Ela ainda complementa que a legalização da maconha não é o suficiente, e que a cannabis medicinal também precisa ser cada vez mais discutida
Mesmo filha de um homem que morreu por dependência química, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) disse defender a legalização da maconha, de acordo com uma entrevista concedida à revista Maria Clarice.
Com apenas 29 anos, a deputada foi reeleita por São Paulo e já foi a oitava mais votada. Vindo da Vila Missionária, periferia no Sul da cidade, ela virou uma figura importante no mundo da educação.
Além de defender várias bandeiras sobre direitos humanos, sobretudo se tratando de mulheres. Na entrevista, a deputada comentou também sobre a legalização da maconha no Brasil.
Diminuição dos presos
Segundo ela, o Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo, com julgamentos que podem demorar até oito anos. “Essa discussão é complexa e é impactada também pela questão da chamada guerra às drogas.”, diz.
Vários estudos tem mostrado que os jovens, principalmente negros e periféricos são constantemente presos com pequenas quantidades de uso próprio, o que não é nada bom. “Tratar um dependente químico como um criminoso é apenas mais uma forma de punir a população mais pobre e negra” acrescentou à revista.
Com isso, ela ainda complementou que há vários países que podem ser usados exemplos positivos de legalização do uso da maconha.
Cannabis medicinal
Na entrevista, Tabata Amaral ainda acrescentou que a legalização não é suficiente. Para ela, falta mais informações sobre o uso medicinal do CBD (canabidiol), que é cada vez mais usado para uma série de condições médicas.
A deputada comenta que o Brasil ainda está muito atrasado nessa questão por causa do preconceito que ainda envolve a planta.
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