Paciente que utiliza cannabis é expulso duas vezes de estabelecimentos por vaporizar medicamento nos EUA

Paciente que utiliza cannabis é expulso duas vezes de estabelecimentos por vaporizar medicamento nos EUA

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Traduzido do Portal Jersey Evening Post

É necessária uma maior educação sobre a cannabis medicinal para evitar que as pessoas sejam prejudicados quando visitam bares e restaurantes, disse um paciente.

Darren Lappin, de 49 anos, explicou que foi removido de dois estabelecimentos diferentes por usar um vape medicinal de cannabis – uma vez fora de uma área designada para fumantes e, depois, quando ia trocar seu cartucho.

“Claramente ainda há um estigma em torno disso, mesmo que seja legal para fins médicos. Você se sente como um cidadão de segunda classe. Se alguém sente o cheiro, você é instantaneamente olhado,” disse.

Lappin acredita que as empresas precisam estar cientes da legislação sobre cannabis medicinal.

Sem embasamento para a proibição

Simon Harrison, do End Cannabis Prohibition Jersey, disse que “atualmente não há restrições sob a lei de Jersey, nos Estados Unidos, quanto a onde um paciente pode ou não vaporizar sua cannabis medicinal.”

Lappin sofre de dores crônicas por causa de  uma doença degenerativa nas costas e também possui artrite. Ele faz o tratamento com a cannabis medicinal desde 2018.

“É necessária uma maior educação em torno do tema. Pubs e outros locais devem estar cientes da legislação sobre cannabis medicinal. Não sou de dar muita importância a isso, mas ser confrontado em público e expulso de algum lugar faz você se sentir mal. É negar a medicação a alguém e não consigo ver que mal isso está fazendo a alguém”, disse ele.

“Não gosto do cheiro de cigarro, mas nunca reclamaria se alguém voltasse para o bar fedendo a cigarro, e deveria ser o mesmo para a maconha medicinal”, acrescentou.

Estigmas

Lappin disse que os pacientes devem adotar uma ‘abordagem de bom senso’ ao usar cannabis medicinal e fazê-lo longe das crianças – semelhante ao comportamento das pessoas ao fumar cigarros.

“Fui convidado a deixar um pub e um restaurante este ano, apesar de mostrar a eles que sou um paciente com cannabis medicinal”, disse. “Imagine se eu fosse expulso de algum lugar na frente da minha família e filhos, seria tão perturbador. Principalmente quando esses lugares não fazem ideia das leis.”

Harrison disse que ainda há “muito estigma” associado ao uso de cannabis medicinal, apesar de ter sido legalizado pela Assembleia dos Estados há quatro anos.

“Certamente precisa haver uma maior conscientização pública sobre a cannabis medicinal e as proteções concedidas aos pacientes sob a Lei de Discriminação (Jersey) de 2013”, disse ele.

Sem restrições

Atualmente, não há restrições quanto a onde um paciente pode ou não vaporizar sua cannabis medicinal.

Harrison ainda complementa que os estabelecimentos devem estar “cientes de suas obrigações sob a Lei de Discriminação”, caso contrário, eles poderiam estar sujeitos a uma queixa ao Tribunal de Emprego e Discriminação de Jersey.

“Proibir o vaporizador de cannabis medicinal em uma área onde fumar ou vaporizar nicotina é permitido pode ser interpretado como um tratamento desfavorável nos termos do Artigo 6 em relação ao ‘acesso e utilização de locais públicos’ (artigo 23º) da Lei da Discriminação”, disse.

Conte com a gente 

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde achar um médico prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.

Tags:

Artigos relacionados

Relacionadas