Entenda qual o posicionamento de Padilha e o que ele pode fazer para alavancar a pauta canábica no Brasil
Foto: Gil Ferreira/Ascom – Reprodução
Pela segunda vez, o deputado federal Alexandre Padilha (PT) vai assumir o Ministério da Saúde. O anúncio foi feito nesta terça-feira (25) pelo governo Lula, que está substituindo a socióloga e ex-presidente da Fiocruz Nísia Trindade. Mas qual a sua posição sobre cannabis?
Médico infectologista formado pela USP e PHD em Saúde Pública pela Unicamp, Padilha foi ministro pela primeira vez no governo de Dilma Rousseff entre 2011 e 2014. Também fez a gestão pública da Secretaria Municipal de Saúde em São Paulo, quando Fernando Haddad foi prefeito (2015 a 2016).
Após o anúncio, ele manifestou que “aceitou com muita honra” a nova missão. “Como médico infectologista, professor e pesquisador do SUS e ex-ministro da Saúde, sei do desafio que isso representa, sendo o Brasil o único país do mundo com população maior que 100 milhões de habitantes com um sistema de saúde público, gratuito e universal.”, escreveu no X.
Fui convidado pelo presidente @LulaOficial para ser ministro da Saúde e aceitei com muita honra essa nova missão.
Como médico infectologista, professor e pesquisador do SUS e ex-ministro da Saúde, sei do desafio que isso representa, sendo o Brasil o único país do mundo com… pic.twitter.com/QsY0ZTOq10
— Alexandre Padilha (@padilhando) February 25, 2025
Mas, o que ele pensa sobre a cannabis? Será que o novo ministro poderá contribuir ou atrapalhar a pauta canábica?
O novo Ministro da Saúde já se manifestou a favor da cannabis antes. Em um vídeo publicado no seu canal do youtube chamado “Fala Padilha!”, o médico disse que o estado deve mudar a legislação atual sobre cannabis para que mais pessoas tenham acesso.
“Se o Brasil autorizar a distribuição, comercialização e sobretudo a produção da cannabis e dos seus produtos aqui no Brasil, podemos gerar um grande mercado de novos empregos no nosso país.” Disse.
Padilha também defendeu que o acesso à cannabis deveria ser feito pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ainda citou alguns projetos de leis sobre o assunto e o papel da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta regulamentação.
Quando foi ministro pela primeira vez, Padilha também visitou a Baixada Santista (SP) e inaugurou uma farmácia do NASCI (Núcleo de Atenção à Saúde e Cuidados Integrativos), um polo municipal que oferece tratamento à base de plantas medicinais, inclusive o óleo de cannabis.
E também acompanhou a parceria entre o Instituto Adesaf (Articulação de Tecnologias Sociais e Ações Formativas), que coordena o NASCI, com a Unifesp, para o desenvolvimento de pesquisas sobre a planta.
Em 2021, o médico também dedicou uma coluna inteira na Revista Fórum para falar sobre o tema. “Quando fui ministro da Saúde, viabilizamos formas de importação dos medicamentos e é comprovado o quanto eles minimizam o sofrimento.” Escreveu.
No final do ano passado, o Conad (Conselho Nacional de Política sobre Drogas) aprovou uma recomendação para a regulamentação da cannabis para fins medicinais, científicos e industriais.
Aprovação feita através de um relatório entregue pelo GT Cannabis, um Grupo de Trabalho criado para avaliar a regulamentação da planta. Construído em 2023, tinha a missão de analisar um possível mercado de cannabis no Brasil.
Agora, uma Comissão Técnica Interministerial, liderada pelo Ministério da Saúde, deve instituir a regulação do cultivo de cannabis para fins medicinais e científicos. Ou seja, resta ao Ministério levar a pauta para frente.
É possível comprar cannabis no Brasil, mas apenas para fins medicinais no Brasil, e com receita. Você pode adquirir através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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