‘A cannabis é o que me faz levantar e dar risadas’, diz paciente com fibromialgia

‘A cannabis é o que me faz levantar e dar risadas’, diz paciente com fibromialgia

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

A ativista da causa animal chegou a ficar meses acamada por causa das fortes dores no corpo. Hoje, ela voltou a ter qualidade de vida

Márcia Kulaif, 54, possui um projeto que resgata animais de rua em Santos, litoral de São Paulo. A ativista chegou a ter mais de 220 animais, onde cuidava e promovia a adoção. Contudo, ela viu a sua vida toda ser abalada ao lidar com uma fibromialgia, que a deixou acamada por um bom tempo.

Após dez meses de luta, Kulaif viu na cannabis uma ajuda para poder voltar a sua rotina. As dores diminuíram e a ativista voltou a ter disposição para continuar a fazer o que sempre amou: cuidar dos animais. 

Convivendo com dores

Kulaif nem sempre teve dores tão intensas ao ponto de a deixar paralisada. Isso só passou a acontecer depois que ela foi mordida por um gato resgatado e contraiu esporotricose. Também conhecida como “doença do jardineiro” ou “doença da roseira”, a condição é causada por um fungo que acomete tanto animais quanto humanos.

De acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, a doença é considerada grave e não tem cura e os sintomas podem variar conforme a doença se manifesta. Em alguns casos, a esporotricose pode afetar as articulações, provocando inchaços e dores, bem semelhante a artrite infecciosa. 

“Os médicos não souberam lidar com a doença, eu acabei indo para São Paulo, para o Hospital Emílio Ribas e entrei com uma infecção generalizada. Foi assustador, porque eu achava que era uma mordida simples, mas não foi”,ressalta.

Foram 10 meses de tratamento, oito deles praticamente acamada. A ativista não tinha condições de dirigir, de cuidar dos animais e, muitas vezes, nem de levantar da cama. Precisou de ajuda de familiares e amigos para continuar o projeto. 

E foi depois desse tempo que ela desenvolveu também fibromialgia. Trata-se de uma doença crônica e sem cura, caracterizada principalmente por dores fortes por todo o corpo, além de outros sintomas. 

Por muitas vezes, ela está relacionada a fatores emocionais, como ansiedade, depressão e estresse. Outras vezes, pode ser ocasionada por fatores do sistema nervoso. Como no caso de Kulaif.

Cannabis como tratamento

Foi a sua filha, Bárbara Kulaif, que lhe falou sobre a cannabis. A princípio, a ativista teve um certo receio, mas resolveu apostar. 

Não é de hoje que a cannabis tem sido útil para o tratamento de dores. Alguns estudos científicos têm mostrado resultados positivos para o tratamento de dores crônicas, artrite reumatoide, esclerose múltipla, inflamações e até doenças autoimunes

Isso porque ela trabalha através do chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que trabalha em praticamente todo o organismo ajudando a restaurar o equilíbrio de várias funções, como o Sistema Nervoso Central e o Sistema Imunológico.

Por isso, em apenas dois meses, a ativista conseguiu ter uma grande melhora. Além do alívio nas dores, ela voltou a ter disposição para levantar e cuidar dos animais. 

“A cannabis para mim hoje é o que me faz levantar e dar risadas. Agora eu vejo uma luz no final do túnel, eu vejo que daqui a pouco eu vou parar de depender tanto de outras pessoas para cuidarem do projeto por mim”, ressalta. 

Remédio natural e eficaz

Os produtos derivados da planta têm sido tão úteis que, em alguns casos documentados, foi de grande ajuda na hora de retirar outros medicamentos, mesmo opioides. 

Um  estudo israelense feito por dois centros especializados em fibromialgia em 2017, por exemplo, com pacientes fibromiálgicos há mais de dois anos, utilizaram a cannabis entre 10 a 11 meses, e todos eles relataram uma melhora significativa das dores.

A metade do grupo ainda relatou que havia parado de tomar os remédios tradicionais e ficou apenas com a cannabis. 

Esse também foi o caso da ativista. Dos oito medicamentos que Kulaif tomava, hoje ela está apenas com três, que toma apenas quando está com crises fortes de dor. 

A história da Marcia Kulaif faz parte da série Uma Vida Melhor, produzida pela Cannect. Veja aqui.

Consulte um profissional

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento

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