Maconha não ameaça vendas de álcool, segundo pesquisa

Apesar do aumento do consumo da erva, dados apontam que o cenário não causará problemas para as empresas de bebidas alcoólicas. 

Um levantamento feito pela BDSA, uma empresa de pesquisas sobre o mercado canábico, constatou que o aumento na demanda pela maconha não irá interferir nas vendas de álcool. 

O crescimento é evidente. Nos Estados Unidos, a indústria legal da cannabis pode faturar US$ 46 bilhões até 2026. Já a nível global, a expectativa é que o consumo renda US$ 61 bilhões no mesmo período. 

Apesar disso, os dados apontam que os usuários da erva também tendem a buscar pelo álcool, o que indica uma “via de mão dupla” entre os mercados. 

“Hoje, mais consumidores estão combinando cannabis com álcool, especialmente quando relaxam ou saem com amigos”, disse Roy Bingham, CEO da BDSA, em entrevista ao portal Benzinga. 

Veja: Como o álcool pode ser legal no Reino Unido mas o uso da maconha continua sendo crime?

Marcas de olho 

Os números atingidos pelo setor canábico chamam a atenção de muitas empresas do ramo alcoólico, que bolam estratégias para “surfar nesse hype”. 

Um exemplo é o investimento feito pela Constellation Brands, uma produtora de vinhos, cervejas e destilados, que destinou US$ 4 bilhões para a fabricação de bebidas com infusão de THC (Tetrahidrocanabinol). 

Mesmo com algumas ressalvas, Bingham destaca que é possível a coexistência das duas indústrias, já que a procura pela planta por consumidores de álcool aumenta cada vez mais. 

Em um comparativo com os últimos anos, a combinação de bebidas alcoólicas com a maconha aumentou em 10% de 2018 para 2022. 

Confira: Americanos consideram que o uso da maconha seria melhor que o álcool

Efeitos potencializados 

Beber e fumar maconha em uma mesma ocasião pode potencializar os efeitos gerados pela erva. Para muitas pessoas, essa situação não é tão ruim, já que a tendência é ficar ainda mais chapado. 

Porém, dependendo da quantidade consumida das substâncias, algumas consequências podem ser causadas ao organismo, como: 

• Vômitos;
• Tontura;
• Náuseas;
• Sudorese. 

Além disso, existem pesquisas que associam o uso crônico dos compostos a um maior risco de dependência, diminuição da função cognitiva e perda da coordenação motora.

Veja também: O CBD pode minimizar os efeitos negativos do álcool, segundo estudo

Procure um médico 

É importante ressaltar que qualquer produto à base de cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

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