A posição do Ministro da Saúde sobre Cannabis Medicinal

A posição do Ministro da Saúde sobre Cannabis Medicinal

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Apesar de uma linha de pensamento mais conservadora entre os ministros do governo Bolsonaro, o Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, se mostrou um pouco mais aberto, tanto que já se posicionou positivamente sobre a cannabis medicinal.

Apesar de poucas menções e uma posição contra o uso recreativo, ele não descarta as propriedades benéficas do canabidiol. Ao contrário do ex ministro da cidadania, Osmar Terra, conhecido como porta voz do governo sobre o assunto. Terra não é favorável nem acredita no uso da cannabis medicinal.

Luiz Henrique Mandetta é médico ortopedista e político. Apesar da visão mais conservadora, ele não ignora as propriedades medicinais da cannabis.

Reconhecer as vantagens do CBD não é o mesmo que defendê-lo. Em 2019, Mandetta afirmou que a cannabis é eficaz basicamente para crises convulsivas reentrantes, pacientes que não controlam as suas convulsões com remédios convencionais. Esta é a única vantagem que ele vê na planta. Disse ainda que poucas pessoas precisam do óleo de canabidiol, a demanda é pequena demais para gerar a necessidade de produzi-la aqui no Brasil.

Outras menções

Em outubro, em entrevista à Gazeta do Povo, o ministro ressaltou sobre a necessidade de mais estudos sobre a cannabis. “Não fazemos nada por empirismo. O que tem de evidência científica? Está comprovado? Está habilitado?” questionou. Embora tenha admitido que há medicamentos que administramos que são mais complexos que a cannabis.

Mandetta se posicionou contrário ao aval da ANVISA sobre a venda de produtos à base de cannabis no Brasil justamente pela falta de estudos. Ele se mostrou cético em relação ao multiuso e se preocupou com as finalidades do produto aqui. No entanto, a venda medicinal no país segue uma série de restrições, sendo uma delas a prescrição médica.

Contudo, se mostrou receptivo a uma possível distribuição do canabidiol no SUS. “Temos usuários que precisam do canabidiol, e temos feito há muito tempo essa discussão, porque temos crianças com crise convulsiva”, declarou em entrevista à Folha de S. Paulo.

 

 

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