Superbactérias: O que são, Tipos, Reprodução, Sintomas e Tratamentos

Superbactérias: O que são, Tipos, Reprodução, Sintomas e Tratamentos

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Provavelmente você já está familiarizado com as bactérias, mas você já ouviu falar sobre as Superbactérias? O que as faz mais fortes e resistentes do que as comuns? Se você quer conhecer mais sobre elas, continue conosco.

Basicamente, as superbactérias, também chamadas de bactérias multirresistentes, são fortes e resistentes a um ou mais antibióticos de diversas categorias.

Atualmente elas são um dos principais problemas de saúde, pois a sua alta resistência a antibióticos torna o tratamento mais difícil. Consequentemente são responsáveis por um grande número de mortes.

Elas são mais frequentes em ambiente hospitalar, principalmente centros cirúrgicos e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Isso ocorre devido os pacientes estarem com o sistema imunológico mais enfraquecido.

Além do uso intenso de antibióticos e a baixa do sistema imunológico do paciente, o aparecimento das superbactérias também pode estar ligado aos procedimentos realizados dentro do hospital e hábitos de higienização das mãos, por exemplo.

Principais tipos de superbactérias

Como já foi dito, elas podem ser encontradas com mais frequência em hospitais, principalmente em UTIs e centros cirúrgicos. 

O que as torna resistentes é  o uso errado dos antibióticos, seja interrompendo o tratamento recomendado pelo médico ou até mesmo usando quando não é indicado. Isso faz com que surjam as superbactérias, sendo as principais:

Staphylococcus aureus: A mais perigosa de todas as bactérias mais comuns. Frequentemente leva a infecções cutâneas, mas também podem causar pneumonia, infecções da válvula cardíaca e infecções ósseas;

Klebsiella pneumoniae: Também conhecida como Klebsiella, são bactérias que conseguem produzir uma enzima capaz de inibir a atividade de alguns antibióticos;

Acinetobacter baumannii: Pode ser encontrada na água, solo e ambiente hospitalar, sendo algumas cepas resistentes aos aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e beta-lactâmicos que podem causar infecções supurativas em qualquer sistema de órgãos;

Pseudomonas aeruginosa: Considerado um microrganismo oportunista causa infecção principalmente nas UTIs. Ela ataca pacientes como o sistema imunológico comprometido;

Enterococcus faecium: Normalmente causa infecções do trato urinário e intestinal em pessoas que estão internadas;

Proteus: Está relacionada principalmente com infecções urinárias nas UTIs e que vêm adquirindo resistência a diversos antibióticos;

Neisseria gonorrhoeae: A bactéria responsável pela gonorreia já foram identificadas como multirresistente, apresentando maior resistência à Azitromicina, e, por isso, a doença causada por elas é conhecida como supergonorreia.

Essas citadas são algumas, mas ainda há outras bactérias que estão começando a desenvolver mecanismos de resistência contra antibióticos.

Mas afinal, como surgem essas superbactérias?

Quando se trata de seu surgimento, é um fenômeno natural e que pode ser explicado por meio da genética e evolução.

Seu principal mecanismo desencadeador do surgimento da resistência é a exposição a antibióticos.

Resumidamente, as bactérias são organismos que se reproduzem de forma muito rápida, sofrem mutações e trocam material genético com outras espécies de bactérias. Isso pode contribuir para sua variabilidade genética, permitindo o surgimento de características que lhes confiram resistência a determinado antibiótico.

Como já citamos, usar antibióticos de maneira inadequada é um fator que tem contribuído para o surgimento das superbactérias. 

Se diante de uma doença bacteriana o paciente encerra o tratamento antes do período estipulado pelo médico, as bactérias presentes no organismo e que apresentam alguma característica resistente àquele medicamento, podem ainda estar presentes e continuar se reproduzindo.

Dessa forma, com o passar do tempo, pode surgir uma nova cepa resistente ao medicamento. 

Se o paciente voltar a desenvolver a doença, o que pode acontecer por causa da presença de bactérias no organismo, agora, ainda mais fortes, será necessário usar outro antibiótico, pois o anterior não surtirá efeito.

Sintomas e tratamento

Os sintomas das infecções causadas por superbactérias podem variar segundo o tipo de bactéria que está causando a infecção.

Referente ao tratamento, deverá ser realizado em ambiente hospitalar e com a utilização de antibióticos. No entanto, a maior dificuldade do tratamento é encontrar um antibiótico ao qual a bactéria que está causando a infecção não seja resistente. 

Em alguns casos, não existe tratamento pela ausência desse antibiótico.

Como usar o antibióticos corretamente

Bom, se o surgimento dessas superbactérias acontece devido ao uso incorreto de antibióticos, então como usá-los corretamente?

É importante só tomar antibióticos quando forem receitados pelo médico, seguindo a orientação de dose e tempo de uso, mesmo que os sintomas tenham desaparecido antes do término do tratamento.

Esse cuidado é um dos mais importantes, porque quando os sintomas começam a diminuir, as pessoas abandonam o antibiótico, colocando sua saúde em risco.

Outro cuidado importante é comprar antibióticos só com receita médica. Quando ficar curado, precisa levar o resto do medicamento que sobrou para a farmácia, não jogando as embalagens no lixo, no vaso sanitário, nem na pia da cozinha, para evitar a contaminação do meio ambiente, que também faz com que as bactérias se tornem mais resistentes e mais difíceis de serem combatidas.

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