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Cinco histórias canábicas marcantes de 2024 Cinco histórias canábicas marcantes de 2024

Conheça a história de vida de pessoas que sentiram na pele os benefícios da cannabis e hoje estão submersas no mundo da cannabis medicinal

Ao longo deste ano, a Cannalize contou a história de várias pessoas que tiveram a vida transformada de alguma forma pela cannabis medicinal. São pacientes com diversas condições crônicas que não encontravam um tratamento eficaz. Até chegar a cannabis.

São pessoas que não se contentaram em guardar o tratamento apenas para si, mas hoje ajudam outros a experimentar os benefícios do extrato da planta.

Ao longo do ano, a Cannalize contou a história de 26 pessoas, mas vamos destacar cinco delas aqui para você conhecer.

“Foi a primeira vez que vi o meu filho falando papai”

‘A cannabis mudou a vida de todos nós’, diz pai de criança autista

‘A cannabis mudou a vida de todos nós’, diz pai de criança autista
Foto: Arquivo Pessoal

Mariel Borges, 39 teve a sua vida transformada em 2019, quando o seu filho João, ná época com apenas um ano de vida, foi diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista) com nível de suporte 3. 

O seu mundo virou do avesso mais uma vez quando o plano de saúde não quis mais cobrir terapias, o que fez a família recorrer a um método alternativo, que curiosamente fez toda a diferença.

Foi depois do tratamento com a cannabis que Mariel viu muitas coisas acontecerem. De repente o seu filho estava mais aberto para outras comidas, abraços e até ao diálogo. “Foi a primeira vez que vi o meu filho falando papai”, diz. 

O seu interesse pela cannabis foi também o que o fez entrar no mercado de trabalho, e hoje Mariel Borges é consultor de acesso a medicamentos importados. No mês de junho ele esteve representando a marca na Expo TEA e contando a sua história. 

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“A cura habita na natureza!”

Quem vê o perfil da antropóloga e ativista da cannabis Carolina Jácomo (36) no Instagram, nem desconfia que ela já trabalhou em escritórios de grandes corporações na área de tecnologia. 

Foi logo após a descoberta de uma gravidez de risco em 2019 que as coisas começaram a mudar de forma drástica. 

Carolina tem ansiedade, SPA (síndrome do pensamento acelerado) e também é hiperativa. Por isso, ficar em casa em plena pandemia de COVID-19 sem poder fazer absolutamente nada, a deixou muito mal.

No começo de 2022 ainda teve uma crise de ansiedade tão severa que se agravou em uma crise de pânico que levava a desmaios. “Foi horrível, fiquei uma semana sem conseguir respirar, eu não desejo isso para ninguém. Foi uma das piores experiências que eu vivi”, lembra.

 Por isso, foi a fundo entender o tratamento com o óleo de CBD (canabidiol). Encontrou uma médica excelente que indicou as extrações de uma associação. 

“Foi uma das melhores experiências no que tange promoção e qualidade de vida, na minha experiência como ser humano. E aquilo me emocionou de uma certa forma. Falei, caramba, a cura habita na natureza!”, diz.

Carolina Jácomo também percebeu que gostava muito de comunicar e professorar, mas não queria ficar presa em uma sala de aula. Foi por isso que resolveu produzir conteúdos relacionados ao tema canábico. 

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“Comecei a olhar como possibilidade de tratamento para os meus pacientes”

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De paciente a prescritora de cannabis medicinal

Muito antes de virar veterinária, Ana Flávia Cascão, de 44 anos, já tinha um olhar mais integrativo sobre cuidados, medicações e tratamentos. Com uma tia homeopata, ela foi criada desde a infância com a ideia de que cuidar de alguém era muito mais do que tratar sintomas. 

Continuou com esse pensamento depois que começou a exercer a profissão. Por causa disso, algumas coisas a incomodavam, como a reabilitação dos pacientes internados. Fato que a fez estudar acupuntura, fisioterapia, homeopatia, quiropraxia e ferramentas que trouxessem uma qualidade de vida aos seus pacientes.

Mas a cannabis medicinal só apareceu bem depois, com uma experiência que Cascão teve que sentir na própria pele. 

Em 2020 a veterinária passou a ter crises de ansiedade de forma frequente. “Eu comecei a perceber que dentro das minhas crises, fiquei muito tempo sem comer, tinha náuseas e emagreci muito”, lembra. 

Como não tinha nenhum tabu em relação à cannabis, Cascão procurou um médico prescritor e começou a usar o óleo. A melhora foi visível

Mas a experiência com a cannabis não ficou apenas para a sua ansiedade. A veterinária percebeu que a planta também poderia ajudar os animais que tratava. “Comecei a olhar como possibilidade de tratamento para os meus pacientes, pesquisei e vi que tinham algumas pessoas trabalhando nisso”, conta.  

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“Eu sofri muito para encontrar o meu óleo, por isso estou acolhendo”

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Cannabis ajuda paciente com câncer ‘Foi um tratamento perfeito’
Foto: Arquivo Pessoal

Ieda Marques, de Uberlândia, Minas Gerais, descobriu um câncer de mama agressivo em 2019. Apesar de passar por uma cirurgia, a pior parte foram os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia.

A assistente social não conseguia se alimentar direito por causa das náuseas e falta de apetite. Também precisava conviver com sintomas ansiosos e depressivos causados pelo medo de ter um câncer.

Foi um mastologista de Belo Horizonte que recomendou o uso da cannabis para ajudá-la a passar pelo processo, opção que ela já queria experimentar há um tempo. E o óleo foi fundamental para que todos os sintomas sumissem. 

“Foram sete meses de tratamento perfeito. Quando eu falo para os médicos, eles não acreditam no quão perfeito foi. Eu não senti nada, nada”, diz Ieda. “Quando eu estava fazendo a quimio, até ouvia da minha cabine as pessoas vomitando, chorando, soluçando. Mas eu estava tranquila”, acrescenta.

Depois das experiências na família, a assistente social dedica parte do seu tempo para ajudar pacientes que querem iniciar um tratamento com a cannabis. Ela os ajuda a encontrar um médico e indica locais onde a pessoa pode encontrar os produtos com preços acessíveis.

Pacientes que são encaminhados até mesmo pelo seu filho, que é médico e também fascinado pelo tratamento com a cannabis medicinal. 

“Eu sofri muito para encontrar o meu óleo. Por isso, eu estou fazendo esse trabalho, ou devo dizer, acolhimento.”, conclui.

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‘Nada é milagroso, mas parece que no caso do meu filho foi’

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‘Nada é milagroso, mas parece que no caso do meu filho foi’
Foto: Arquivo Pessoal

Ariene Menezes, de 37 anos, moradora de Juiz de Fora, em Minas Gerais, percebeu que o filho era diferente desde que nasceu. Por mais que os pediatras dissessem que era normal ele

chorar o tempo todo e não dormir direito,a mãe sabia que não era apenas uma fase.

O diagnóstico de TEA veio quando o seu filho mais velho, Chryslander, tinha dois anos e meio. Além do autismo, o garoto também é hiperativo e tem TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção).

Ariene se sentia muito sozinha. Na época, a condição era pouco falada, por isso, não ela não conhecia muitas pessoas com o transtorno. Foi aí que ela, junto com a mãe de outra criança atípica, criaram o Gappa (Grupo de Pais e Profissionais de Crianças com Autismo). 

Ariene até ouviu falar sobre o CBD, mas parecia uma realidade muito distante. Até porque o acesso não era fácil.

A mãe do Chris soube que um médico pioneiro no tratamento de cannabis passaria em Juiz de Fora. Ela não pensou duas vezes em entrar em contato para ajudar a promover um evento onde ele pudesse fazer consultas e receitar o CBD.

Menezes conseguiu que o médico atendesse 10 crianças do Gappa, que receitou o óleo artesanal. 

Ariene lembra que a melhora veio de forma rápida. “Nada é milagroso, mas parece que no caso do meu filho foi. Ao longo de seis meses eu vi o Chris sair do quadro de severo para moderado que era como se falava na época”, ressalta.

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Essa história também está disponível no nosso podcast! 

https://cannalize.com.br/cinco-historias-canabicas-marcantes-de-2024/