Os advogados da estrela de basquete norte-americana Brittney Griner entraram com um recurso na segunda-feira (15) contra sentença de nove anos de prisão na Rússia por porte de drogas.
Griner, duas vezes medalhista de ouro olímpica, foi condenada em 4 de agosto depois que a polícia encontrou um vaporizador contendo óleo de cannabis em sua bagagem no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou.
A atleta admitiu que os frascos com o óleo realmente estavam em sua bagagem, mas que fez as malas às pressas e não tinha intenção criminosa. Sua equipe de defesa apresentou declarações por escrito de que ela havia recebido o óleo de cannabis para tratar a dor.
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Tensões diplomáticas
Sua prisão em fevereiro ocorreu em um momento de tensões crescentes entre Moscou e Washington, poucos dias antes da Rússia enviar tropas para a Ucrânia.
Na época, Griner, uma das maiores jogadoras da história da WNBA, estava retornando à Rússia, onde costuma jogar durante a pós temporada da liga norte-americana.
Apelação
A advogada Maria Blagovolina, responsável pela defesa da estrela, teve seu recurso de apelação negado, como já era esperado, mas os motivos para isso não ficaram claros.
A sentença de nove anos, próxima do máximo para crimes de drogas (10 anos), foi vista como excessiva por Blagovolina e pelo conselheiro Alexander Boykov. Eles afirmaram que em casos semelhantes, os réus receberam uma sentença média de cerca de cinco anos, com um terço deles em liberdade condicional.
Antes de sua condenação, o Departamento de Estados dos EUA declarou que Griner estava “detida injustamente” – uma acusação que a Rússia rejeitou com veemência.
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E o governo norte-americano?
Refletindo a crescente pressão sobre o governo Biden para trazer Brittney de volta ao país, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, deu um passo incomum ao revelar publicamente em julho que Washington havia feito uma “proposta substancial” para levar Griner de volta aos EUA, junto com Paul Whelan, um norte-americano que cumpre uma pena de 16 anos na Rússia por espionagem.
Blinken não deu mais detalhes, mas a Associated Press relatou que a Casa Branca se ofereceu para libertar Viktor Bout, um traficante de armas russo que está cumprindo uma sentença de 25 anos nos Estados Unidos.
No último dia 14/08, um diplomata russo do alto escalão afirmou que conversas sobre uma possível troca foram de fato conduzidas.
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