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Acesso à cannabis medicinal ainda é desigual no Brasil, segundo anuário Acesso à cannabis medicinal ainda é desigual no Brasil, segundo anuário

 

O levantamento mostrou que  estados com o poder aquisitivo maior têm mais acesso à importação de cannabis

Acesso à cannabis medicinal ainda é desigual no Brasil, segundo anuário

Acesso à cannabis medicinal ainda é desigual no Brasil, segundo anuário

De acordo com o novo anuário da Kaya Mind divulgado ontem (26), mais de 672 mil pacientes utilizam a cannabis medicinal no país. São pessoas espalhadas por todo o território nacional em pelo menos 78% dos municípios.

A importação continua sendo o principal meio de acesso à cannabis medicinal, quase 50% dos pacientes preferindo trazer os produtos de fora. 

A maioria deles está concentrada nos estados do Distrito Federal (51,6%), do Rio de Janeiro  (32,9%) e em São Paulo (29,5%), lugares com um poder aquisitivo maior, segundo a PNAD C (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

Em contrapartida, o número de prescrições a cada 10 mil habitantes é menor em estados com um poder de compra menor, como Maranhão (2,6%), Piauí (3,3%) e Pará (3,4%). 

Diferença que pode estar bastante relacionada ao valor do tratamento, que ainda é inviável para muita gente. Segundo o anuário, o preço médio dos óleos importados é de R$557. 

Outros fatores como falta de conhecimento sobre o tratamento ou o acesso por vias não registradas também podem ser consideradas. São regiões com muitas comunidades indígenas e quilombolas, além da concentração de associações de pacientes onde o uso da cannabis pode ser feito sem a necessidade da importação.

Perfil das pessoas que importam

Ainda de acordo com o levantamento, a maioria das pessoas que importam produtos de cannabis no Basil, são do sexo feminino (53%). Já 47% se declaram do sexo masculino e apenas 0,02% declararam outros ou não informaram. 

Pacientes que possuem idades entre 40 a 50 anos. Medianidade que é parecida em todo o país e que também foi observada no ano passado. 

Por outro lado, houve um crescimento da geração Z. Embora não tão expressiva quanto a geração X, é possível observar um aumento de 33% na importação de cannabis por pessoas nascidas entre 1995 a 2009.

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https://cannalize.com.br/acesso-cannabis-medicinal-desigual/ Farmácias tornam-se a 2ª via para produtos de cannabis Cresce o acesso à cannabis medicinal nas farmácias

De acordo com o anuário da Kaya Mind, 30% dos brasileiros recorrem às drogarias e farmácias para o tratamento. Importações representam 46,5% do mercado

Farmácias tornam-se a 2ª via para produtos de cannabis

Farmácias tornam-se a 2ª via para produtos de cannabis.
Foto: Envato

As farmácias brasileiras representam hoje a segunda via de acesso mais procurada pelos pacientes em tratamento com a cannabis, atrás apenas das importações. Até o ano passado, as associações canábicas ocupavam esta posição. Os dados são do anuário da Kaya Mind, divulgado hoje (26).

A consultoria aponta que 313 mil brasileiros (46%) possuem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para importar os produtos. Pacientes de farmácias são 212 mil (31%) e de associações 147 mil (21%). Ao todo, são mais de 672 mil brasileiros em tratamento. 

No ano passado, as associações representavam 26% do mercado; e as farmácias nacionais, 22%. O canal de importação já era a via de acesso mais procurada pelos brasileiros.

Cabe destacar que nestes percentuais não estão inclusas as pessoas que fazem o auto cultivo da cannabis ou que compram em mercados ilegais, mesmo que para finalidades terapêuticas.  

De acordo com a Kaya Mind, as farmácias têm potencial para virarem a principal via de acesso nos próximos anos. “Elas [farmácias] estão sendo impulsionadas pelas indústrias farmacêuticas, com respaldo da Anvisa e das compras governamentais”, explica o anuário. 

Leia mais: Mercado de cannabis medicinal chega a R$850 milhões

Valor dos produtos por via de acesso

Assim como no ano passado, a maioria dos brasileiros optou por importar a cannabis medicinal. Isso pode ser explicado por dois motivos: a variedade de formas farmacêuticas (como óleos e gummies) e de marcas disponíveis no mercado internacional.

O anuário aponta que são 45 formas de produtos autorizadas para importação, contra 11 das associações e apenas uma das farmácias, no caso o óleo.

Já no quesito valor, as associações oferecem produtos mais baratos que as duas outras alternativas. O preço médio dos óleos de 16 associações consultadas foi R$335,51. No entanto, estes produtos são restritos a associados e pacientes que receberam habeas corpus para o tratamento.

Confira o comparativo completo, abaixo:

Comparativo entre as vias de acesso

Comparativo entre as vias de acesso.

Consulte um médico

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.

https://cannalize.com.br/farmacias-tornam-se-a-2a-via-para-produtos-de-cannabis/ Pacientes ainda preferem importar cannabis medicinal Pacientes ainda preferem importar cannabis medicinal

Segundo o levantamento da Kaya Mind, a preferência está principalmente no preço, que é menor que os produtos da associações e das farmácias

Pacientes ainda preferem importar cannabis medicinal

Pacientes ainda preferem importar cannabis medicinal

De acordo com novos dados da Kaya Mind, empresa especializada em mercado canábico, a importação é o principal acesso à cannabis medicinal no Brasil, com mais de 300 mil pacientes só neste ano. Um crescimento de 23% em relação ao ano passado.

Os dados foram apresentados no Cannabis Connection, um evento voltado à indústria de cannabis que aconteceu ontem (6) em São Paulo.

Segundo o levantamento, 250 empresas atuam mensalmente na importação de produtos derivados da planta no país, mas o mercado ainda está concentrado em 30 principais. 

 Companhias que já alcançaram 80% dos municípios brasileiros. As 4.478 cidades brasileiras possuem pelo menos um paciente que importou algum tipo de produto de cannabis. 

Todas as 53 especialidades médicas reconhecidas pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) também já prescrevem de forma recorrente produtos que precisam ser importados. 

Perfil dos pacientes

De acordo com os dados, o número predominante de pessoas que fazem algum tipo de tratamento com a cannabis é de mulheres com cerca de 40 anos, que buscam uma alternativa segura para condições como saúde mental, dor crônica e doenças neurodegenerativas. 

A maior concentração dos pacientes está localizada no sudoeste, com 63%, seguido pelo Sul com 15% e o Nordeste, com 11%. O Centro Oeste e o Norte ficam no fim da fila da parcela de pessoas que utilizam a terapia canabinoide em 9% e 2% respectivamente. 

Custo por miligrama

A Kaya Mind ainda mapeou o preço dos produtos com (CoA), um certificado de análise para comprovar a qualidade e eficácia do produto produzido. Muitas vezes, os mesmos fornecedores de farmácias vendem óleos mais acessíveis por meio da importação.

Só em outubro, o preço médio por miligrama era em torno de R$0,26. Já aqueles que estão nas farmácias custam R$0,14 por miligrama, por exemplo. 

E parece que quanto maior o frasco, mais barato ele fica. Vidros de 1.500mg com um média de preço de R$450 possuem um custo médio de R$0,30 por miligrama. Já óleos com 6.000mg, que custam em média R$760, possuem um custo por miligrama menor, em torno de R$0,13.

Consulte um médico

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.

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https://cannalize.com.br/pacientes-ainda-preferem-importar-cannabis-medicinal/ Crescimento de pacientes de cannabis em 2023 no Brasil crescimento-exponencial-os-motores-do-aumento-de-pacientes-medicinais-de-cannabis-no-brasil-em-2023

O Anuário da Cannabis Medicinal 2023 revela um panorama extraordinário: um impressionante aumento de 130% no número de pacientes medicinais de cannabis no Brasil em apenas um ano. Com um total de 430 mil brasileiros agora conduzindo tratamentos à base de cannabis medicinal, este crescimento expressivo destaca a crescente importância desse setor para a sociedade.

Na coluna de hoje, exploraremos os principais fatores que contribuíram para esse fenômeno, desde as regulamentações da Anvisa até o papel crucial do conhecimento na evolução desse ecossistema.

A regulamentação desempenha um papel fundamental no cenário da cannabis medicinal no Brasil. Atualmente, 51% dos medicamentos vêm de fora do país, com cerca de 219 mil pacientes realizando importações, através da RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 660.

Com a implementação da RDC327, que rege a venda de medicamentos à base de cannabis em farmácias em 2019, houve uma mudança notável na disponibilidade desses produtos para os pacientes. 

Adicionalmente, a participação do SUS (Sistema Único de Saúde) merece destaque, uma vez que, até a metade de 2023, o SUS gastou expressivos R$165,8 milhões no fornecimento público de derivados da cannabis. Essa contribuição significativa do Estado destaca a crescente importância do setor de cannabis medicinal no contexto da saúde pública.

No entanto, é crucial observar que, mesmo com avanços regulatórios, desafios persistem, incluindo a necessidade de implementação efetiva de projetos de lei em alguns estados, como em São Paulo. Esses elementos regulatórios moldam o panorama do acesso, financiamento e distribuição de tratamentos à base de cannabis no Brasil, influenciando diretamente a experiência dos pacientes e profissionais de saúde no país.

O aumento no número de produtos à base de cannabis medicinal é notável, com mais de 1.7 mil opções disponíveis em 2023. A queda nos preços e a diversificação desses produtos impactaram diretamente o cenário médico, trazendo mais marcas e empresas para esse ecossistema.

Representantes visitam mais médicos, introduzindo a cannabis como uma alternativa viável para uma variedade de condições médicas, incluindo epilepsia, Parkinson, glaucoma, câncer e esclerose múltipla. O acesso expandido a produtos nas farmácias, por importação e via associações tem ampliado a gama de opções para pacientes e profissionais de saúde.

O crescimento exponencial do mercado é um sinal claro do potencial significativo da cannabis medicinal no Brasil. Com 2/3 dos municípios nacionais recebendo importações desde 2019, é crucial destacar como esse desenvolvimento impacta positivamente o setor. O aumento da atenção para novas regulamentações é inevitável, pois o mercado mais do que dobrou em um ano, atingindo um marco impressionante.

Enquanto o Brasil testemunha um notável aumento no uso medicinal da cannabis, esse movimento não está isolado. Globalmente, diversos países têm experimentado uma expansão semelhante, reconhecendo os benefícios terapêuticos da cannabis.

Na Europa, por exemplo, países como Alemanha e Holanda avançaram significativamente em suas regulamentações, proporcionando aos pacientes maior acesso a tratamentos à base de cannabis. Essa tendência internacional sugere uma mudança paradigmática na percepção global da cannabis medicinal.

Essa expansão global traz consigo uma série de benefícios para a população brasileira. Com o aumento da aceitação e regulamentação em diversos países, a pesquisa e desenvolvimento de produtos relacionados à cannabis têm se intensificado, resultando em inovações que podem ser acessadas e beneficiar diretamente os pacientes brasileiros.

Além disso, a colaboração entre nações nesse campo possibilita o compartilhamento de conhecimento, experiências e melhores práticas, contribuindo para uma abordagem mais abrangente e eficaz no tratamento de condições médicas variadas. Ao acompanhar e integrar as evoluções globais, o Brasil pode aproveitar as oportunidades emergentes, promovendo uma abordagem mais holística à saúde e proporcionando uma gama mais ampla de opções terapêuticas aos seus cidadãos.

Em um país onde 6,9 milhões de pessoas são potenciais pacientes às terapias com cannabis para 23 condições médicas, o desafio agora é expandir ainda mais o conhecimento. A participação do SUS, com um gasto de R$ 165,8 milhões em fornecimento público desses derivados até a metade de 2023, destaca o papel crucial do Estado nesse cenário.

Definitivamente, o conhecimento será a chave para o desenvolvimento contínuo da cannabis medicinal no Brasil, unindo pacientes, profissionais de saúde, empresas e reguladores em um ecossistema pulsante e em constante evolução.

Sobre as nossas colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

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