Malawi, localizado no sudeste da África, é mais um a adotar a política de antitabagismo. As principais razões envolvem a economia e a sustentabilidade.
Os mercados da cannabis e do tabaco estão caminhando em sentidos opostos. Enquanto um passa por um momento de ascensão, com lucros astronômicos e mais locais legalizados, o outro enfrenta uma queda, com movimentos contrários a sua produção.
Segundo analistas do banco Jefferies, o tabagismo pode deixar de existir em 20 anos, isso muito por conta de novos posicionamentos governamentais e do crescimento de outros comércios, como o da maconha.
Um dos lugares a entrar na cultura antitabagista é o Malawi, localizado no sudeste da África. O país reafirmou a intenção de mudar a sua agricultura, com o objetivo de trocar o composto pela cannabis.
Malawi não é o primeiro país a adotar esse posicionamento. Zimbábue, também localizado na África, já está substituindo o tabaco pela cannabis.
A mudança irá causar um grande impacto em Malawi, já que o tabaco é a principal fonte de renda estrangeira do país, que contribui para mais de 60% da economia local.
Com o avanço da legalização e do mercado canábico, essa medida pode acabar virando uma tendência mundial. África do sul, influente no ramo da erva, Honduras e Nicarágua, já estudam implementar a substituição.
Além de objetivos econômicos e sustentáveis, o posicionamento de Malawi também passa por influências regionais e políticas.
Sem dúvidas, a visão de vários países africanos sobre a erva mudou após as iniciativas propostas pela África do Sul. Um dos locais mais ricos do continente, a região recentemente inaugurou a sua primeira farmácia canábica e divulgou a ideia de construir um “centro da maconha”.
Em questões políticas, a agricultura canábica tiraria a dependência chinesa que existe na África, um dos locais que mais investe no continente.
Apesar de ser o maior produtor global de cânhamo, a legislação da China ainda é muito fechada para outros fins da planta. Por isso, a substituição do tabaco pela cannabis, provavelmente, não é do interesse do país asiático.
Para Malawi, essa independência é importante para expandir o seu comércio para outros locais, como o ocidente.
Uma das grandes alternativas para o tabaco é o cigarro de cânhamo, cada vez mais popular nos Estados Unidos.
Uma das pioneiras no ramo é a Redwood Reserves, marca criada por Ana Carolina, uma brasileira que se mudou para o país norte-americano quando pequena.
A família Redwood, inclusive, tem muita influência no meio canábico. Os pais de Ana, Corina e José Rocha, são fundadores da USA Hemp, uma das maiores produtoras da erva do país.
O cigarro, contém cerca de 0,3% de Tetrahidrocanabinol (THC), e gera lucros milionários para a empresa.
Gustavo Lentini
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por futebol e pela comunicação.
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