Depois do adiamento por duas vezes, a Comissão Especial de Medicamentos Formulados com Cannabis finalmente votou o texto do Projeto de Lei 399, que visa regularizar o uso da cannabis para fins medicinais e industriais.
A votação ficou empatada por 17 votos de cada lado. Por isso, coube ao relator Luciano Ducci (PSB-PR) o desempate, que votou a favor do encaminhamento da pauta.
Foto: Reprodução
Depois de aprovado, foram discutidos alguns destaques do texto, que caso fossem acatados tinham a possibilidade de anular a aprovação e o projeto voltaria a ser discutido novamente.
Agora, a proposta já pode seguir para o senado. Contudo, tanto o deputado Osmar Terra (PMDB-RS) quanto o deputado Diego Garcia (Podemos-PR) já deixaram claro que irão recorrer para que o projeto seja encaminhado para o plenário e discutido por todos os 513 deputados da câmara.
Como nas outras sessões os deputados mantiveram seus argumentos sobre o projeto sem nenhuma flexibilidade. Contudo, alguns deputados foram substituídos por seus partidos por possuírem uma posição diferente do partido.
Enquanto a oposição questionou principalmente o cultivo e o uso industrial, os favoráveis da matéria enfatizaram o barateamento dos produtos que uma legislação no Brasil poderia proporcionar.
O deputado Alex Manente (Cidadania-SP), por exemplo, defendeu que as recentes resoluções aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o tema são bastante parecidas com o projeto de lei, por isso, cabe agora uma regulamentação que democratize o acesso.
Foto: Reprodução
Já outros deputados como o Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) defenderam que ao invés do barateamento pelo plantio, os remédios sejam disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Argumento rebatido pelos favoráveis, que enfatizam que o SUS não precisa pagar mais de dois mil reais por cada produto.
Depois da aprovação do texto, a votação dos destaques seguiu com as mesmas posições dos deputados. No entanto, com o voto contrário do relator desempatando cada ponto, nenhum destaque foi aprovado.
Antes de começar as votações sobre os destaques, o próprio relator havia o seu voto contrário. Ele também justificou cada ponto levantado.
Destaques que não foram propostos apenas pela oposição, mas também por apoiadores. O deputado Thiago Mitrô (Novo), por exemplo, pediu uma desburocratização do texto, como a previsão da cota de plantas.
Em todos os pontos Luciano Ducci explicou a rejeição dos destaques.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
Inscreva-se grátis na nossa Newsletter!
CannabIA: Cannect lança IA sobre cannabis medicinal
Lady Gaga volta ao Rio 8 anos após cancelar show por fibromialgia
Nova lei nos EUA pode facilitar adoção por pais que usam maconha
Pesquisadores anunciam novo canabinoide na cannabis
Brasil lidera produção científica sobre cannabis na América Latina
Reclassificação da cannabis avança com nova liderança nos EUA
Copyright 2019/2023 Cannalize – Todos os direitos reservados
Solicitação de remoção de imagem
Termos e Condições de Uso