasil segue ilegal.

Leia também: Mesmo no limbo, pacientes fazem importação de flores de cannabis

A decisão de permitir ou não a importação para pacientes é revisada caso a caso.

Para o advogado Emílio Figueiredo, é mais um passo no cenário da cannabis no Brasil. 

“Resta saber para que lado, pois ainda fica a critério dos médicos calcular os riscos de processo ético ao prescrever a flor para consumo direto pelo paciente”, argumenta o advogado.

De qualquer modo, a autorização para importação de produtos uruguaios pode significar redução de custos de logística e controle maior na fabricação de medicamentos brasileiros, além de mais incentivos à pesquisa.

Consulte um médico 

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta com um médico prescritor, passando pelo processo de importação do produto até o acompanhamento do tratamento. Clique aqui.

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